Do Congresso em Foco – Enquanto transcorria a sessão que levou à manutenção de 26 vetos da presidenta Dilma Rousseff, em sessão deliberativa da Câmara que adentrou a madrugada desta quarta-feira (23), um deputado do PMDB dividia as atenções no cenário político em Brasília. Em seu terceiro mandato consecutivo, Manoel Júnior (PMDB-PB) saiu do relativo anonimato em nível nacional e, de um dia para o outro, é o mais cotado para assumir o Ministério da Saúde, em substituição a Arthur Chioro. Nesta pequena entrevista concedida ao Congresso em Foco, ele diz estar pronto para o desafio.
“Pronto porque ofereci o meu nome. Mas aguardo respeitosa e democraticamente a decisão”, declarou há pouco à reportagem, no espaço entre o plenário e a Presidência do Senado, depois de ser cumprimentado por dois senadores, um deles do PMDB, e chamado de “ministro”.
Membro titular da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, Manoel Júnior é um dos quatro nomes levados a Dilma pelo líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), para a iminente reforma ministerial estudada pelo governo. Como o Congresso em Foco mostrou em primeira mão em 24 de junho, o partido terá candidato próprio à sucessão de Dilma, decisão que deve ser confirmada no próximo congresso da legenda.
Instado a comentar a natureza do apoio de seu partido para a sessão dos vetos, como este sitetambém mostrou ontem, Manoel Júnior adotou discurso de aliado em um partido rachado – com integrantes favoráveis inclusive ao impeachment de Dilma, como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Darcísio Perondi (PMDB-RS). “O PMDB tem tido posições importantes na hora em que o país precisa. E foi dessa forma que agiu a bancada, ontem [terça, 22], de forma extremamente madura, decidida e discutida”, declarou.
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