15/06/2016
18:10

O líder do Governo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB), teceu pesadas críticas ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB), na sessão ordinária desta quarta-feira (15), da Casa de Epitácio Pessoa.

Ao comentar o resultado da última pesquisa de intenção de voto sobre o cenário municipal em João Pessoa, realizada pelo Instituto Opinião e divulgada pelo Sistema Arapuan de Comunicação, o socialista afirmou que o tucano seria capaz de se aliar até com o “Satanás” para derrotar o governador Ricardo Coutinho (PSB).

Hervázio se referiu a uma hipotética aliança do PSDB ao atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Luciano Cartaxo (PSD), junto com o PMDB, num chapão que terá como principal adversário a pré-candidatura do PSB, que tem a professora Cida Ramos à frente.

“Me parece que o senador Cássio faz uma união até com o Satanás para derrotar o governador Ricardo Coutinho. Me parece isso, com todo o respeito, e faço uma reflexão, se Cássio e Maranhão, que as ruas e o PMDB falam, a miúde, que Maranhão será candidato a governador da Paraíba”, disse Hervázio na tribuna da ALPB.

Por Ângelo Medeiros – WSCOM


Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
17:56

Marizilda Cruppe: <p>Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Belo Monte na área onde estão colocadas 18 turbinas. Foto Marizilda Cruppe.</p>

A Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Altamira (PA), já conta com três turbinas em operação comercial desde o dia 8 de junho, quando a Unidade Geradora N° 2 da Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental, começou a operar oficialmente; são mais 38,8 MW fornecidos pelo empreendimento ao Sistema Integrado Nacional (SIN) com a geração autorizada e publicada no Diário Oficial da União; Belo Monte começou a gerar energia, comercialmente, desde abril deste ano; agora já são 688,7 MW de energia gerada por Belo Monte para o Brasil

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
17:49

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Sargento foi conduzido a o quartel do comando geral, no bairro Tirol para os procedimentos cabíveis

Um sargento da Polícia Militar , na Companhia Independente de Turismo recebeu voz de prisão na tarde desta quarta-feira (15), após se negar a obedecer a ordem de um oficial para empurrar uma viatura que apresentou problemas mecânicos. A ocorrência foi confirmada pelo presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, Roberto Campos.

De acordo com Campos o fato ocorreu na Avenida Maria Lacerda, em Nova Parnamirim a equipe do sargento foi acionada para dar apoio a policiais que se encontravam em uma viatura quebrada, mas em um dado momento, já no local um oficial da corporação teria dado a ordem ao sargento para empurrar a viatura, mas o policial negou recebendo imediatamente a voz de prisão. “É um absurdo que além de termos que assumir injustas responsabilidades ainda temos que conviver com essa realidade, nossos companheiros não merecem isso”, disse.

O sargento foi conduzido a o quartel do comando geral, no bairro Tirol para os procedimentos cabíveis, no entanto entidades representativas de praças tentam junto ao comandante Geral outra solução para o caso que não seja a privação da liberdade do sargento.

Do Porta B.O

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
15:44

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado disse, em delação premiada, que recebeu pedido de propina do presidente interino Michel Temer para financiar a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012. O valor acertado entre ambos foi de R$ 1,5 milhão. O pagamento teria saído dos cofres da Queiroz Galvão, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato.

rasgado-01Delação de Sérgio Machado que cita o presidente interino Michel Temer – Reprodução

O depoimento revela “que Chalita não estava bem na campanha; que o depoente (Sérgio Machado) foi acionado pelo senador Valdir Raupp para obter propina na forma de doação oficial para Gabriel Chalita; que posteriormente conversou com Michel Temer, na Base Aérea de Brasília, provavelmente no mês de setembro de 2012, sobre o assunto, havendo Michel Temer pedido recursos para a campanha de Gabriel Chalita”.

Ainda segundo Machado, “o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de CHALITA; QUE ambos acertaram o valor, que ficou em R$ 1,5 milhão”.

Machado disse que repassou propina disfarçadas de doações eleitorais para o governador em exercício do Rio Francisco Dornelles, para o ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), para o senadores Agripino Maia (DEM-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Também repassou propina como se fosse doação eleitoral para os deputados Jandira Feghali (PCdo B-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Heráclito Fortes (PSB-SE), Walter Alves (PMDB-RN)Felipe Maia (DEM-RN), a ex-ministra Ideli Salvatti (PT-SC), o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (PE), já falecido, e o ex-deputado Edson Santos (PT-RJ).

O Globo

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
15:29

Em 2014, Henrique Alves promoveu uma das campanhas mais ricas da história do RN, com muitas notícias e declarações oficiais a respeito. Foi um verdadeiro rolo compressor com dezenas de agremiações na barba bacurau.

Segundo a Procuradoria Geral da República e conforme delações premiadas de Machado e mensagens encontradas trocadas entre o executivo da OAS e Eduardo Cunha, as doações recebidas pelo PMDB do RN na verdade eram dinheiro de propina.

É público, notório e está registrado que o PMDB do RN, através da campanha de Henrique, passou recursos para outras candidaturas e partidos, além de ter viabilizado recursos para terceiros.

Com Janôt e delatores cada vez mais no encalço do PMDB do RN, cabe uma pergunta besta: se ficar provado que a doação era de fato propina, quem mais se beneficiou da grana nas terras de poti?

Basta ligar A com B para saber. Uma olhadela na justiça eleitoral e na declaração de contas revela muita coisa.

Uma mera pesquisa no google lembrará que o PMDB do RN foi muito generoso com alguns dos seus apoiadores em 2014.

A Lava Jato não está apenas na porta de Henrique, mas de uma boa parte da classe política do RN.

O estrago pode ser gigantesco.

Por  Daniel Menezes

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
15:26

Por  Daniel Menezes

Folha de SP

Em sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado relatou ter repassado propina a ao menos 18 políticos de diferentes partidos, passando por PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB.
O PMDB, fiador político de sua indicação à presidência da Transpetro, foi o que mais arrecadou: cerca de R$ 100 milhões, de acordo com seus depoimentos.
Segundo ele, os políticos o procuravam pedindo doações e, em seguida, Machado solicitava os repasses às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro.
“Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam ao procurarem o depoente que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro”, afirmou.
A lista de políticos entregue por Sérgio Machado inclui ferrenhos adversários do PT, como o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014), o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Felipe Maia (DEM-RN).
Além deles, outros que o procuraram pedindo recursos foram, de acordo com sua delação, além dos caciques do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e José Sarney (AP), também os parlamentares e ex-parlamentares Cândido Vaccarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valter Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
No caso de Renan, Jucá e Sarney, o ex-presidente da Transpetro relatou que eles receberam tanto por meio de doações oficiais como de dinheiro em espécie. Machado detalhou quais doações feitas a ele podem ser consideradas como propina.
Machado também relatou quais empresas aceitavam fazer pagamentos de propina referentes aos contratos com a Transpetro. Segundo ele, foram a Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, NM Engenharia, Estre Ambiental, Polidutos, Essencis Soluções Ambientais, Lumina Resíduos Industriais e Estaleiro Rio Tietê.
“Quando chamava uma empresa para instrui-la a fazer doação oficial a político, ele sabia que isso não era lícito, que a empresa fazia doações em razão de seus contratos com a Transpetro”, disse Sérgio Machado, em um de seus depoimentos.
A reportagem ainda não conseguiu contato com os citados.

Daniel Menezes Daniel Menezes

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
11:20

A presidenta Dilma Rousseff deve ir ao Palácio da Redenção, sede do poder executivo do Estado, para um encontro com o governador Ricardo Coutinho, assim que desembarcar na Capital paraibana, por volta das 14h30 da tarde desta quarta-feira (15).

Após a reunião, eles devem ir juntos ao Espaço Cultural José Lins do Rêgo, onde a presidenta será esperada por políticos, autoridades, movimentos sociais, centrais sindicais e sociedade civil, para um debate sobre a democracia e a situação política atual do Brasil.

O deputado estadual Jeová Campos (PSB), autor da proposta de audiência pública com a presença de Dilma, revelou que a organização do evento espera ao menos 10 mil pessoas no local.

Três governadores do nordeste confirmaram presença e estarão no evento.  Flávio Dino (PC do B), do Maranhão; Camilo Santana (PT), do Ceará; e Wellington Dias (PT), do Piauí. A expectativa é que os deputados federais Luiz Couto (PT), Damião Feliciano (PDT), e Wellington Roberto (PR), também estejam presente

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
11:07

Dilma Rousseff

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai estar em João Pessoa nesta quarta-feira (14) para participar de uma audiência pública, às 15h, no Espaço Cultural, com o intuito de discutir o atual cenário político nacional e o processo de impeachment.

A expectativa é de que a presidente afastada não realize entrevistas com a imprensa antes ou depois do evento. A audiência foi proposta pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e gerou polêmica entre os deputados que questionaram gastos públicos com o evento.

De acordo com o presidente da ALPB, Adriano Galdino, o evento contará com a presença de autoridades políticas, representantes da sociedade civil organizada e movimentos sociais, e não vai gerar gastos públicos.

“Não vai haver, por parte da Assembleia Legislativa, estrutura maior nenhuma. O local é público, não vai ser pago aluguel, a infraestrutura também é pública e não estou enxergando despesa extra nenhuma com relação a essa audiência pública”, disse Adriano Galdino.

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
11:01

Parque do Povo lotado para o show do Padre Fábio

A transmissão ao vivo e simultânea do show Padre Fábio de Melo, em Campina Grande, na noite esta terça-feira (14), foi o assunto mais comentado das redes sociais, em diferentes plataformas. Segundo estimativa da Polícia Militar, 100 mil pessoas acompanhar o show no Parque do Povo. A transmissão ao vivo foi feita com exclusividade pela TV Maior, RCTV e Portal Correio.

Foram centenas de comentários em redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram. Telespectadores de vários estados brasileiros acompanharam a transmissão e elogiaram o profissionalismo da equipe.

O show do Padre Fábio, além de liderar os TTs em Campina Grande, foi a principal hashtag no Facebook na noite desta terça e uma das mais compartilhadas no Instagram. A transmissão da TV Maior, RCTV e Portal Correio teve como âncoras a apresentadora Julianna Eliza Sales, o colunista social Celino Neto e contou com a participação especial do fenômeno de audiência da 98FM rádio Correio, Elson Júnior.

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
10:43


Por: Agora RN

  assembleia legislativa do rn

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) exonerou os 13 servidores da Casa que recebiam irregularmente o Bolsa Família.

A decisão – publicada nesta quarta-feira (15) no boletim eletrônico – veio depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 32 servidores com vínculos com a ALRN têm ou tiveram vínculo empregatício com a Assembleia e possuíam ou possuem renda mensal por pessoa acima do valor permitido, que é de até R$ 77,00 – ou renda por pessoa entre R$ 77,01 e R$ 154,00, que possuam pelo menos um integrante da família entre 0 e 17 anos de idade.

A lista foi elaborada a partir do cruzamento de dados realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRN, que culminou na planilha com os servidores da Assembleia Legislativa.

Dos 32, a própria ALRN identificou que 13 ainda continuavam trabalhando na Casa.

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
09:18

A senadora Fátima Bezerra reiterou, nesta terça-feira (14), no plenário do Senado, o alerta que vem sendo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) sobre os riscos que corre a educação brasileira com as medidas que estão sendo implantadas pelo governo provisório de Michel Temer – medidas pautadas no programa “Uma Ponte para o Futuro”, que ameaça concretamente o direito à educação pública e às conquistas dos trabalhadores em educação, na última década.
Entre as propostas destacadas pela entidade estão a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a desvinculação orçamentária dos gastos sociais. Apesar de a proposta aprovada na Câmara ter retirado da medida os recursos com educação, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já informou que incluirá os gastos com o setor. Ela destacou ainda a iniciativa, já anunciada, de se limitar o reajuste dos gastos sociais à inflação do ano anterior e cortes na política de acesso à universidade e à educação profissional e tecnológica.
Fátima destacou também levantamento realizado pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Sicsú, indicando que, se a proposta de limitar os gastos públicos com base na inflação do ano anterior tivesse sido aplicada entre 2006 e 2015, teriam sido retirados R$ 321 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC). “Isso é um crime! Se isso tivesse acontecido, será que nós teríamos feito a revolução que fizemos, saindo de 144 escolas para quase 600 escolas técnicas? Será que o nosso Rio Grande do Norte teria avançado o quanto avançou saindo de apenas duas unidades do IFRN para 21 novos institutos federais de educação profissional e tecnológica? Será que nós teríamos aprovado o Fundeb?”, argumentou.

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
09:00

:

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) responsabilizou o presidente Michel Temer e o ministro Ricardo Barros por mortes eventualmente causadas pelo fim prematuro do Programa Mais Médicos; o líder do Rede no Senado anunciou que vai denunciar o risco de genocídio à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), juntamente com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF); Randolfe apresentou uma questão de ordem ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para instalar imediatamente a comissão especial para aprovar a MP 723 que prorroga o programa; se a MP não for aprovada até 2 de julho, o Mais Médicos será extinto

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
08:52

Renan Calheiros (PMDB-AL)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu a entender que não rejeitará de pronto um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que foi protocolado nesta segunda-feira, 13, no Senado. “Nos últimos meses, já arquivei cinco pedidos de impedimentos do procurador-geral da República, eu entendi que as petições eram ineptas. Essa, eu vou avaliar”, disse.

O pedido foi feito por duas advogadas ligadas ao movimento pró-afastamento de Dilma Rousseff. Elas argumentam que Janot deu tratamento diferenciado a políticos do PT e do PMDB que estariam envolvidos em “situações análogas” na Lava Jato.

Em geral, Renan rejeita de imediato pedidos de impeachment contra ministros do Supremo e contra o procurador-geral, que devem ser protocolados obrigatoriamente no Senado e cuja aceitação é avaliada monocráticamente pelo presidente da Casa. Recentemente, Renan foi flagrado em um diálogo em que chamava Janot de “mau-caráter”.

Em abril, Renan fez forte discurso no plenário do Senado após recusar um pedido de impeachment do ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, feito por integrantes Movimento Brasil Livre (MBL), que também defende o afastamento de Dilma Rousseff.

“Não podemos ser levianos com a democracia, nem subestimar a importância da separação dos poderes da República. É hora de o Legislativo ser Legislativo, de o Judiciário atuar como Judiciário e de o Executivo se portar como Executivo”, disse à época.

Inquérito. Ao ser questionado sobre o pedido de impeachment de Janot, Renan se confundiu e entendeu que a pergunta era sobre o novo inquérito que o Supremo abriu nessa terça contra ele e outros membros da cúpula do PMDB. O presidente do Senado acabou dando uma declaração inesperada. “Lamento essa obsessão comigo”, disse desconsertado.

Mais cedo, Renan evitou comentar sobre a abertura de novo inquérito. As declarações foram feitas antes de o ministro do STF, Teori Zawascki rejeitar seu pedido de prisão feito pela PGR.

Estadão

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
08:47

O Globo

A reação do Palácio do Planalto à aprovação do parecer que pede a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo Conselho de Ética pode ser resumida em duas palavras: silêncio e apreensão. Ministros e auxiliares diretos do presidente interino, Michel Temer, se esquivam de opinar publicamente sobre a situação do peemedebista. A orientação dada por Temer é para que todos evitem declarações até que saibam o tom que será adotado por Cunha.

— Sem comentários. Esse é um assunto da Câmara — reagiu o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), logo após o anúncio do resultado de 11 votos a 9 no Conselho de Ética pela aprovação de parecer que pede cassação de Cunha.

Ao sair de uma reunião em direção ao encontro de Temer, Padilha seguiu a mesma linha e ignorou as insistentes perguntas de jornalistas sobre o resultado do Conselho. Ficou mudo e, ao se despedir, virou-se e fez troça:

— Resultado? Que resultado?

 

Publicado por: Chico Gregorio


15/06/2016
08:43

BRASILIA, DF, BRASIL, 26-01-2016, 16h00: O Procurador Geral da República Rodrigo Janot durante reunião do Conselho Nacional do Ministério Público. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que nomeações de ministros para atender aliados do PMDB e a distribuição de cargos ao PSDB pelo presidente interino Michel Temer integravam um plano para encerrar a Lava Jato.

A avaliação de Janot consta no pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e que foi negado pelo Supremo, a partir das gravações feitas peloex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Para Janot, as indicações faziam parte da “solução Michel”, que tinha objetivo de “construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa”: a proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; a proibição de execução provisória da sentença penal e a alteração do regramento dos acordos de leniência.

A Procuradoria cita a nomeação de três ministros: Jucá para o Planejamento, José Sarney Filho para Meio Ambiente e Fabiano Silveira para a Transparência.

“Pode-se inferir destes áudios que certamente fez parte dessa negociação [plano contra Lava Jato] a nomeação de Jucá para pasta do Ministério do Planejamento, além da nomeação do filho de Sarney, para o Ministério do Meio Ambiente, e de Fabiano Silveira, ligado a Calheiros, para o Ministério que substituiu a Controladoria-Geral da União, além dos cargos já mencionados para o PSDB”, afirmou o procurador-geral.

Jucá e Silveira deixaram os cargos após a divulgação dos áudios. O pedido de prisão dos peemedebistas foi entregue ao Supremo no dia 23 de maio, quando a Folha revelou que ele discutia um pacto para frear a sangria.

“O que está por trás da trama criminosa – com a fantasia mambembe de processo legislativo – voltada para engessar o regime jurídico da colaboração premiada é apenas o interesse de parcela da classe política, que se encontra enredada na Operação Lava Jato, em especial os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney, em evitar acordos dessa estirpe que revelem a corrupção endêmica em que incorrem continuadamente por anos e anos a fio (que admitem e comentam sem reservas nas conversas gravadas)”, afirmou Janot.

Para Teori, no entanto, o pedido de prisão foi embasado “em presunção de que os requeridos, pelo teor das conversas gravadas, poderão utilizar da força política que possuem para causar interferências nas investigações, sem, contudo, apresentar atos ou elementos concretos nesse sentido”.

FOLHA

Publicado por: Chico Gregorio