Uma das máximas do jornalismo, a de que ele é oposição, tem se perdido nos últimos tempos com a necessidade obsessiva de setores da imprensa em cruzar os limites da responsabilidade na cobertura e dedicar espaço praticamente a um único ponto de vista.
É da liberdade de expressão e a regulação a esse tipo de conteúdo deve ser feita pelo controle remoto. Mas, quando lucros de empresas jornalísticas se originam em orçamentos públicos, a conduta apontada no início do texto não deve passar despercebida, pois passível de crítica.
No Rio Grande do Norte, a postura da representação local da Rede Globo tem demonstrado a filiação de seu pensamento editorial não à verdade, mas à má vontade com que a Intertv move seus jornalísticos.
As evidências sobre esse comportamento já eram notadas há muito tempo, nas redes sociais, instituições e mercado publicitário, mas, nesta segunda-feira, ficou impossível não apontá-las.
Com o Rio Grande do Norte emplacando uma série de notícias negativas na imprensa nacional, resultado, é bem verdade, da desorganização do poder público, a Intertv vinha destacando a cada início de semana tudo aquilo que o Fantástico trouxesse de negativo sobre o Estado na noite do domingo.
Antes mesmo da matéria na revista eletrônica semanal ir ao ar, devemos lembrar, a Intertv passa a semana anterior destacando o material em chamadas, convidando o telespectador a assistir mais uma mazela sobre o Estado.