Mesmo após a participação de outras lideranças tucanas nas manifestações deste domingo (16), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (17) que não irá se aproximar dos movimentos que organizaram os protestos.

“O governante deve fornecer policiamento, segurança e transporte, como o metrô funcionando, para as pessoas poderem ir às manifestações”, disse, sobre o papel que pretendia ter nos atos. Questionado sobre estar compelido a se aproximar das manifestações, Alckmin disse que não.

O governador esteve em Guarulhos, em uma inauguração de central de relacionamento e atendimento a clientes que criará 3.000 empregos. No domingo, usou sua conta no Facebook para parabenizar os manifestantes “pela demonstração pacífica”.

Os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra foram aos protestos em Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente. Aécio chegou a discursar em trios elétricos de grupos anti-PT. O PSDB, que tem Aécio como presidente de partido, até usou suas inserções de rádio e televisão para convocar pessoas a participarem das manifestações.

Como noticiou o Painel da Folha, a presença de Aécio no ato preocupou aliados de Alckmin, já que o mineiro conseguiu se posicionar para tentar maior proximidade com os movimentos. O governador paulista estaria instado por seu círculo mais próximo a também buscar contato.

Alckmin, no entanto, tem evitado se posicionar favoravelmente à queda da presidente Dilma Rousseff, como querem os manifestantes dos atos de domingo.

Os caciques do PSDB estão divididos sobre qual a melhor saída para a crise. Aliados de Alckmin avaliam que ele tem mais chances de disputar a presidência em 2018 se o atual governo chegar até 2018 –seja com com Dilma ou com o vice, Michel Temer (PMDB).

A saída da chapa Dilma-Temer favoreceria Aécio, que foi derrotado por uma pequena margem de votos na eleição presidencial e seria o favorito no caso de afastamento da chapa vitoriosa.

Já Serra aproximou-se do PMDB no Senado e seu nome aparece cotado como possível nome de um eventual governo Temer.