Planilha que faz parte da delação premiada do executivo da Carioca Engenharia Ricardo Pernambuco Júnior, investigado na Operação Lava Jato, detalha suposta propina de R$ 52 milhões ao presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A peça faz parte de inquérito autorizado contra Cunha pelo ministro Teori Zavascki, a pedido da Procuradoria Geral da República. Que moral o Sr Eduardo Cunha tem para continuar ainda como presidente da Câmara, ele que é um dos articuladores do golpe contra a presidenta Dilma? A planilha foi divulgada nesta sexta-feira (15) pelo jornal Estado de S. Paulo e faz parte da delação, revelada pela revista Época em dezembro. A investigação da Procuradoria se baseia nas delações premiadas dos empresários da Carioca Engenharia Ricardo Pernambuco Júnior e do pai dele Ricardo Pernambuco. Segundo os delatores, o peemedebista recebia propina de a partir de recursos do FI-FGTS, um fundo destinado a empresas. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal Este é o terceiro inquérito contra Cunha. A suspeita da PGR é de que o parlamentar tenha solicitado e recebido propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia –que atuava na obra do Porto Maravilha– no montante de cerca de R$ 52 milhões. Como cidadão brasileiro me sinto envergonhado em saber que um parlamentar sem escrúpulos dita os destinos da nação e que muitos creditam nele uma limpeza ética e moral que o Brasil deve passar em face de um suposto afastamento da presidenta Dilma. Ledo engano. Eduardo Cunha é maquiavélico e tido como um especialista em manobras no Regimento da Câmara. Somado as suas proezas na Casa, Eduardo Cunha é investigado pela Lava Jato, mas, parece que pode tudo e quer derrubar a presidenta Dilma custe o que custar, por pura vingança ao PT. Não esqueçamos que num eventual afastamento da presidenta o Brasil não vai mudar com políticos da estirpe de Eduardo Cunha. Ao contrário, as investigações que hoje ocorrem no Brasil, sobretudo, contra políticos e empresários corruptos devem acabar. Nem mesmo o juiz herói da elite brasileira, Sérgio Moro, vai poder mais fazer suas pirotecnias e levar ao Jornal Nacional áudios para dar ibope ao programa jornalístico. Não se iluda, caro leitor. Existe acordo para aprovar o impeachment e isso passa exatamente pelo fim da Lava Jato, cujas investigações atingem políticos de todas as matizes partidárias. E quem estaria por trás disso? Advinhe, leitor. A conferir! Acesse o blogdobarbosa clicando no link http://www.blogdobarbosa.jor.br New York Times lembra que algozes de Dilma sofrem processos por corrupção Em matéria com análise sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o jornal norte-americano The New York Times faz menção aos algozes da presidenta. O texto concentra críticas a figuras da política nacional que, às voltas com os ”próprios escândalos”, agora patrocinam o rito de deposição presidencial – entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o deputado Paulo Maluf (PP-SP).
Dos 39 deputados da Bahia, 24 já se manifestaram contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O estado é onde a petista tem, proporcionalmente, o maior apoio pela manutenção do seu mandato. Governado pelo petista Rui Costa, que sucedeu o também petista Jaques Wagner, hoje um dos ministros mais próximos à presidente, no estado a aliança nacional que elegeu a presidente permanece intacta.
Mesmo ameaçados de expulsão e de perderem poder na legenda, os deputados do PP da Bahia devem votar contra o impeachment. Esta situação tem uma explicação. O vice governador baiano é João leão, presidente do PP estadual, e pai do deputado Cacá Leão. A família Leão não está disposta a trocar o poder no estado pelo voto pró impeachment. O mesmo acontece com Mário Negromonte Jr.
Ele é filho do ex-deputado e ex-ministro das Cidades do primeiro governo Dilma Mário Negromonte, hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios por indicação do governador Rui Costa e as bênçãos do hoje ministro Jaques Wagner. João Leão aceita perder a direção do PP baiano e negocia a não expulsão do filho Cacá e de Negromonte Jr, pressionado pelo PT e pelo Planalto a votar contra o impeachment.
Também dividido como o PP em nível nacional, o Partido Social Democrata na Bahia apoia a presidente. O deputado Paulo Magalhães, por exemplo, é um dos mais fiéis escudeiros de Dilma. Vai votar contra o impeachment e tem trabalhado para conseguir votos dos indecisos sobre o impeachment. Sobrinho do senador já falecido ACM, Magalhães comenta com amigos que nunca foi tão bem tratado como nos governos petistas, tanto na Bahia quanto em nível nacional. Os deputados Antônio Brito, Fernando Torres e José Nunes também devem apoiar a permanência de Dilma.
O mesmo fenômeno ocorre com o Partido da República. Com dissidências pró impeachment em outros estados, na Bahia o PR garante o voto pró-governo dos deputados José Rocha, José Carlos Araújo e João Carlos Bacelar já anunciaram voto contra o impeachment e permanecem na aliança estadual com o PT. O mesmo fenômeno ocorre com o PDT baiano que dará o voto do deputado Feliz Mendonça Junior contra o impeachment.
Assim como em 1992 durante a votação do impeachment do presidente Fernando Collor, a bancada de deputados da Bahia foi a que mais apoiou a permanência do ex-presidente no cargo e garantiu oito votos pela manutenção do mandato do ex-presidente. Seis deputados se ausentaram do plenário, o que contou votos a favor de Collor. Apesar da resistência baiana capitaneada pelo então governador ACM e seu filho, deputado Luiz Eduardo Magalhães, ambos já falecidos, o impeachment foi aprovado.
Fonte: Congresso em Foco