Por Alex Viana.
O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Ricardo Lagreca, citou a operação Higia, que resultou na prisão do advogado Lauro Maia, filho da vice-prefeita de Natal e então governadora do Estado, Wilma de Faria, em 2008, acusado de desviar recursos do setor de saúde estadual. O objetivo do secretário, ao lembrar o episódio, foi falar da regionalização da saúde estadual, processo visto como fundamental para a melhoria do funcionamento do sistema de saúde do Estado.
“A gente não quer operações Higia, Hipócrates, Sócrates. A gente quer a Operação Regionalização”, afirmou Lagreca, ao participar, nesta quarta-feira 17, em São Paulo do Potengi, da abertura do Seminário Regional de Saúde Pública.
“Por que esse é um momento histórico? Porque a gente começa a pensar a regionalização da saúde como uma ação principal deste Estado. Quando eu falo em regionalização eu falo em cogestão. O SUS tem somente 27 anos e algumas coisas como a regionalização já foram pensadas. Não estamos colocando a regionalização como uma coisa nossa, não. O SUS já vem pensando isso. Em algumas regiões ela já foi implantada e em outras não. Mas isso não significa uma tragédia. Ao contrário, ao longo do tempo fizemos a nossa crítica para chegar a nossa regionalização. A gente não quer operações Higia, Hipócrates, Sócrates. A gente quer a Operação Regionalização”, disse.
Assim como a Higia, as operações Hipócrates e Sócrates também envolveram desvios no setor de saúde. A primeira desbaratou a prática de crimes em decorrência da fixação abusiva de preços e do controle regionalizado do mercado de médicos por meio da Clineuro, empresa contratada pelo Estado do Rio Grande do Norte, através da Secretaria Estadual de Saúde, para prestar serviços de neurocirurgia. Já a segunda resultou na morte do pastor João Felinto, que era vice-diretor da escola estadual Antônio Pinto Barbalho, da comunidade de Pitanga da Estrada em Mamanguape.
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