
Caetano Veloso está de volta à cena. Coloca nas livrarias uma nova edição de “Verdade Tropical” (Companhia das Letras, R$ 69,90, 512 págs.), lançado em 1997, e se apresenta em turnê em companhia dos filhos, Moreno, Zeca e Tom.
Mas não é só: o compositor tem participado de campanhas nas redes sociais e recentemente reagiu às investidas de grupos ultraconservadores contra exposições de arte e museus, o que lhe rendeu bombardeio cerrado de críticos e adversários.
Caetano, 75, está acostumado a ser alvo de ataques.
Foi vaiado por estudantes de esquerda em 1968, mesmo ano em que um juiz indignou-se com a presença da bandeira “Seja Marginal, Seja Herói”, do artista Hélio Oiticica, na boate Sucata, em São Paulo, onde ele se apresentava com os Mutantes. A reação moralista terminou com a suspensão do show, o fechamento da boate e, a seguir, com a prisão e o exílio, ao lado de Gilberto Gil.
Na entrevista que se segue, ele comenta o livro, o show e a situação política do Brasil.
Diz que tudo lhe parece “muito complexo” e afirma que “no momento as preocupações são maiores do que as esperanças”. Sem jamais ter sido petista, diz que viu na deflagração da Operação Lava Jato “muita cara de neolacerdismo” e uma tentativa de “desfazer o PT”. Fala sobre a nova direita em cena, sobre os riscos de uma polarização eleitoral com o deputado Jair Bolsonaro, e declara apoio ao pré-candidato Ciro Gomes (PDT).
Veja a entrevista completa concedida a Folha de São Paulo AQUI