O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), João Fernandes, revelou que a situação do abastecimento de água no Sertão da Paraíba deve ficar bastante comprometida a partir de janeiro de 2018. Isto porque dois reservatórios importantes da região, Coremas e Mãe d’Água, estão em situação crítica, segundo dados da Aesa.

O Coremas acumula atualmente pouco mais de 4% do seu volume total, que é de 591.646.222 m³. Já o reservatório de Mãe d’Água, que tem capacidade de 567.999.136, está com pouco mais de 3% de água.

Em outubro, João Fernandes fez um alerta parecido, mas a previsão dava conta de que o abastecimento aconteceria de forma normal nas cidades que recebem águas desses açudes até março. A nova análise, no entanto, trouxe mais preocupação para os habitantes de 13 cidades que podem começar o ano distante de esperanças e de água.

“Estou fazendo esse alerta para tentar sensibilizar a classe política paraibana e também lá em Brasília. Faz tempo que não temos chuvas no sertão e isso, aliado a outras coisas, dificulta muito o abastecimento dos açudes”, explicou.

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O presidente da Aesa também analisou os motivos que estão contribuindo para que essa realidade de falta de água no Sertão paraibano comece a se a aproximar. Uma delas é o atraso das obras do eixo norte da Transposição do Rio São Francisco, que vai ser responsável por conduzir a água do Velho Chico até grande parte do Sertão do paraibano, além do Ceará e Rio Grande do Norte.