17/08/2015
10:28

BBC – Apesar da queda mais acentuada da popularidade da presidente Dilma Rousseff nos últimos meses, os protestos desde domingo não cresceram significativamente em tamanho – em geral, foram menores que os de 15 de março e semelhantes ou pouco maiores que os de 12 de abril.

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Protestos diminuem número de participantes, mas mantêm pressão sobre governo

Ainda assim, mobilizaram pela terceira vez no ano centenas de milhares de pessoas em cidades de todo país.

Em São Paulo, o instituto Datafolha calculou que 135 mil manifestantes estiveram no domingo na Avenida Paulista – mais que no dia 12 de abril (100 mil), mas menos do que no dia 15 de março (210 mil).

Na avaliação de analistas e políticos ouvidos pela BBC Brasil, alguns acontecimentos da última semana somados ao não crescimento significativo dos protestos contribuem para aliviar um pouco a situação de estresse do governo federal.

No entanto, eles notam que a conjuntura continua muito complicada e incerta para Dilma e que sua evolução dependerá dos imprevisíveis desdobramentos da Operação Lava Jato e da economia.

“Dilma e PT ganharam tempo. Agora, qual a duração desse tempo? Só esses dois fatores, operação Lava Jato e situação econômica, vão responder mais adiante. Se a situação econômica se deteriorar mais e se a Lava Jato atingir de forma mais dura o núcleo do governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, (a possibilidade de impeachment) pode voltar com força”, afirma o cientista político Antonio Lavareda, professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Lavareda destaca alguns fatores que contribuíram para um noticiário mais positivo para Dilma na última semana. Dois processos contra a presidente, que podem resultar em um pedido de impeachment ou na sua cassação, estão ainda sem data de julgamento.

Publicado por: Chico Gregorio

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