27/07/2015
08:17

Às vésperas de o TCU votar as contas do governo Dilma relativas a 2014, uma nova denúncia atinge o tribunal e pega em cheio o ministro e ex-senador Vital do Rêgo, um potencial voto contrário ao governo. Assim, dos nove ministros da corte, já são três os que estariam sendo constrangidos a se declarar impedidos de votar. As acusações podem ter peso definidor no placar. Vamos ver.

Rennan Farias, ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande (PB), afirma, em vídeo gravado para a Folha de S. Paulo, que, em 2010, entregou dinheiro vivo ao então candidato ao Senado pela Paraíba Vital do Rêgo, do PMDB, que é agora um dos nove ministros do TCU que vão julgar as contas de Dilma. O dinheiro teria origem num contrato de R$ 10,3 milhões que a Prefeitura mantinha com a construtora JGR, que não teria executado serviço nenhum.

O prefeito à época em que o desvio teria acontecido era Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), irmão do ministro. O dinheiro teria sido repassado para outras empresas, convertido em moeda sonante, acondicionado em sacolas e caixas de uísque e deixado no apartamento de Vital, no bairro da Prata, em Campina Grande.

Não! Farias, o homem que faz a denúncia, nunca foi santo, mas ele se diz arrependido. Diretor da Secretaria de Finanças da cidade nas duas gestões de Veneziano, entre 2005 e 2012, ele diz ter contraído empréstimos com agiotas para financiar as campanhas eleitorais da família Vital do Rêgo. Afirmou que perdeu tudo para saldar os débitos, que ainda está devendo R$ 1 milhão, que já foi ameaçado de morte e que até já tentou o suicídio. Todos os citados negam a acusação.

Publicado por: Chico Gregorio

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