Do Agora RN

O surfista potiguar Ítalo Ferreira, campeão olímpico em Tóquio-2020, se recusou a receber o título de Cidadão Natalense aprovado pela Câmara Municipal. A informação foi revelada nesta segunda-feira 9 pela vereadora Camila Araújo (União), autora da homenagem que foi aprovada em 2021.

O título de Cidadão Natalense é a principal honraria concedida pela Câmara Municipal. A homenagem reconhece a ligação com Natal e relevantes serviços prestados à cidade por personalidades não nascidas na capital potiguar. Ítalo Ferreira, de 31 anos, é originário de Baía Formosa, no litoral sul potiguar.

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O grupo de Paulinho Freire interpõe embargos de declaração no processo em que o GAECO pede cassação e inelegibilidade dele, de Joana Guerra, Álvaro Dias e vereadores como medida protelatória. A ação vem sendo notada por quem acompanha a disputa jurídica. A cada movimentação, novos embargos são anexados, o que força a justiça emitir para o ministério público e depois se manifestar.

O embargo de declaração é um recurso processual utilizado no sistema jurídico brasileiro para sanar dúvidas em relação a uma decisão judicial que apresente obscuridades, omissões ou erros materiais. Só que é muito utilizado para esticar os prazos de disputas judiciais, quando a parte procura sanar dúvidas ou omissões apenas para ganhar tempo.

Conforme o blog adiantou, uma das medidas do grupo será esticar o prazo mais fortemente possível, de modo que ele vá esfriando e se perdendo no emaranhado de embargos e recursos. Com isso, na pior das hipóteses, quando os recursos não forem mais possíveis e, ainda que a sentença seja negativa, Paulinho Freire já terá efetivado todo o seu mandato.

A cientista política Chantal Mouffe, em alguns dos seus livros, defende que a esquerda precisa recuperar sua capacidade de polarizar, não deixando tal subterfúgio retórico apenas para a extrema direita.

Ora, a extrema direita potiguar tem tentado colar em Fátima Bezerra e seus aliados todos os “males do sistema”. Isto tem acontecido com as obras de restauração das estradas em que a oposição joga no ataque, criando factóides e jogando-os nas redes sociais. Hoje, por exemplo, um buraco aberto na RN-041 em um bueiro virou ponta de lança para o deputado Nelter Queiroz tentar invalidar os mais de 1 mil kms de estradas já reformadas. Como está na garantia, a empresa contratada já foi acionada e o buraco resolvido.

De repente, o que é uma virtude de uma gestão, o fato por exemplo dessa via não ter passado por restauração há 25 anos, vira um problema e a esquerda joga sempre na defensiva com os eleitos, procurando viabilizar as suas reeleições de maneira atomizada. A ingenuidade também está em achar que, se o governo for mal, eles não serão alcançados.

Nelter passou por todos os governos anteriores e, por uma certa leniência a respeito da disputa política, quem deveria ser vidraça vira pedra. 

Ora, a esquerda precisa sair da defesa e jogar no ataque. Enquanto o governo restaura estradas, o líder da oposição Rogério Marinho administrou a CODEVASF justamente no momento em que, conforme a CGU, ocorreu um superfaturamento de 1 bilhão de reais em asfaltamento de péssima qualidade em 10 estados, inclusive o RN. Por aqui, os recursos do orçamento secreto para tal ato foram reconhecidos por Styvenson Valentim, outro líder oposicionista, deixando um rastro de crateras e trechos inteiros que já se descolaram pelas vias municipais de cidades potiguares. Auditoria da CGU expôs o nível da irresponsabilidade de forma insofismável. Tudo foi veiculado pelo Potiguar.

Com todo esse passivo, os liderados de Rogério e Styvenson só falam em asfalto porque não são alvo da exposição devida. Cadê a combatividade do passado? Caso não antagonize e mostre quem de fato “sempre foi o sistema” e a “conta” de cada um dos grupos políticos, a esquerda – amansada – vai só apagar incêndio.

O Potiguar*

Não adianta brigar com os fatos. A forte adesão às festas de São João pelo RN capitaneadas por prefeituras é um dado da realidade. Independentemente da opinião que alguém possa vir a ter, diante dessa condição, o poder público irá se estruturar para entregar aquilo que irá gerar boa avaliação por parte do eleitorado.

Eu particularmente acho um exagero pagar 1 milhão de reais por Luan Santana em Natal ou 700 mil a Xand Avião em Mossoró. Do meu ponto de vista, melhor seria investir em bandas típicas do período junino e artistas locais. Só que o eleitor, em sua maioria, me parece não pensar assim. Ele quer o evento. Daí que minha opinião se torna secundária.

Hoje, após o fim de semana de festa, voltam as UPAs sem insumos e médicos suficientes em Natal ou a que teve energia cortada em Mossoró. Só que o eleitor não faz essa correlação. Ele separa como duas questões distintas.

É um debate que, em termos políticos, não adianta peitar. Quem não vai, não liga e não tem opiniões fortes sobre o tema a ponto de colocar o poder público em xeque. E quem vai aprova.

O melhor a fazer é analisar a infraestrutura em torno dos festejos. Por exemplo, é preciso ter mais ônibus e mais banheiros. Nesse aspecto, os serviços públicos falharam.

O prefeito de Parelhas, Tiago Almeida, confirmou que irá renunciar ao cargo em abril de 2026 para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do RN. O anúncio foi feito de forma informal, em um grupo de WhatsApp de ex-alunos do Colégio Marista, mas já causou repercussão política no Seridó.

Mesmo antes de deixar o cargo, Tiago já tem intensificado suas movimentações como pré-candidato. Esteve recentemente em Caicó, onde vem montando uma base política importante para alavancar sua candidatura. As visitas a lideranças da região têm sido frequentes e sinalizam que o prefeito quer chegar forte na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Robson Pires*

O show de Calcinha Preta e Pablo no último dia (7) encheu toda a região do arena das dunas. Mas a foto que pode parecer positiva num primeiro momento expôs o fracasso da organização, em especial no quesito transporte.

Muita gente teve de ir andando e não tinha ônibus suficiente para todo mundo – nem na ida, nem na volta.

Trata-se de algo que precisa ser equacionado. É um tema que você não verá na imprensa de Natal toda alinhada a prefeitura, mas nem por isso deixou de acontecer.

O Potiguar*

A governadora Fátima Bezerra levou falta no Pingo da Mei Dia este ano. Estava em viagem internacional. Desembarca em Natal neste domingo.

O governador em exercício, Walter Alves, também não foi a Mossoró.

A missão foi do secretário-governadorável Cadu Xavier, que acompanhou o bloco, deu entrevistas…

A própria assessoria da Prefeitura mostrou que o governo do Estado está presente na festa através de ações.

São mais de 1.500 agentes das Polícias Militar, Civil e Penal, além de Bombeiros Militares e Civis, brigadistas, Polícia Rodoviária Estadual e agentes do ITEP.

O que garantiu que nenhum ato grave de violência fosse registrado.

Thaisa Galvão*

O melhor cenário para o governismo no RN em 2026 é aquele em que ocorre de modo plebiscitário, colocando o debate em termos de comparação entre o que foi feito pelo governo Fátima e gestões anteriores. Nessa perpectiva, Rogério Marinho, por já ter passado por diversas administrações, como principal representante do bolsonarismo e pela agenda antipovo que carrega, seria o melhor adversário.

A oposição pretende implementar no RN o que Paulinho Freire já faz em Natal, entregando as pastas diretamente para a administração de setores privados. Veja: assim está fazendo com o planejamento urbano, espaços públicos, saúde e é uma questão de tempo avançar para outras áreas.

Rogério irá privatizar tudo o que for possível e transferir para a iniciativa privada os serviços públicos existentes. Ele já deixa claro sua visão ultraliberal com a consequente diminuição da capacidade da sociedade interferir na coisa pública. Em que pese tal visão apresentar extrema capacidade de arrecadar e formar estrutura para a campanha, essa seria a melhor disputa para o governismo.

Contra Allyson, a coisa mudaria de figura, já que o prefeito não tem o passivo de Rogério Marinho e é inegavelmente mais carismático.

Como acho improvável termos três candidaturas ao governo competitivas, ou Rogério cede para Allyson ou eles se arranjam. Por isso, penso que o cenário que o governismo espera deve acontecer.

O Potiguar*

Desde que lia o jornal O Poti de domingo na minha adolescência que ouço falar nos entraves ao desenvolvimento do RN – geralmente, os ataques nessa ótica são contra as licenças ambientais e regulações trabalhistas. Tais alertas servem puramente e simplemente para atacar quem defende a atuação estatal numa certa advocacia de um jaguncismo institucional.

Toda vez, caro leitor, que você ouvir essa patacoada, pergunte sobre estudos comparativos entre os estados, quais foram os empreendimentos que não receberam efetivamente licença e quem foi enquadrado de fato em alguma inspeção trabalhista. É aí que a coisa se esfarela. Tudo não passa de histrionismo eleitoral, quando não se resume ao fato de que tais agentes que mobilizam esse discurso simplesmente não querem cumprir a lei brasileira.

Cito um exemplo de um passado não muito distante – multada diversas vezes por práticas que feriam a dignidade do trabalhador, a Guararapes, através do seu dono Flavio Rocha, veio aos jornais – sem contraditório, claro – e disse que o RN impede a ação de quem quer empreender. Sim, logo ele, que teve tudo que quis aqui, que ganhou aquele terreno aonde está o shopping midway e sempre viveu com total isenção fiscal por essas bandas.

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