Com 34 mil habitantes, sendo que 60% residindo na zona rural, enfrentando crise hídrica em função da seca e financeira devido à crise nacional, o município de Apodi, na região Oeste do Rio Grande do Norte, é também vítima de gestores irresponsáveis que comprometeram, com seus atos, o futuro do município, deixando dívidas milionárias junto as instituições bancárias.
Esta semana o MOSSORO HOJE destacou a situação crítica tanto hídrica, quando financeira do município de Pau dos Ferros, que tem 28 mil habitantes e polariza outros 36 da região. Pau dos Ferros paga parcela mensal de R$ 125 mil de um débito deixado por gestores do passado no valor de R$ 11 milhões, referente a Precatórios no Tribunal Regional do Trabalho.
Esta semana, o prefeito Fabrício Torquato recebeu uma dívida R$ 20.439.257,60, oriundo de fraudes e sonegação no período de 2009 a 2011 pelo então prefeito Leonardo Rego, do DEM. O rombo no Instituto Nacional de Seguridade Social foi de R$ 9.697.412,50. Neste caso, a Legislação Brasileira prevê multa de R$ 8.526.351,01. Este cálculo é de junho de 2014.
Esta semana este cálculo foi refeito e a dívida já estava em R$ 20.439.257,60, o qual o atual prefeito Fabrício Torquato, diante da crise hídrica e financeira que assola o País, ainda não encontrou uma forma para pagar mesmo que parcelado. O fato é que quem está fazendo a cobrança é a Receita Federal, que se não pagar, ela bloqueia os recursos do FPM na fonte.
No caso do município de Apodi, o montante devido em função de atos irresponsáveis de gestores do passado junto ao Tribunal Regional do Trabalho (precatórios) é de R$ 5.555.00,00. Este valor foi parcelado no valor de R$ 157 mil por mês. Este débito dos precatórios junto ao TRT foi negociado em dezembro de 2013 já atual prefeito Flaviano Monteiro.
Já junto à Caixa Econômica Federal, a qual os ex gestores deixaram rombo de 3.938.202,36, o prefeito Flaviano Monteira e sua equipe técnica (secretário Marcos Campos, Pedro Junior, Klébia Karina e o procurador Tellys Jerônimo, conversaram com os diretores da Caixa em Recife e receberam a proposta de pagar a dívida parcelada em 60 prestações de R$ 65 mil.
O prefeito Flaviano Monteiro e sua equipe técnica, durante esta semana que vem vão estudar uma maneira de pagar o débito junto à Caixa. Disse que após fazer o levantamento financeiro do município, voltam a se reunir com os diretores da Caixa, desta vez em Natal, para buscar uma saída mais viável para pagar o débito deixado pelos ex gestores.
“Com esse entrave entre Caixa Econômica e TRT sobre o FGTS quem está perdendo é o município de Apodi que está irregular com o Governo Federal apesar de estar pagando mensalmente o débito. Ficou acertado uma nova reunião desta vez em Natal/RN com os representantes da Caixa Econômica, TRT e prefeitura no final de setembro para encontrar uma solução para o problema”, destaca o texto enviado pela Assessoria do prefeito de Apodi.
O prefeito Flaviano Monteiro disse: “estamos pagando uma conta milionária com débitos trabalhistas e FGTS mas a Caixa não reconhece, com isso Apodi está no prejuízo. A nossa gestão já pagou quase R$ 4 milhões de reais em precatórios, desse jeito fica difícil ser gestor no Brasil. Pois, com esse montante de recursos daria para enfrentar vários problemas do nosso Apodi, mas estamos pagando uma conta que não foi nós que fizemos, mas é uma conta de Apodi, esse é o nosso Brasil”, disse o prefeito Flaviano Monteiro.
Mossoró Hoje.
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