Em reunião ontem à tarde, na sede do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), em Natal, servidores públicos discutiram possibilidade de greve geral de todos os trabalhadores atingidos pelo corte na gratificação de insalubridade e adicional noturno, aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O encontro, do qual participaram sindicatos de várias categorias do funcionalismo público estadual, avaliou que a medida pode desencadear novas paralisações.
Segundo o representante do Sindicato dos Odontologistas do Estado do RN (Soern), Ivan Tavares Júnior, cada sindicato realizará uma assembleia com sua categoria para votar a paralisação, mas atos conjuntos já estão sendo pensados para externalizar o descontentamento dos servidores com a postura do Governo do Estado.
“Nossa categoria é uma das que vão entrar em greve, e a partir da terça-feira (18) já teremos essa decisão oficializada através de assembleia geral. Será uma grande paralisação, visto que só em Natal, 86% dos dentistas do município são funcionários estaduais cedidos”, disse Ivan.
O Sinmed-RN também já definiu a data de paralisação das atividades da categoria. Os médicos cruzarão os braços a partir da próxima segunda-feira, (17). Com a decisão, eles aumentam o número de servidores públicos estaduais em greve, se unindo às outras categorias da saúde e aos docentes e técnicos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).
De acordo com o Sinmed, o início de sua mobilização será marcada por um ato público na segunda (18), às 9h, em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, que contará com a participação de vários outros sindicatos que também avaliam que os servidores estaduais estão sendo lesados no direito de incorporar a insalubridade, uma vez que tiveram descontos para a Previdência durante toda a sua vida funcional.
Segundo o sindicato, a decisão do TCE/RN acaba por cortar da aposentadoria dos servidores estaduais as gratificações tidas como temporárias, como insalubridade, adicional noturno e de deslocamento. A decisão é aplicada aos servidores aposentados a partir de julho de 2014.
O sindicato acredita que como a Previdência sempre descontou sobre estes valores, o correto seria devolver para o trabalhador todo o dinheiro retirado de sua conta durante seus mais de 30 anos de contribuição. A categoria afirma que o TCE garante apenas a devolução dos últimos cinco anos.
O Mossoroense.
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