O amistoso Brasil x Argentina no Catar envolveu uma ampla engenharia financeira e, agora, levanta suspeitas por parte de investigadores da Suíça e dos Estados Unidos. Documentos obtidos pela reportagem revelam que o dinheiro pago no jogo em novembro de 2010 envolveu três paraísos fiscais e pelo menos oito entidades – duas eram de fachada.
No total, um único jogo movimentou US$ 8,6 milhões oficialmente. Mas a suspeita dos investigadores é de que outros pagamentos tenham ocorrido por acordo secreto. A Agência Estado revelou no início da semana que a Justiça suíça fez uma operação de busca na sede de uma das empresas envolvidas na partida, a Kentaro. Era a empresa quem, entre 2006 e 2012, organizava os amistosos do Brasil e havia sido contratada por Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.
Mas a suspeita dos suíços é de que o jogo no Catar foi usado para pagar propinas a cartolas no Brasil e Argentina, em troca de votos para a escolha da Copa do Mundo de 2022. A eleição na Fifa da sede ocorreu 20 dias depois da partida em Doha
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