O ato “rebelde” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao oficializar nesta sexta-feira (17/7) o rompimento pessoal com o Palácio do Planalto, é apenas mais uma evidência do fim de uma relação que, na verdade, nunca existiu entre ele e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Suportá-lo já não vinha sendo nada fácil para o Planalto – e vice-versa.
No pronunciamento de hoje, o peemedebista apenas oficializou o que já era claro para todo o Congresso. Num ato de retaliação contra o governo, após ter sido citado em delação do lobista Júlio Camargo à Operação Lava-Jato, Cunha se disse vítima de uma conspiração política, negou ter recebido propina e acusou o governo de tê-lo colocado na posição de investigado pela Polícia federal. “Essa lama, em que está envolvida a corrupção da Petrobras, cujos tesoureiros do PT estão presos, essa lama eu não vou aceitar”, disse. Cunha também acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de agir para ser reconduzido ao cargo.
Correio Braziliense.
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