AB – Representantes dos servidores públicos federais demonstraramm preocupação com o anúncio do governo de congelar os reajustes dos servidores públicos até agosto de 2016. Uma reunião do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais deve ocorrer nos próximos dias para decidir a posição da categoria. O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, considerou “lamentável” a decisão do governo.
“Achamos lamentável a posição do governo de colocar as mazelas da crise nos braços dos servidores. Entendemos como um recuo do governo em um processo de negociação que vinha caminhando. Vamos fazer uma avaliação com as entidades filiadas e chamar o fórum”, disse Silva. Ele lembrou uma fala de Dilma ainda durante as eleições do ano passado, e criticou o que entende como uma quebra de promessa de campanha. “O governo está optando de continuar penalizando o trabalhador, diferente do que a presidenta falou, que não ia tirar direitos dos trabalhadores ‘nem que a vaca tussa’.”
Os servidores do Poder Executivo vinham negociando o reajuste com o governo, que oferecia um reajuste de 10,8%, dividido pelos próximos dois anos. Os servidores queriam aumento de 27,3% já para o ano que vem, e as negociações avançavam. Na opinião do secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF), Oton Pereira Neves, a decisão do governo “apaga fogo com gasolina”.
“A gente tem a impressão que o ministro Levy quer apagar o fogo com gasolina. Estamos recebendo as informações e faremos uma avaliação, chamaremos a assembleia geral. Vamos colocar a categoria em movimento para enfrentar essa situação. A gente acredita que quanto mais medidas de reajuste [são tomadas], mais aprofunda a crise”, disse.
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