Eduardo Cunha

Minutos após a oficialização do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o Planalto, o PMDB saiu à público para afirmar que a sigla continua na base do governo. Em nota, o partido diz que a decisão de Cunha é “a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB”, mas enfatiza que qualquer decisão sobre deixar a base aliada só pode ser tomada “após consulta às instâncias decisórias do partido: comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional”.

Cunha anunciou que, a partir desta sexta-feira (17), se considera como oposição. Em entrevista na manhã desta sexta, ele acusou o governo de atuar contra ele ao envolvê-lo em denúncias da operação ‘Lava-Jato’ e disse que não se deixará contaminar pelas acusações. Apesar de sua posição pessoal, Cunha afirmou que, como presidente da Câmara, continuará seguindo as regras da Casa, inclusive, pautando propostas do governo. Cunha responsabiliza o Planalto pelo seu envolvimento na ‘Lava Jato’. Para ele, há uma articulação do governo para jogá-lo no centro da operação de investigação. Nesta quinta (16), ele foi acusado pelo lobista Júlio Camargo de receber US$ 5 milhões de propina.