27/08/2015
06:28

O prefeito Carlos Eduardo Alves, mostrando desequilíbrio e total descompostura em relação ao cargo que ocupa, usou sua conta no twitter  no dia  (26) para ameaçar e ofender. Citou o caso do juiz Sergio Moro que estava processando dois blogueiros e enfatizou que o exemplo poderia ser aplicado em Natal (veja aqui). Disse, inclusive, se encontrar armado e preparado de espada na mão.

Pergunta besta – ao invés de espada, Carlos Eduardo Alves não deveria andar com um plano para recolher o lixo e tapar as crateras que se multiplicaram na cidade?!

Não é a primeira vez que Carlos Eduardo Alves manda os bons modos para o espaço. Basta regredir um pouco tempo para encontrar outras manifestações semelhantes. Durante sua última campanha em 2012, num debate com o candidato Hermano Morais, Carlos Eduardo Alves levantou de forma irada e botou o dedo no rosto do deputado estadual. Por pouco não partiu para o ataque físico. A turma do deixa disso entrou para tentar acalmar o então postulante.

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Carlos Eduardo Alves parte para cima do seu oponente, Hermano Morais, em debate em 2012.

Apesar de criticado, o hoje prefeito não parou por aí. Mostrando todo o seu espírito democrático, o Alves em questão tentou acabar com uma manifestação dos servidores em greve durante sua gestão na base da gritaria e da intimidação.

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Após se irritar com as críticas, o prefeito vai tomar satisfação com servidores. O assessor o segura.

Agora sua violência foi virtual. Disse que estava de espada, ia processar, fazer e acontecer. Faroeste? Ora, é um direito entrar na justiça contra quem quer que o prefeito queira. Porém, na condição em que ele se encontra, deve agir com a perspectiva de apaziguar. E mais: compreender perfeitamente que vivemos numa sociedade aberta e democrática aonde as críticas e questionamentos devem fazer parte da rotina política da esfera pública.

Carlos Eduardo Alves precisa abaixar a cabeça e trabalhar – o lixo está batendo na canela, as crateras já fazem parte da cena urbana da cidade e os postos de saúde vêm deixando a desejar. Se não aguenta a pressão natural que seu cargo recebe da imprensa e dos cidadãos, que entregue sua representação e se exile num monastério tibetano. Lá, com certeza, ninguém irá reclamar.

O Potiguar.

Publicado por: Chico Gregorio

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