A Polícia entrou e assumiu o controle do Presídio Regional do Seridó na manhã desta terça-feira,25, depois de uma noite tensa, com ameaças de motins e mortes nos presídios de Natal, Nízia Floresta, Caraúbas e Mossoró, em função do que aconteceu em Caicó, onde um dedetento foi morto por outros.
A revolta dos presos em Caicó já é em decorrência do que aconteceu em Caraúbas no dia 16 passado, quando grupos do Primeiro Comando da Capital (PCC) mataram quatro membros do Sindicato do RN.
Dois dias depois, um detento foi morto no pavilhão 5 de Alcaçuz, no município de Nízia Floresta, perto de Natal. Este ataque seria uma resposta do Sindicato do RN ao PCC pela chacina em Caraúbas.
Na manhã desta segunda-feira, 24, um preso do Presídio Provisório Raimundo Nonato, em Natal, foi encontrado morto enforcado. A direção não sabe informa se ele teria se suicidado ou assassinado em função da guerra de facções que se espalhou nos presídios do Rio Grande do Norte.
A situação voltou a ficar tensa durante a noite em Caicó. Cerca de 200 presos dos pavilhões A, B e C controlados pelo Sindicato do RN tentam entrar no pavilhão E, onde estão cerca de 60 presos do PCC, para mata-los. Eles quebraram grades, destruíram paredes e telhado. Chegaram a subiram no telhado na tentativa de invadir o pavilhão E.
Daí os presos em Caraúbas se agitaram, sendo necessário a direção negociar com eles para se acalmarem. O mesmo cenário aconteceu no Centro Penal Doutor Mário Negócio em Mossoró.
A Polícia ficou toda de alerta para qualquer eventualidade no presídio, que assim como os demais do Rio Grande do Norte, está superlotado e é controlado internamente pelas facções PCC e Sindicato do RN.
Em Caicó, com a chegada do reforço policial na manhã desta terça-feira, por volta das 4h30, os policiais entraram no presídio e reassumiram o controle interno. Não teve baixa no pavilhão E, onde estão os presos do PCC.
O quadro continua tenso dentro dos presídio e de expectativa nas cidades onde estão localizados, em especial Caraúbas e Caicó. “Eu só tinha visto estas cenas de selvageria pela TV”, diz o radialista Sidney Silva.
Já o jornalista Marcos Dantas, que também acompanha a movimentação no Presídio Regional do Seridó disse: “Da pena ver um pavilhão ao que me parece recém construído ou reformado sendo destruído”.
Em Natal, o Gabinete de Gestão de Crise que foi criado durante os motins de Março, foi acionado. Todo o aparato de segurança do Rio Grande do Norte está em alerta, com apoio da Força Nacional, para evitar ataques foram dos presídios pelas facções PCC e Sindicato do RN como aconteceram em março passado.
Mossoró Hoje.
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