No próximo dia 25, primeiro sábado da Festa de Sant’Ana de Caicó, ocorre a confraternização dos ex-alunos do Colégio Diocesano Seridoense, a primeira sem o monsenhor Ausônio Tércio de Araújo na direção do tradicional estabelecimento de ensino.
A festa deste ano renderá homenagens aos concluintes de 1965 (50 anos), exatamente a primeira turma de padre Tércio como diretor do Ginásio Diocesano, mais adiante Colégio Diocesano.
Há cerca de dois meses começou a circular a informação dando conta de problemas com o Ministério Público e o Corpo de Bombeiros, que ameaçavam interditar o local. Os concluintes de 1965 (99% deles residindo longe de Caicó, em várias partes do país) não acreditaram que isso poderia ocorrer.
E a festa vai para outro local, a ASSEC, clube social dos militares do 1º BEC. Não será realizada nas dependências do velho colégio dos padres. Nós, os concluintes de 1965, não teremos a oportunidade de confraternizar à sombra das velhas árvores naquele santo chão plantadas.
A Festa dos ex-alunos do CDS é realizada há 30 anos. Não é um convescote para alimentar a demagogia. É promovida pela Associação dos Ex-alunos do colégio fundado por Dom Delgado e entregue aos cuidados dos orientadores (diretores) monsenhor Walfredo Gurgel (duas vezes diretor), ao padre Costa, padre Sinval, padre José Celestino Galvão, padre Itan Pereira, padre Tércio.
Evento de caráter social e filantrópico. Receita líquida destinada ao programa de bolsas de estudo, que é reforçado pela anuidade dos ex-alunos associados. Bolsas de estudos que já beneficiaram centenas e centenas de alunos carentes.
Um parêntese: desde a infância padre Tércio fez a opção preferencial pelos pobres.
Em agosto de 2014, logo após a Festa de Sant´Ana, confirmada a saída do mestre Ausônio Tércio da direção do CDS, seus amigos e ex-alunos já alertavam para as mudanças.
Ninguém é insubstituível, padre Tércio fez uma caminhada longa e produtiva, mas tomara que o tempo não destrua a história do CDS, uma verdadeira instituição. Que o velho e querido colégio não seja apenas uma fotografia na parede.
Como lembrou esta semana uma amiga seridoense, “infelizmente nem todos entendem a magia que é para seus ex-alunos voltar ao colégio”. Que pelo menos as fotos das confraternizações ali realizadas ao longo de trinta anos conservem o poder afetivo.
O Colégio Diocesano Seridoense é uma família.
Por Aluísio Lacerda.
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