07/07/2019
09:20

Será encerrado hoje na cidade de Jardim do Seridó,  a 6ª edição da Feira do Agronegócio. O evento acontece na sede do IBAMA e contará com uma programação voltada ao público agricultor da região seridoense. A feira é promovida pela Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca.

  • Confira a seguir a programação e o cartaz do evento.
  • 07/07 – Domingo:

– 07h: Visitação aberta ao público com exposição de animais, máquinas e equipamentos agropecuários e produtos artesanais da região.

– 12h: Encerramento do Evento

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
09:12

Vatican News – Na manhã deste sábado (6), Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 2º Fórum das Comunidades Laudato si’ que acontece em Amatrice, cidade italiana do Lácio, na mesma região de Roma. No texto do Pontífice, o incentivo a novos estilos de vida, seguindo as orientações da Encíclica e através três palavras: doxologia, eucaristia e ascese. O Papa, porém, reflete novamente a sua preocupação com “a grave e já insustentável situação da Amazônia e dos povos que moram lá”: “o homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio”.

O Papa enviou uma mensagem neste sábado (6) àqueles que se encontram em Amatrice, cidade italiana do Lácio, na mesma região de Roma, para participar do 2º Fórum das Comunidades Laudato si’. O movimento, idealizado pela Igreja de Rieti e pelo Slow Food, reúne pessoas e associações na Itália empenhadas na difusão do pensamento da Encíclica de Francisco através de encontros ou iniciativas práticas. Outros locais no mundo, como é o caso de Brasília/DF, também estão ativando essas comunidades, que inclusive contribuem ao movimento ambientalista pelo ponto de vista da “ecologia integral” e da conexão estreita pelo respeito à Casa Comum e à justiça social.

Na mensagem, o Pontífice começou saudando a organização e os participantes que aceitaram promover o evento “num território devastado pelo terremoto que atingiu a Itália central em agosto de 2016” e fez muitas vítimas. “É um sinal de esperança”, salientou o Papa, pelo evento acontecer em Amatrice para tratar de “desequilíbrios que devastam a nossa Casa Comum”; e “é um sinal de proximidade” aos irmãos que sofreram a tragédia, “os pobres que pagam o maior preço das devastações ambientais”.

A já insustentável situação da Amazônia

Francisco então lembrou do tema enfrentado no ano passado pelo Fórum – “do plástico que sufoca o planeta” – para dar seguimento à reflexão de hoje sobre “a grave e já insustentável situação da Amazônia e dos povos que moram lá”. “Planeta Amazônia” é uma inspiração oriunda do Sínodo dos Bispos de outubro deste ano que irá analisar a realidade amazônica.

A situação da Amazônia é um triste paradigma do que está acontecendo em muitas partes do planeta: uma mentalidade cega e destruidora que favorece o lucro à justiça; coloca em evidência a conduta predatória com a qual o homem se relaciona com a natureza. Por favor, não esqueçam que justiça social e ecologia estão profundamente interligadas! ”

Aquilo que está acontecendo na Amazônia terá repercussões em nível planetário, mas prostrou milhares de homens e mulheres roubados do seu território, que se tornaram estrangeiros na própria terra, depauperados da própria cultura e das próprias tradições, quebrando o equilíbrio milenar que unia aqueles povos à sua terra. O homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio: o grito dos pobres deve ressoar da sua boca, como já indicava São Paulo VI na sua Encíclica Populorum progressio.

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
09:00

 

O promotor Octávio Paulo Neto usou suas redes sociais nesse sábado (07) para fazer uma crítica as tribunais de conta. A crítica acompanhava uma matéria em que o Tribunal de Contas da União “mandava” Paulo Guedes e a COAF deporem sobre o vazamentos de conversas entre o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol .

De acordo com o promotor Octávio, alguns órgãos de contas se sentem com “poder de estado” e resumiu a função desses órgãos como “apêndice do legislativo”.

Veja o texto:

Desconheço por completo qualquer pertinência do TCU como um órgãos de contas , apêndice do legislativo, ter atribuições para se imiscuir em eventuais atribuições legais do COAF e do Ministério da Economia, isto porque os relatórios de inteligência financeira são produzidos segundo a LEI…

O que temos visto na última quadra são ministros do TCU e conselheiros dos TCEs com condutas pouco louváveis, creio que aja uma dissonância quanto ao papel e a missão das cortes de contas, fruto de um equivocado tratamento histórico, pois muitos tratam os órgãos de contas como um poder de Estado, mas o que de fato almejam é o beneplácito e a leniência, maxime a opacidade e o domínio do tempo , frente aos mais escandalosos desvios .. É preciso refletir sobre o processo de acesso aos cargos de ministros e conselheiros se quisermos nos desvencilhar de uma política de compadrio … Urge darmos a máxima relevância aos auditores , ao corpo técnico , sob pena do significado das cortes de contas se perderem no grande mecanismo da política mais rasa…

Via `Polêmica Paraíba.

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:51

O senador Styvenson Valentim (Pode) teve agenda em Salvador (BA) ao fim de maio com locomoção custeada pelo Senado Federal mas sem divulgar o que realizou na capital baiana.

Ele viajou para Salvador, partindo de Brasília às 14h20, em voo direto pela Gol. Chegou à Bahia na tarde de quinta-feira, 30 de maio, às 16h20.

No dia seguinte, o senador voltou para Brasília em voo da Latam e, na sequência, voou para Natal, onde tinha agenda pública para discutir a reforma da previdência.

O sistema da Latam não informa sobre voos já ocorridos, de modo que não foi possível confirmar a hora em que o senador saiu de Salvador para Brasília e, depois, para Natal.

O total do percurso, considerando os três trechos (Brasília-Salvador-Brasília-Natal) foi de R$ 1.943,07. Todas as passagens foram compradas com duas semanas de antecedência, em 15 de maio de 2019.

Os dados que embasam esta matéria são públicos e estão no portal da Transparência do Senado.

No dia da viagem, 30 de maio, a sessão do Senado Federal teve início às 10h09 e término às 13h26.

O registro da sessão não faz nenhuma referência à participação de Styvenson, o que não significa, no entanto, que ele tenha faltado, pois o Senado Federal só informa sobre quem tomou a palavra na sessão.

Ao pisar em Salvador, o senador não registrou despesa pública. Apesar de ter dormido na capital baiana, não foram contabilizados custos para ressarcimento com alimentação, locomoção e hospedagem.

Assim, ele voou com recursos custeados pelo poder público mas as despesas correntes nas horas em que esteve em Salvador foram custeadas com recursos próprios.

As normas do Senado que tratam do uso de recursos para locomoção estabelecem que cabe ressarcimento se o parlamentar estiver no desempenho de suas funções públicas.

Procurada, a assessoria de imprensa do senador informou que a agenda dele em Salvador foi para visitar uma escola, informando que acrescentaria detalhes sobre o assunto, o que não aconteceu até a publicação deste post.

O blog acrescentará eventuais esclarecimentos quando forem enviados.

Nas redes sociais, onde registra as atividades ligados ao exercício de seu mandato, Styvenson não postou qualquer referência à viagem que fez a Salvador.

No dia 30, registrou atividades em duas comissões do Senado, postou um vídeo com o secretário da previdência, Rogério Marinho, e uma foto de uma criança que o visitou em seu gabinete. No Dia 31, convidou para o evento sobre a reforma da previdência.

Via Blog do Dina.

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:45

Ao analisar um pedido do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o Conselho Nacional de Justiça fixou uma regra para todos os tribunais do Brasil.

O CNJ decidiu que tribunais não podem transferir juízes ameaçados sem que eles autorizem.

O parecer foi dado em pedido do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, que queria se livrar, por “interesse público”, do ônus com escoltas e blindagens para protegê-los.

Resolução de 2013 do CNJ prevê a remoção provisória em situação de risco e com concordância do magistrado. Conforme revelou o Estado, 110 juízes estão sob ameaça no País.

Via  Estadão

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:39

 Jari Bolsonaro (Foto: Reuters)

O presidente Jair Bolsonaro disse na noite deste sábado que existe um interesse externo em se criar “novos países” dentro do Brasil – sem especificar a quem se referia – e que outros países ambicionam a preservação da Amazônia com o propósito de explorá-la no futuro – sem explicar o que quis dizer a respeito dessa exploração.

As afirmações foram feitas ao deixar o Palácio da Alvorada, num comboio rumo ao Clube da Marinha, onde participaria de uma festa junina.

– O Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer – disse Bolsonaro, irritado com as perguntas dos jornalistas.

O presidente fez as afirmações a partir de questionamentos relacionados a uma declaração do papa Francisco neste sábado. Segundo o papa, prevalece na Amazônia “uma mentalidade cega e destruidora que privilegia o lucro sobre a justiça”, o que “coloca em evidência o comportamento predatório com o qual o homem se relaciona com a natureza”

– A Amazônia é do Brasil, me responda aí, na cabeça dos europeus? Não. Não. Você sabe o que é Triplo A? Andes, Amazônia, Atlântico. São 136 milhões de hectares. o Primeiro Mundo quer para eles a administração dessa área. Você quer perder a Amazônia? – reagiu Bolsonaro aos questionamentos.]

Por Vinicius Sassine

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07/07/2019
08:29

A Frente Associativa do Ministério Público e da Magistratura afirmou, nessa sexta-feira (05), que pretende “lançar campanha para intensa mobilização das entidades representativas das carreiras”. (Foto: Reprodução)

A mais poderosa entidade integrada da magistratura e pelo Ministério Público, fórum que aloja 40 mil juízes, promotores e procuradores em todo o País, promete sensibilizar deputados federais contra alguns pontos da reforma da Previdência.

A comissão especial da reforma da Previdência aprovou na quinta-feira (04) o relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) por 36 votos a favor e 13 contrários.

A Frente Associativa do Ministério Público e da Magistratura afirmou, nessa sexta-feira (05), que pretende “lançar campanha para intensa mobilização das entidades representativas das carreiras”.

“O objetivo é sensibilizar os deputados contra alguns pontos da reforma da Previdência: regra de transição; alíquota de contribuição e pensão pós-morte”, diz a entidade.

“A expectativa é de que os membros da Frente Associativa se engajem para reivindicar junto aos deputados tratamento similar ao dispensado aos próprios representantes do Congresso Nacional e militares de nosso país e minimizar as injustiças”, conclui.

Via Metrópoles

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07/07/2019
08:25

22 equipes aprovadas e mais de 70 alunos e professores envolvidos. Esse foi o resultado do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, campus Natal Central, na Olimpíada Nacional em História do Brasil. Mas para chegarem em Campinas, São Paulo, onde será realizado o evento, os estudantes terão de recorrer a outras iniciativas de custeio, como uma Vakinha online. Este ano, o Instituto não custeará a viagem, como nas outras edições, devido aos cortes de gastos na educação e ao grande número de aprovados para final.

“A idéia da Vakinha surgiu assim que percebemos que éramos muitos em um contexto onde cada centavo do Instituto Federal está contado”, relata Maria Antônia de Medeiros, finalista da ONHB e aluna do campus Central. “Além da Vakinha, estamos vendendo rifas, água em concursos públicos; fizemos um bazar”, completa.

No contexto de corte de gastos das Instituições de Ensino, especialmente as federais, o Instituto não contribuirá com os custeio de parte da viagem para os estudantes, como costumava nos anos anteriores. O IFRN possui grande histórico na ONHB, sendo uma das participantes com mais premiações em todas as edições da olimpíada.

A história do IFRN campus Central com a ONHB é antiga: em 2017 foram sete equipes aprovadas; em 2018, nove. Já neste ano, esse número superou todas as expectativas: 22 equipes foram aprovadas para a final da olimpíada, um dos maiores resultados do Nordeste nessa fase da competição.

“Esse quadro é fruto da capacidade e empenho dos alunos e orientadores, que buscam excelência nos desafios da Olimpíada. É uma evolução que reflete a capacidade dos alunos, mas, muito além disso, reflete a paixão da busca pelo conhecimento não só histórico, mas crítico e reflexivo, que é a marca do ensino oferecido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte”, afirma Maria Antônia.

Nos anos anteriores, o IFRN conseguiu custear a viagem das equipes para final. Neste ano, considerando o número de equipes e o contexto de cortes na educação, essa ajuda será bem menor. “As medalhas e os títulos são a prova concreta do empenho dos olímpicos, mas não medem nem de longe o tamanho da paixão que todos nós, que participamos desta edição da ONHB, temos pela nossa história e, sobretudo, por quem nós somos”. E é exatamente essa paixão que está agregando forças para conseguirem atingir a meta final de 20 mil reais na arrecadação.

Para contribuir, os interessados podem ajudar os finalistas por meio da Vakinha ou transferência bancária e também acompanhar os trabalhos e esforços desses alunos para conseguirem chegar à final da ONHB por meio da página do instagram (@ifrnemcampinas).

Todas as informações podem ser encontradas no site da Vakinha.

Via Agência Saiba Mais.

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:11

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:06

O Banco do Nordeste projeta para 2019 superar a R$ 300 milhões em financiamentos no Rio Grande do Norte. Até maio, já foram contratados R$ 122 milhões. No mesmo período, 1.200 empresas do Estado foram atendidas.

Em 2018, foram R$ 265 milhões contratados junto ao banco, com um valor médio de R$ 71 mil por contrato, e 2.169 empresas atendidas. Os números foram apresentados pelo Superintendente do Banco do Nordeste (BNB/RN), Jorge Bagdêve, durante a reunião de Diretoria da FIERN, nesta sexta-feira 28, na Casa da Indústria.

Foto: imprensaBNB

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Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:03

Após a vitória da Argentina sobre o Chile, neste sábado, na disputa do terceiro lugar da Copa América, Messi detonou a Conmebol e a organização da competição. O jogador, que foi expulso no primeiro tempo de forma direita – pela segunda vez na carreira -, não foi receber a medalha da posição e disparou que o torneio estaria armado para o Brasil ser campeão. A estrela do Barcelona também falou em corrupção em todo o acontecimento.

– Lamentavelmente vejo que esta Copa América está armada para o Brasil. Espero que a arbitragem não prejudique a final deste domingo. Não temos que fazer parte desta corrupção, foi falta de respeito o que sofremos durante a competição. A corrupção, os árbitros e tudo não nos permitiram que joguemos o nosso futebol – disparou o jogador, completando sobre a expulsão e o desempenho do elenco:

– Com um cartão amarelo para nós (Messi e Medel) estava bom… O importante é que a Argentina terminou bem a Copa América, com este terceiro lugar. Deixo tranquilo, com cabeça alta e orgulhoso de tudo que este grupo deu. Espero que nós sejamos respeitados, temos muito a dar. Mostramos personalidade. O nosso técnico Lionel Scaloni também foi crescendo junto com a seleção.

Depois da disputa do terceiro lugar neste sábado, com a conquista da Argentina, acontece neste domingo a final da Copa América. Brasil e Peru irão se enfrentar às 17h, no Maracanã.

Lance!

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
08:00

Integrantes da força- tarefa da Operação Lava Jato se mobilizaram para expor informações sigilosas sobre corrupção na Venezuela após receber uma sugestão do então juiz federal Sergio Moro em agosto de 2017, segundo mensagens privadas trocadas pelos procuradores na época.
Os diálogos, enviados por uma fonte anônima ao The Intercept Brasil e analisados pela Folha e pelo site, indicam que o objetivo principal da iniciativa era dar uma resposta política ao endurecimento do regime imposto pelo ditador Nicolás Maduro ao país vizinho, mesmo que a ação não tivesse efeitos jurídicos.

As mensagens mostram que a Procuradoria- Geral da República e a força-tarefa de Curitiba dedicaram meses de trabalho ao projeto, chegaram a trocar informações com procuradores venezuelanos perseguidos por Maduro e vasculharam contas usadas pela Odebrecht para pagar suborno a autoridades do regime na Suíça.
Os procuradores começaram a debater o assunto na tarde do dia 5 de agosto de 2017, depois que Moro escreveu ao chefe da força- tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, no aplicativo Telegram.
“Talvez seja o caso de tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela”, disse o juiz. “Isso está aqui ou na PGR?”.

Em 2016, quando decidiu colaborar com a Lava Jato, a Odebrecht reconheceu ter pago propina para fazer negócios em 11 países além do Brasil, incluindo a Venezuela, mas as informações fornecidas pela empresa e por seus executivos foram mantidas sob sigilo por determinação do Supremo Tribunal Federal.

O acordo fechado pela Odebrecht, assinado com autoridades brasileiras, dos Estados Unidos e da Suíça, estabelece que as informações só podem ser compartilhadas com investigadores de outros países se eles garantirem que não tomarão medidas contra a empresa e os executivos que se tornaram delatores.

Em resposta a Moro em 2017, Deltan indicou que os procuradores buscariam uma maneira de contornar os limites do acordo e comunicou a intenção de mover uma ação pelo crime de lavagem de dinheiro internacional. “Haverá críticas e um preço, mas vale pagar para expor e contribuir com os venezuelanos”, acrescentou o procurador.

Moro retrucou demonstrando que estava mais preocupado com a divulgação das informações da Odebrecht do que com a possibilidade de uma ação judicial. “Tinha pensado inicialmente em tornar público”, escreveu a Deltan. “Acusação daí vcs tem que estudar viabilidade.”
O procurador descreveu a Moro então as opções da força-tarefa. “Naõ dá para tornar público simplesmente porque violaria acordo, mas dá pra enviar informação espontãnea [à Venezuela] e isso torna provável que em algum lugar no caminho alguém possa tornar público”, disse. “Paralelamente, vamos avaliar se cabe acusação.”.

Os integrantes da força-tarefa discutiram o assunto de forma intensa nos dias seguintes. Além do sigilo imposto às informações fornecidas pela Odebrecht, havia dúvidas sobre a viabilidade jurídica de uma ação que envolvesse autoridades estrangeiras e a instância do Judiciário em que o assunto deveria ser tratado.

Membros do grupo expressaram preocupação com os riscos. “Vejam que uma guerra civil lá é possível e qq ação nossa pode levar a mais convulsão social e mais mortes”, escreveu Paulo Galvão. “Imagina se ajuizamos e o maluco manda prender todos os brasieliros no territorio venezuelano”, disse Athayde Ribeiro Costa.

Os diálogos obtidos pelo Intercept sugerem que Deltan considerava os temores dos colegas exagerados. “PG, quanto ao risco, é algo que cabe aos cidadãos venezuelanos ponderarem”, escreveu em resposta à mensagem de Galvão. “Eles têm o direito de se insurgir.”
Para Deltan, objetivos políticos justificavam a iniciativa. “Não vejo como uma questão de efetividade, mas simbólica”, afirmou aos colegas. “O propósito de priorizar [a ação] seria contribuir com a luta de um povo contra a injustiça, revelando fatos e mostrando que se não há responsabilização lá é pq lá há repressão.”

O procurador deixou claro que Moro estava com eles e que o apoio dele era importante para o projeto. “Russo diz que temos que nós aqui estudar a viabilidade. Ou seja, ele considera”, disse no Telegram, adotando o apelido que às vezes usavam para se referir ao juiz.

Mas os procuradores encontraram dificuldades para levar a ideia adiante e só conseguiram dar passos mais decididos quando não podiam mais contar com Moro, que deixou a magistratura no ano passado para assumir o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Um dos obstáculos que a Lava Jato encontrou foi a ausência de interlocutores alinhados na Venezuela. Com o endurecimento do regime de Maduro, a procuradora-geral Luisa Ortega Díaz foi destituída e seu sucessor passou a ser visto com desconfiança pelos brasileiros.
Acusada de chefiar um esquema de extorsões com o marido, a procuradora deixou a Venezuela após a destituição e buscou refúgio na Colômbia. Ela diz que passou a ser perseguida por Maduro porque estava investigando as relações da Odebrecht com ele.

Poucos dias depois de se exilar, Ortega viajou para o Brasil para fazer contato com a Procuradoria-Geral da República, trocar informações e, de acordo com as mensagens obtidas pelo Intercept, buscar maneiras de cooperar com a Lava Jato mesmo após seu afastamento.

“Assistimos a um estupro institucional do Ministério Público venezuelano”, disse o então procurador-geral Rodrigo Janot, ao recebê-la em Brasília. “Sem independência, o Ministério Público do nosso vizinho ao norte não tem mais condições de […] conduzir investigações criminais ou atuar em juízo com isenção”.
Segundo os diálogos examinados pela Folha e pelo Intercept, o procurador Vladimir Aras, que chefiava a Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal, pediu ajuda aos integrantes da Lava Jato para receber dois procuradores venezuelanos que viriam ao Brasil em segredo para trabalhar com eles no caso.

Dois membros da força-tarefa de Curitiba se dispuseram a hospedar os colegas estrangeiros em suas casas por alguns dias. Deltan chegou a pedir ajuda à Transparência Internacional para financiar a estadia da dupla no Brasil.

As mensagens obtidas pelo Intercept sugerem também que a passagem dos venezuelanos pelo Brasil foi vista como uma oportunidade para o vazamento das informações da delação da Odebrecht sobre o país vizinho.

“Vcs que queriam leakar as coisas da Venezuela, tá aí o momento. A mulher está no Brasil”, escreveu o procurador Paulo Galvão quando a vinda de Ortega a Brasília foi noticiada. Seus colegas reagiram com ironias, como se fosse só uma brincadeira, mas o vazamento de fato ocorreu.

Em outubro, semanas depois da visita dos dois procuradores venezuelanos a Curitiba, Ortega publicou em seu site na internet dois vídeos com trechos de depoimentos do ex- diretor da Odebrecht na Venezuela Euzenando Azevedo, sobre contribuições feitas pela empreiteira para campanhas eleitorais de Maduro.
Os advogados da empresa questionaram a força-tarefa após o vazamento, e o episódio foi discutido pelo grupo no Telegram. O procurador Paulo Galvão sugeriu que Vladimir Aras ou Orlando Martello poderiam ter sido os responsáveis. “Nos não passamos…”, escreveu Galvão aos colegas. “Só se foi Vlad. Ou Orlando, escondido.” Os dois eram participantes do grupo de mensagens, mas ficaram em silêncio.

A Odebrecht pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, que abrisse investigação sobre o vazamento, mas ele se limitou a pedir esclarecimentos ao Ministério Público. Há um mês, a procuradora-geral Raquel Dodge informou que há um inquérito sigiloso na primeira instância da Justiça Federal, em Brasília.

Na época em que Ortega teve acesso ao depoimento de Euzenando, a Venezuela tinha um termo de compromisso assinado com o Brasil para obter informações da delação do ex-marqueteiro petista João Santana. Mas o acordo não previa seu acesso à delação da Odebrecht, informou a Procuradoria-Geral da República à Folha.

As mensagens examinadas pela Folha e pelo Intercept mostram que, após o contato com os venezuelanos, os procuradores brasileiros buscaram informações sobre contas que Euzenando e a Odebrecht teriam usado para movimentar na Suíça o equivalente a US$ 48 milhões com ajuda de um advogado venezuelano, entre 2008 e 2014.

Os diálogos indicam que as informações da Suíça fizeram a Lava Jato desconfiar do executivo da empreiteira, que teria admitido um volume de recursos menor do que o apontado pelos extratos das contas, mas sugerem que os novos dados deram substância à ação judicial que os procuradores tinham começado a planejar em 2017.

Preocupada com o agravamento da situação política na Venezuela, a Transparência Internacional passou a defender publicamente a abertura de um processo contra autoridades do país vizinho no Brasil e chegou a discutir o assunto com o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante um evento realizado em sua fundação.

“FHC veio conversar comigo no final e disse que é uma boa ideia”, afirmou o diretor- executivo da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, numa mensagem enviada a Deltan pelo Telegram em outubro de 2017.

Os diálogos obtidos pelo Intercept indicam, porém, que a iniciativa da Lava Jato encontrou resistências neste ano no Supremo e na Justiça Federal do Paraná, em procedimentos que ainda tramitam em caráter sigiloso.

De acordo com uma das mensagens, o juiz Luiz Antônio Bonat, que substituiu Moro na condução dos processos da Lava Jato em Curitiba, comunicou aos procuradores em abril deste ano que o caso venezuelano não compete à sua jurisdição, por não haver conexão com a corrupção na Petrobras.

Os trechos dos diálogos podem ser vistos no site da Folha: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/07/lava-jato-e-moro-atuaram-para-expor-dados-sigilosos-sobre-venezuela-mostram-mensagens.shtml

Folhapress

Publicado por: Chico Gregorio


07/07/2019
07:59

Politicamente, a inclusão de Estados e Municípios na reforma da Previdência já saiu do radar de discussão dos deputados. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admite que se essa discussão for retomada durante a votação da proposta no plenário, de cara seriam perdidos entre 50 e 6o votos a favor da reforma. Descartada pelos deputados, a ideia, porém, pode voltar à discussão pela mão dos senadores.

Se for aprovada pela Câmara, a reforma segue para a apreciação do Senado. E um grupo influente de senadores, incluindo Tasso Jereissati (PSDB-CE), que tem coordenado as discussões sobre a reforma na Casa, admite que pode reincorporar esse ponto. Embora a ideia atenda em cheio a pretensão dos governadores e prefeitos, causaria um efeito colateral político imediato. Se for alterada, a reforma precisaria voltar para a Câmara para nova votação, atrasando sua tramitação. Para impedir que isso aconteça, uma alternativa seria tratar do tema através de outra Proposta de Emenda Constitucional.

BR18

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
11:21

O ministério da Justiça confirmou que Bolsonaro “foi informado sobre o andamento das investigações em curso” sobre as candidaturas laranjas do PSL, seu partido.

Acontece que o inquérito tramita em segredo na Justiça Eleitoral de Minas Gerais, portanto o segredo foi violado por Moro e Bolsonaro.

O ministério encaminhou uma nota para a Folha de São Paulo afirmando:

“O presidente da República foi informado sobre o andamento das investigações em curso [laranjas do PSL]. Também foi informado que existem outras investigações em andamento que tratam de possíveis irregularidades envolvendo questões relativas a agremiações partidárias. Todas as informações repassadas não interferem no trâmite das investigações, que correm com total independência na Polícia Federal”.

Virou chacota mesmo. Laranjice pura.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
11:11

 

Jair Bolsonaro. Foto: Dida Sampaio / Estadão

A principal e mais influente entidade dos juízes do Trabalho divulgou nesta sexta, 5, nota de repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro que disse ‘não ter sido prejudicado em nada por ter trabalhado na infância’. “O trabalho enobrece”, ele declarou.

Na avaliação da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Bolsonaro defendeu o trabalho infantil. “O presidente demonstra desconhecer por completo a realidade de mais de dois milhões de crianças e adolescentes massacrados pelo trabalho em condições superiores às suas forças físicas e mentais”, reagiu Anamatra.

A nota é subscrita pela juíza Noemia Garcia Porto, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.

A entidade assinala que o Brasil tem 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos trabalhando, de acordo com dados do IBGE (PnadC 2016), o que representa 6% da população (40,1 milhões) nessa faixa etária. Desse universo, 1,7 milhão exercem também afazeres domésticos de forma concomitante ao trabalho e, provavelmente, aos estudos.

“Isso sem mencionar os traumas psicológicos advindos do amadurecimento precoce, do enfraquecimento dos laços familiares e do prejuízo ao desenvolvimento da escolaridade, e, consequentemente, das oportunidades”, argumenta Anamatra.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DOS MAGISTRADOS DO TRABALHO

Nota de repúdio

A ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, entidade representativa de cerca de 4 mil juízes do Trabalho em todo o Brasil, vem a público repudiar as declarações do Sr. Presidente da República, proferidas nesta quinta-feira, 04 de julho, em defesa do trabalho infantil.

Insiste o Presidente da República em condenar a infância e a adolescência brasileiras ao surrado argumento do “ou trabalha, ou vai roubar”. Demonstra, assim, desconhecer por completo a realidade de mais de dois milhões de crianças massacradas pelo trabalho em condições superiores às suas forças físicas e mentais, dos mais de duzentos óbitos e dos mais de 40 mil crianças e jovens que sofreram mutilações e deformações decorrentes de acidentes de trabalho entre 2007 e 2017. Isso sem mencionar os traumas psicológicos advindos do amadurecimento precoce, do enfraquecimento dos laços familiares e do prejuízo ao desenvolvimento da escolaridade, e, consequentemente, das oportunidades.

O que os cidadãos brasileiros aguardam é que o Governo Federal desenvolva políticas públicas de reinserção de 45 milhões de adultos desempregados e subutilizados ao mercado de trabalho. Políticas essas que façam convergir os compromissos do País às Convenções Internacionais 138 e 182 da OIT, das quais o Brasil é signatário, bem como ao caput e o § 3º do art. 227 da Constituição Federal, que atribuem ao Estado brasileiro, que chefia, o dever incontornável de assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, e a oferecer proteção especial diante de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, com especial proteção às garantias trabalhistas e previdenciárias.

Criança é para estudar e brincar.

Brasília, 5 de julho de 2019.

Noemia Garcia Porto
Presidente da Anamatra

Via Estadão.

Publicado por: Chico Gregorio