A Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC) poderá perder a unidade de refino e ser excluída do Plano Estratégico e das discussões da Diretoria de Refino e Gás Natural. Segundo o presidente do Setor Energético do Estado (SEERN) e membro do Conselho Fiscal do Sindicato das Empresas do Setor de Petróleo, Gás e Combustíveis do RN (Sipetro), Jean-Paul Prates a informação da possível perda da refinaria vem ganhando força nos corredores da Petrobras. O motivo da perda da refinaria seria por causa do atual cenário político-econômico do país. “Poderão nos tirar a refinaria simplesmente para alegar uma redução de custos que, na verdade, significará mais um retrocesso do investimento da Petrobras no Estado – o maior de todos”, lamentou Jean Paul. Em nota, o presidente da Sipetro afirmou que recebeu a informação com surpresa, isso porque, a refinaria potiguar havia recebido recentemente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a autorização para passar a processar 45 mil barris de petróleo por dia, o que fez com que a refinaria potiguar passasse a frente da Refinaria de Manaus (REMAN) quanto a capacidade de processamento. Para Jean-Peal, essa autorização deveria ser comemorada como a consolidação de uma jornada que poderia levar a revitalização do setor petrolífero no Estado. De acordo com ele, a nova capacidade de refino representa 80% da produção de petróleo na Bacia Potiguar, que inclui também campos do Ceará. Diante da preocupante informação, o presidente da Sipetro convocou as autoridades do Estado para pedir esclarecimentos sobre o caso. “Permito-me sugerir ao governador e a seu secretariado que convoquem a bancada de parlamentares do Estado e encaminhem imediatamente à Presidência e à Diretoria da Petrobras pedido formal de esclarecimentos sobre os reais planos de investimento e estrutura de gestão da empresa no RN, em especial quanto à Refinaria Potiguar Clara Camarão”, exclama. Por Rafael Araújo.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte, através da Promotoria de Justiça da Comarca de Santo Antônio e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia Militar, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a operação “Cérbero”. Na ação, foram expedidos, pela juíza de Direito da Comarca de Santo Antônio, Rossana Maria Andrade de Paiva, mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, os quais foram cumpridos nas cidades de Parnamirim e Serrinha.
Durante a operação, o secretário de Administração e Obras de Serrinha, Jefferson Marinho Santos, foi preso. No curso da investigação, restou evidenciado que o investigado usava três identidades distintas. Como Jefferson Marinho Santos exercia o cargo de secretário Municipal em Serrinha.
Como Jefferson Marinho Campos constituiu a empresa M&S Serviços e Locações, CNPJ 10.806.752/0001-06 e com a identidade de Jeferson Miguel Marinho adquiriu a empresa Serrinha Derivados de Petróleo LTDA, CNPJ 03.632.203/0002-70.
As duas empresas são contratadas pelo município de Serrinha e já receberam dos cofres públicos o valor de R$ 4.597.152,52 (quatro milhões quinhentos e noventa e sete mil cento e cinquenta e dois reais e cinquenta e dois centavos), entre os anos de 2009 a 2016, conforme informações obtidas junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Ele é investigado pela prática dos crimes tipificados nos arts. 299 (falsidade ideológica), 304 (uso de documento falso), 171 (estelionato) e 312 (peculato), todos do Código Penal.