23/04/2020
08:04

A pandemia do novo coronavírus, o risco de desemprego, as negociações de corte de jornada e salário e até as polêmicas envolvendo o abre e fecha do comércio deram fôlego político às centrais sindicais que há muito não se via.

Reunidos em uma teleconferência na tarde desta terça-feira (21), após uma audiência com líderes dos partidos do chamado centrão, os dirigentes das seis principais centrais sindicais brasileiras —CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB— reforçaram a decisão de alargar o palanque, desta vez virtual, na tradicional comemoração do Dia do Trabalho, em 1º de maio, para fazer a defesa do emprego e da democracia. Na avaliação das centrais, ambos estão sob ameaça.

A lista de convidados é diversa. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ocuparão o mesmo palanque virtual.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), José Dias Toffoli, foram convidados a participar. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e os governadores Wilson Witzel (PSC) e João Doria (PSDB) também deverão falar aos trabalhadores em mensagens exibidas durante a live que será exibida em 1º de maio.

participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manifestação de domingo (19) pelo fim do isolamento social —e marcada por faixas de apoio ao AI-5— acabou por ampliar a lista de oradores do ato virtual promovido por 11 centrais sindicais.

Para o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, “está cada vez mais claro que Bolsonaro não tem apreço pela democracia e trabalha o tempo todo para instituir um regime autoritário no país”. Por isso, o corte para a participação do ato do Dia do Trabalho é a defesa do emprego, da democracia e das instituições.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


23/04/2020
08:02

Um grupo independente baseado nos EUA está angariando voluntários que aceitem ser infectados deliberadamente com o novo coronavírus para acelerar o teste de uma vacina contra a doença. Batizada de 1 Day Sooner, a iniciativa angariou mais de 1.700 voluntários em mais de 40 países, em menos de um mês, mesmo antes de existir uma vacina pronta para teste de eficácia.

Ensaios clínicos com infecção deliberada de voluntários, chamadas no meio de pesquisa de “estudos de desafio humano”, já foram usados em pesquisas de doenças de baixa letalidade, e não são muito comuns. A ideia de viabilizá-los agora ganhou força após um artigo do epidemiologista Marc Lipsitch, da Universidade Harvard, defender que pesquisas nesse molde sejam feitas com imunizantes candidatos que surgirem contra a Covid-19.

A ideia do 1 Day Sooner é ajudar cientistas a acelerarem a fase 3 de um eventual teste clínico, a etapa mais demorada, responsável por provar a eficácia da vacina. As fases 1 e 2 têm como função avaliar segurança e produção de imunidade, e não se beneficiariam de uma eventual infecção.

O problema de esperar por uma vacina desenvolvida com um teste de fase 3 normal é que o produto precisa ser aplicado em milhares de pessoas, e a eficácia só pode ser avaliada no caso daqueles que se infectarem inadvertidamente.

“Isso pode ser tanto complexo quanto lento”, afirma o manifesto divulgado pelo 1 Day Sooner, liderado por Josh Morrison, diretor da ONG Waitlist Zero, que promove doação de órgãos. “Muitas pessoas tentarão ser cuidadosas durante o surto — praticando autoisolamento, por exemplo — e pode passar muito tempo e ser preciso um grande número de voluntários até que um teste de fase 3 produza resultados significativos.”

A ideia do estudo de desafio é tomar um atalho, explica o manifesto: “Se todos os participantes de um estudo forem expostos ao patógeno em condições extremamente controladas, poderíamos necessitar de um número muito menor de voluntários e, com sorte, desenvolver uma vacina segura, efetiva e amplamente disponível num período de tempo muito mais curto.”

No site que o projeto 1 Day Sooner colocou no ar (1daysooner.org), quem estiver disposto a se listar como voluntário pode preencher um formulário e deixar seus contatos. O cadastro pode vir a ser usado, no futuro, por pesquisadores que buscam participantes para um estudo de desafio.

Ensaios clínicos desse tipo são difíceis de articular porque a avaliação de comitês de ética em pesquisa e as salvaguardas jurídicas são complicadas de negociar. No início do século 20, vacinas de varíola e gripe chegaram a ser testadas em esquema de desafio, mas a abordagem acabou caindo em desuso à medida que as padrões éticos para pesquisa foram ficando mais rigorosos.

Direito ao risco

Na base da discussão sobre um eventual teste de desafio com Covid-19 estão duas questões: a avaliação de risco e o direito de indivíduos de se submeterem a esse risco. Lipsitch, de Harvard, defende que a emergência e a dimensão da epidemia de Covid abrem espaço para essa abordagem.

“Obviamente, desafiar voluntários com esse vírus vivo arrisca induzir doença severa e, possivelmente, até a morte”, ponderam o epidemiologista e seus coautores no artigo em que defenderam a estratégia, no “The Journal of Infectious Diseases”. O texto também é subscrito pelo imunologista Peter Smith, de Harvard, e pelo bioeticista Nir Eyal, da Universidade Rutgers.

O GLOBO

Publicado por: Chico Gregorio


23/04/2020
08:01

O Departamento de Agricultura e o Centro para Controle de Doenças dos EUA informaram que os testes de dois gatos no estado de Nova York deram positivo para o novo coronavírus, informa o New York Times.

Os gatos –os primeiros animais de estimação diagnosticados com o vírus no país– são de diferentes regiões do estado, apresentam apenas sintomas leves e, aparentemente, estão bem.

O jornal americano explica que não há nenhuma comprovação de que animais possam transmitir o coronavírus a seres humanos.

E o resultado do teste também não significa que o vírus provoque nos gatos a mesma doença que causa em pessoas.

O ANTAGONISTA

Publicado por: Chico Gregorio


23/04/2020
08:01

O número de casos pelo coronavírus no mundo aproximou-se dos 2,7 milhões no início desta 5ª feira (23.abr.2020). Já são 184 mil mortos  pela pandemia no planeta e 785 mil pessoas curadas.

Os EUA lideram em tudo, mas já tem 48 mil obítos, seguido por Itália com 25 mil, Espanha e França batendo na casa dos 22 mil, e o Reino Unido com 19 mil óbitos.

No Brasil, são 46 mil casos confirmados e 2.910 óbitos, segundo o Ministério da Saúde.

Publicado por: Chico Gregorio


23/04/2020
08:00

Foto: Divulgação

O Governo do Estado publicou nesta quinta-feira, 23, um novo Decreto com relação a medidas de enfrentamento ao Covid-19. As novidades ficaram por conta da flexibilização do retorno de alguns serviços.

A reabertura do comercio Atacadista e Varejista, bem como, sobre a reabertura de negócios de serviços como escritórios de advocacia, de contabilidade, lavanderia, consertos, dentre outros.

O novo Decreto permite a reabertura de padarias, serviços de podologia, construção civil, tecidos, aviamentos, armarinhos, materiais de suprimentos agrícolas, oficinas de máquinas e equipamentos agrícolas, serviços de locação de máquinas, equipamentos e bens tangíveis, serviços de higiene pessoal, incluindo barbearias, cabeleireiros e manicures.

BG

 

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
09:12

 Foto: Bruno Vital/G1

portal G1-RN destaca nesta quarta-feira(12) que a pandemia global do novo coronavírus mudou os procedimentos de autópsia no Rio Grande do Norte. De acordo com a reportagem, desde segunda-feira (20), o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), responsável pelos exames cadavéricos para determinar as causas das mortes que acontecem no estado, restringiu o atendimento para evitar propagação da Covid-19. Com a alteração,passa a receber exclusivamente corpos de morte natural que não tiveram assistência médica. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), a nova medida de segurança é uma recomendação do Ministério da Saúde.

Segundo a reportagem, sem o exame de necrópsia convencional, os médicos patologistas devem declarar uma espécie de autópsia verbal, a partir de análise externa do corpo e entrevista com familiares para determinar a causa aproximada da morte.

Além disso, sob orientação do Ministério da Saúde, o SVO também não está recebendo corpos de pessoas que morreram com a suspeita para Covid-19. Nestes casos, a recomendação é para que seja feita a coleta do material para o teste do coronavírus em até 6 horas após a morte. Leia matéria completa aqui.

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
09:01

Com últimas chuvas, Açude Itans saí do volume morto em Caicó ...

De acordo com informações, com as chuvas caídas de ontem (21) para hoje (22) na bacia do em do Açude Itans de Caicó (RN),o reservatório recebeu  um bom volume d’água. Segundo informações de um leitor do blog, o volume de água recebida chega os 2 metros  em  sua lâmina d’água,  e continua recebendo um bom volume em virtude das  fortes chuvas da noite de ontem.

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:48

Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA, divulgou um documento no qual contraindica o uso de hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19. A entidade também não indica o uso de lopinavir/ritonavir, drogas que também estão em estudo para tratar a doença.

A recomendação foi elaborada por um painel de especialistas com representantes de pelos menos 13 entidades, como agências governamentais (entre elas a agência que regula remédios, a FDA ,e o Centro de Controle de Doenças, o CDC) e associações médicas americanas.

Segundo o documento, o uso das drogas citadas só deve ser feita em ensaios clínicos.

A associação de hidroxicloroquina e azitromicina é desencorajada por causa de sua potencial toxicidade. Com relação somente à hidroxicloroquina e à cloroquina, o Niaid afirma que ainda não há dados suficientes para uma indicação a favor ou contra as drogas no tratamento da Covid-19. O documento alerta, contudo, que o uso deve ser acompanhado de monitoramento dos efeitos adversos, considerando o risco de alterações cardíacas e mal súbito.

O documento também afirma não haver evidências para indicação ou desencorajamento do uso do remdesivir, também em estudo contra a doença.

As recomendações reproduzem a cautela de Anthony Fauci, diretor do Niaid, quanto ao assunto e se contrapõem ao otimismo do presidente republicano Donald Trump em relação à droga, situação que lembra os diferentes tons do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e do presidente Jair Bolsonaro.

“É tudo baseado em dados”, disse Susan Swindells, membro do painel responsável pelas recomendações e professora na Universidade de Nebraska, à NPR. “Nós olhamos tudo que estava disponível. Não tinha nada funcionando maravilhosamente bem.”

As recomendações devem ser atualizadas conforme novos dados surgirem. Swindells também disse à NPR que existe a possibilidade de atualização quanto ao remdesivir já na próxima semana.

ESTUDO AMERICANO NÃO MOSTRA EFEITO DE HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA

Um novo estudo americano ainda não publicado e revisado por pares analisou uso de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes internados de Covid-19 e não observou eficácia do tratamento em reduzir mortes ou necessidade de respiração com auxílio de máquinas.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:47

João Doria virou o “pai” da paralisação brasileira quando, em conjunto com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do mesmo partido (PSDB) e apadrinhado por ele, determinou a quarentena atual em 21 de março. Pela importância de São Paulo, isso detonou um “efeito dominó” em outros estados e capitais.

Na tarde desta quarta (22), o governador de São Paulo anunciará um plano de saída do isolamento, de novo o primeiro estado a fazer isso. O político tucano conversou sobre esse e outros assuntos com a Folha por cerca de 50 minutos nesta terça (21), por teleconferência.

Como não errar a mão na duração da paralisação, uma vez que, diz a lógica política, quanto maior a quarentena no país, maior o estrago na economia, portanto maior a sua chance de vitória nas eleições presidenciais de 2022?

Obedecendo à ciência. Aqui seguimos rigorosamente o que a ciência e a saúde determinam. Nem a política nem a economia. São Paulo saiu na frente porque a recomendação da ciência foi nesse sentido. E isso nos permitiu ter uma curva 30% mais baixa do que a do Brasil.

Não há economia que possa sobreviver a um saldo de mortes, em que pessoas padecem, sofrem, perdem vidas, amigos que se vão, familiares que são sepultados, a um cenário macabro. Preciso primeiro salvar vidas. Salvando vidas, salvaremos também a proteção social, aqueles que precisam de ajuda nesse momento para sobreviver.

Na sequência vem a recuperação econômica, lembrando que o isolamento em São Paulo foi o mais leve de todos os implementados pelos estados. Foi bastante bem planejado para permitir que as atividades essenciais fossem preservadas, seja pelo abastecimento no dia a dia das pessoas, seja para garantir minimamente que empregos pudessem ser mantidos e atividades pudessem funcionar, seguindo o protocolo de saúde.

Exemplo concreto: todas as fábricas de qualquer tipo de produto em São Paulo estão abertas e em funcionamento, não apenas as de alimentos e produtos de higiene e limpeza. Nunca foram fechadas. Exatamente para permitir não só o abastecimento mas preservar empregos e atividade econômica. Não há vínculo político. Não sigo aqui orientação da política, mas a saúde e a ciência. Assim seguiremos.

O Datafolha mostrou que 17% dos eleitores de Jair Bolsonaro se arrependem de ter votado nele. Na reta final das eleições de 2018, o sr. ligou sua imagem à do presidente e se beneficiou eleitoralmente disso. É um dos arrependidos?

Sim. Fiz campanha me posicionando contra esquerda, o PT. O outro candidato era Jair Bolsonaro. Por ser candidato, eu tinha que ter um lado, que não poderia ser o do nulo ou em branco. Nunca fiz isso.

Mas não tinha a perspectiva de ter um presidente que pudesse vir a ter comportamentos tão irresponsáveis, tão distantes da verdade, tão condenáveis sobretudo numa situação de pandemia como essa. Há quatro mandatários assim [no mundo]. Três são ditadores, um da Nicarágua e dois de repúblicas que pertenceram à União Soviética [Belarus e Turcomenistão]. Esses três ditadores negaram a pandemia e vêm orientando equivocadamente as populações.

E o outro foi o presidente Jair Bolsonaro, que felizmente não conseguiu implementar a sua irresponsabilidade, pois os 27 governadores dos estados tiveram uma posição oposta e defenderam a vida.

O sr. já chamou o ex-presidente Lula de “preguiçoso” e “covarde”. No começo do mês, porém, trocaram declarações elogiosas. Não teme que isso cobre um preço em 2022? 

Não estou preocupado com 2022. Estou preocupado em salvar vidas, e, na sequência, recuperar a economia. Não há sentido político, eleitoral, ideológico no que tenho feito, e tenho certeza que os que estão no caminho certo têm este sentimento.

O sr. pode adiantar algo sobre o plano de saída a ser anunciado? As escolas reabrirão?

Vamos enunciar algumas dessas medidas amanhã [quarta-feira, 22], mas não vamos detalhá-las, porque vamos seguir os passos da ciência, que orienta fazer isso mais adiante. Primeiro, vamos medir o resultado do isolamento, se a população está respondendo bem. Até aqui diria que, na média, sim. Mas é importante que ela continue para alicerçar este programa que virá depois da quarentena, após 10 de maio.

Segundo: analisar quantas pessoas estarão infectadas nas próximas duas semanas e quantas infelizmente virão a óbito. Terceiro: capacidade de atendimento e suporte da saúde pública e privada no estado de São Paulo. Isso será diário, e a troca de informação entre a saúde e a economia serão ainda mais intensas.

Por isso, amanhã [quarta] nós vamos dar o enunciado para a população, mas os detalhes e as fases deste protocolo, que será heterogêneo, só serão anunciados no dia 8 de maio.

Para continuar lendo é só clicar aqui: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/04/detalhes-do-plano-de-saida-so-serao-anunciados-em-8-de-maio-diz-doria.shtml

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:47

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM​), diz que a capital do Amazonas já não vive uma emergência, mas um estado de calamidade. A cidade tem, até o momento, 1.809 casos de contaminação pelo coronavírus, além de 163 óbitos. O estado tem taxa de ocupação de 91% de seus leitos de UTI, cálculo que Virgílio considera exageradamente otimista.

O tucano revela ao Painel uma outra conta com a qual ele afirma ter ficado assombrado: no domingo (19), 17% (ao menos 20 indivíduos) das 122 pessoas enterradas em Manaus morreram em suas casas. Na segunda (20), a taxa subiu para 36,5% (ao menos 38 pessoas) dos 106 mortos. “São números que mostram o colapso. Estamos chegando no ponto muito doloroso, ao qual não precisaríamos ter chegado se tivéssemos praticado a horizontalidade da quarentena, no qual o médico terá que se fazer a pergunta: salvo o jovem ou o velho? “, diz. “Estamos em ponto de barbárie.”

Nem todos os casos de mortos citados pelo prefeito receberam até o momento a confirmação de terem relação com o coronavírus. No entanto, Virgílio afirma acreditar que, sim, a contaminação pelo Covid-19 seria o motivo.

Virgílio reuniu-se nesta segunda-feira (20) com o vice-presidente, Hamilton Mourão, para apresentar as demandas da cidade na pandemia. Pediu aparelhos de tomografia, profissionais treinados, equipamentos de proteção individual e remédios. “O Tamiflu (nome comercial do oseltamivir) estamos dando contado”, diz.

“O Amazonas pede socorro. SOS Amazonas. Aceitamos voluntários, médicos, aparelhos que estejam em bom funcionamento ou novos”, completa. Ele afirma que escreverá uma carta aos líderes do G20 solicitando ajuda.

Virgílio diz ter aproveitado o encontro para desabafar contra Jair Bolsonaro. Ele, cujo pai, o senador Arthur Virgílio Filho, teve o mandato cassado pela ditadura militar, revoltou-se com a presença do presidente no ato pró-golpe militar de domingo (19).

“Não podia deixar de condenar o presidente participar de um comício, aglomerando, e ainda por cima tecendo loas a essa coisa absurda que foi o AI-5. Cassou meu pai, cassou Mário Covas, pessoas acima de quaisquer suspeitas, e que serviam o país”, diz.

“É de extremo mau gosto o presidente participar de um comício, insistentemente contrariando a Organização Mundial da Saúde e os esforços que fazem governadores e prefeitos”, afirma Virgílio. “Bolsonaro toca diariamente nas minhas feridas.”

Segundo Virgílio, Mourão ouviu calado.

Horas depois do desabafo, Bolsonaro voltaria a incomodar o prefeito ao dizer que não é coveiro após ter sido perguntado pela Folha sobre o número aceitável de mortes por coronavírus.

“Queria dizer para ele que tenho muitos coveiros adoecidos. Alguns em estado grave. Tenho muito respeito pelos coveiros. Não sei se ele serviria para ser coveiro. Talvez não servisse. Tomara que ele assuma as funções de verdadeiro presidente da República. Uma delas é respeitar os coveiros”, afirma Virgílio. Ao falar sobre esses funcionários, começou a chorar.

“Não fui criado sob essa lógica do ‘homem não chora’. Nessa crise tem acontecido isso. Às vezes, consigo controlar. Não que precisasse controlar. Muitas vezes, não consigo”, afirma.

Sobre as valas que têm sido abertas pela prefeitura para comportar o aumento do número de corpos, o prefeito diz que estão sendo usadas retroescavadeiras para dar conta do serviço.

“Tem ali o retrato da família, põe o retrato da pessoa para poder ser homenageada em 2 de novembro [dia de finados], para não ficar aquela coisa que me lembra a ditadura militar, em que a família sabe que morreu mas não sabe onde está o corpo. É um trabalho incessante para evitar o caos funerário”, diz Virgílio.

Segundo ele, os caixões serão colocados próximos uns aos outros, “bem juntos”, mas ressalta que haverá separação entre as valas.

PAINEL / FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:45

Dez estados já tomaram medidas para flexibilizar o isolamento social imposto nas últimas semanas como forma de combater a disseminação do coronavírus no Brasil. A conclusão é de um levantamento da liderança do governo no Congresso Nacional, obtido pelo GLOBO.

O documento mapeia ações de flexibilização em Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Maranhão, Distrito Federal, Tocantins, Espírito Santo, Paraíba e Sergipe. Há ainda outros dois estados, São Paulo e Mato Grosso, que já estudam formas de pôr em prática uma reabertura.

No Distrito Federal, a reabertura do comércio está programada para o dia 3 de maio. É a única unidade da federação da lista em que uma parte da flexibilização não está valendo a partir de agora. Os governadores adotaram graus diferentes de reabertura. Escolas, por exemplo, estão fechadas ainda em todo o país.

Em alguns estados, precauções de segurança são uma contrapartida para a reabertura. Na Paraíba, foram liberadas óticas, empresas de produtos hospitalares e concessionárias de carros desde que sejam fornecidas máscaras para os funcionários. No Espírito Santo, há a mesma exigência para os 72 municípios em que as prefeituras estão autorizadas a reabrir o comércio.

Em Goiás, o uso de máscaras é obrigatório. Em Santa Catarina, hotéis poderão ativar 50% de sua capacidade total de hospedagem e restaurantes podem reabrir, desde que mantenham os salões fechados. No comércio de rua, clientes não podem experimentar roupas, e o número de pessoas nas lojas não pode superar 50% da capacidade do local.

O presidente da República Jair Bolsonaro tem defendido um retorno à normalidade das atividades comerciais. Na semana passada, na posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, ele reconheceu que essa pressão “é um risco que eu corro” e criticou as medidas dos governadores para reforçar o isolamento.

Em São Paulo, segundo o documento da liderança de governo, técnicos estão definindo “quais setores serão autorizados a voltar a funcionar e quais regiões do Estado terão mais flexibilidade do que as outras”.

Para isso, seriam sopesados fatores como importância econômica, vulnerabilidade social e riscos de saúde envolvidos (como número de casos e a capacidade instalada de UTIs). Mato Grosso “deve flexibilizar isolamento social já nesta semana”, com base nas orientações de um decreto editado estadual do fim de março. No estado, as prefeituras determinaram o fechamento do comércio, e não o governo.

Uma recomendação do Ministério da Saúde de 6 de abril permite a migração de cidades para um “distanciamento social coletivo” a partir de 13 de abril, caso os casos não tenham comprometido mais de 50% da capacidade do seus sistemas de saúde e tenham equipamentos de proteção o suficiente para profissionais.

No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel irá decidir sobre novas medidas de relaxamento da quarentena nesta quinta-feira, segundo o colunista do GLOBO Lauro Jardim. No dia 7 de abril, o governador já afrouxou restrições em 30 cidades do interior onde não haviam sido registrados casos de Covid-19.

O GLOBO

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:44

Jair Bolsonaro chamou para conversar os presidentes do DEM, ACM Neto, e do MDB, Baleia Rossi, registra a imprensa nacional.

O encontro do presidente com Baleia está marcado para esta quarta (22), e a reunião com o prefeito de Salvador, para quinta (23).

Por ora, os dois partidos estão fora das negociações por cargos de segundo escalão.

Já o PP, Republicanos, PSD e PL fecharam com o presidente indicações para cargos de segundo escalão e se comprometeram com uma fidelidade maior nas votações e trabalhar diretamente com a coordenação política do planalto.

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:44

A relatora da CPMI das Fake News, Lídice da Mata, condenou nesta terça-feira (22) a atitude de Eduardo Bolsonaro de tentar barrar no STF as investigações da comissão, relata o Estadão.

Para a deputada do PSB baiano, a posição de não querer investigar pode colocar o filho 03 de Jair Bolsonaro na condição de “suspeito”.

Lídice alega que a ação protocolada no STF para impedir a prorrogação da CPMI é uma tentativa de barrar seu alcance, principalmente depois de documentos recebidos pela Câmara indicarem que ataques de ódio teriam partido de um computador do gabinete de Eduardo.

Como publicamos mais cedo, o deputado ainda deu o azar de seu pedido ter caído com Gilmar Mendes –um dos que sugeriram a instalação da CPMI.

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:43

O Ministério da Saúde divulgou na noite desta terça o número oficial de pacientes que tiveram Covid-19 e conseguiram se recuperar.

Dos 43.079 pacientes diagnosticados com a doença no país, como já publicamos, houve 2.741 mortos (6,4%) e 24.325 recuperados (56,5%).

Ainda estão em acompanhamento 16.013 pacientes, ou 37,2% dos casos.

FONTE: Ministério da Saúde

Publicado por: Chico Gregorio


22/04/2020
08:40

Os EUA já registraram mais de 45 mil mortes (45.373, no momento em que este post é escrito) em razão da Covid-19, segundo as estatísticas do site worldometers.info.

O país tem 826 mil dos mais de 2,5 milhões de infectados em todo o mundo.

Nas últimas 24 horas foram 2700 mortes.

O estado de Nova York segue sendo o mais atingido, com 257.000 casos e quase 20 mil mortes.

Publicado por: Chico Gregorio