O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou essa semana o Relatório “Justiça em Números” referente ao ano de 2014.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) foi considerado “caro e ineficiente”, segundo o Justiça em Números 2014, apesar de ganhar Selos Nacionais do CNJ em 2013 e 2014, pela reconhecida maturidade na governança e eficiência na gestão!
O CNJ considera no IPC-Jus os processos “baixados” e não os “julgados”, como previsto na Meta 1, afetando o desempenho do TJRN.
Se guardada a sintonia entre a Meta 1-2014-CNJ e o IPC-Jus, o resultado do TJRN e a sua posição no “ranking” dos tribunais seriam outros.
A meta era “julgar” e não “baixar”(arquivar) processos, etapa meramente administrativa, que independe do juiz para atingir sua finalidade.
Cada magistrado do TJRN julgou em 2014, em média, 1.342 processos, e “baixou”, em média, 1.085 processos (apesar dessa não ser a prioridade eleita).
Foram julgados, no total, 287.220 processos em 2014, enquanto casos novos foram 283.354. Também foram baixados 232.218 processos, apesar de não ser a prioridade elencada por decisão do Comitê Gestor Estratégico do TJRN, conforme registro em ata. Ou seja, fizemos ainda mais.
Outro dado relevante é o custo unitário do processo no TJRN, que ficou em R$ 1.502 reais em 2014 contra R$ 2.613 em 2013 e R$.3.352 em 2011.
O TJRN é “caro” (maior orçamento dos 12 TJs de pequeno porte) e “ineficiente” (atingiu o índice de apenas 67,7% de processos “baixados”).
Entretanto, esse “caro” é muito mais por conta da GTNS do que pelo gigantismo do seu orçamento. E o “ineficiente”, apesar dos bons índices na capital, é devido ao interior quase zero por falta de juízes.
O atual presidente do TJRN, Des. Claudio Santos, no seu discurso de posse já o disse: “RN deve ter o Judiciário que seu povo pode pagar.”
Os relatórios do Justiça em Números podem ser acessados AQUI
Com informações do CNJ
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