19/05/2017
15:08

Em conversa gravada entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o dono do frigorífico JBS Joesley Batista, o tucano conta ao empresário que o presidente Michel Temer pediu a ele que retirasse a ação contra a chapa Dilma-Termer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois que Dilma Rousseff sofreu impeachment.

“A Dilma caiu, a ação continuou, e ele quer que eu retire a ação, cara, só que se eu retirar, e não estou nem aí, eu não vou perder nada, o Janot [procurador-geral da República] assume, o Ministério Público assume essa merda”, diz Aécio em conversa gravada por Joesley.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
14:59

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro do STF, Edson Fachin – Eraldo Peres / AP

No pedido de abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer, o procurador-geral da República Rodrigo Janot acusa o mandatário número um do país de envolvimento com pelo menos três crimes : corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), considerou os indícios levantados pelo procurador-geral consistentes e autorizou a abertura de investigação contra Temer.

“Os elementos de prova revelam também que alguns políticos continuam a utilizar a estrutura partidária e o cargo para cometerem crimes em prejuízo do Estado e da sociedade. Com o estabelecimento de tarefas definidas, o núcleo político promove interações diversas com agentes econômicos, com o objetivo de obter vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes, sobretudo com corrupção. Há, pois, também o indicativo da prática do delito organização criminosa previsto na lei 12.850/2013”, afirma Janot.

O empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou ao Ministério Público (MP) gravação em que o presidente dá aval para o empresário comprar, com mesadas, o silêncio do ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha.

O pedido de abertura de inquérito foi feito a partir da delação premiada dos donos do grupo JBS. Eles revelaram que Temer deu aval para a propina paga ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – que, em troca, não revelaria nada em delação.

Pela Constituição, o presidente da República não pode ser responsabilizado por atos cometidos antes do exercício do mandato. Como os fatos delatados teriam ocorrido depois de Temer ter assumido a presidência da República, não haveria impedimento legal para o início das investigações.

FACHIN NEGA PRISÃO DE AÉCIO

Em decisão nesta quinta-feira, Fachin negou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ao contrário da expectativa que se criou nesta quinta-feira, o caso não deverá ser levado ao plenário do tribunal.

Na mesma decisão, o ministro afastou o parlamentar de suas funções, mas o manteve no cargo. Ou seja, o tucano poderá frequentar o Congresso Nacional, mas não está autorizado a votar, por exemplo.

O Globo

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
14:52

Com ordens judiciais emitidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Patmos, a Polícia Federal interceptou pelo menos uma conversa telefônica entre o presidente Michel Temer e seu ex-assessor e homem de confiança, o atual deputado federal Rodrigo Loures (PMDB-PR).
Na conversa, Temer conversa com Loures sobre uma expectativa que o deputado federal tinha a respeito de novas regras para o setor de portos.

Outra ligação interceptada ocorreu entre o ministro do STF Gilmar Mendes e o senador Aécio Neves (PSDB).

Segundo o relatório policial sobre essa conversa, ocorrida no dia 26 de abril, Aécio “pediu ao ministro [Mendes] para que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro. Neste diálogo, o senador investigado [Aécio] pede que o magistrado converse com Flexa Ribeiro para que este siga a orientação de voto proposta por Aécio”. A referência é a votação do projeto que tratava de “abuso de autoridade” em discussão no Congresso Nacional.

Os documentos revelam que os aparelhos telefônicos de Aécio e de Loures estavam sob interceptação judicial –ou seja, os grampos não ocorreram nos telefones de Gilmar Mendes e de Michel Temer.

Relatórios sobre essas ligações constam de documentos liberados por ordem do ministro do STF Edson Fachin nesta sexta-feira (19).

Via Plantão Brasil.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
12:06

“Não te viram?”, perguntou o presidente Michel Temer ao executivo Joesley Batista, em áudio gravado pelo empresário, na noite de 7 de março, no Palácio do Jaburu.

Na conversa, Temer supostamente avaliza a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condenado a 15 anos e quatro meses de prisão na Lava Jato, e foi informado sobre uma mesada de R$ 50 mil ao procurador Ângelo Goulart Villela para vazar investigações. Foi ao final da reunião, de cerca de 40 minutos, que o presidente questionou o empresário sobre como ele foi Jaburu.

Inicialmente, Joesley disse ter marcado com Rodrigo para chegar junto com ele ao Alvorada. Temer orientou o empresário a procurar o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR) – que foi assessor do presidente até março de 2017 – para tratar de assuntos de seu interesse.

Loures voltou a exercer o mandato na Câmara, após Osmar Serraglio assumir o Ministério da Justiça – ele era suplente do atual chefe da pasta no Congresso.

O parlamentar é acusado de defender, em troca de propinas, os interesses da J&F no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As propinas chegavam a R$ 500 mil semanais por um período de 20 anos. O montante somado chega a R$ 480 milhões.

Quando explicou a Temer que foi sozinho ao Jaburu, o executivo da JBS declarou:

Joesley: Eu gostei desse jeito aqui.

Temer: Desse jeito?

Joesley: Eu venho dirigindo, nem venho com motorista, eu mesmo dirijo.

Temer: Ou você vem com o Rodrigo e o Rodrigo se identifica lá.

Joesley: Eu tinha combinado de vir com ele. Eu vim sozinho, mas aí eu liguei para ele era 10h30. Aí, deu 9h50 eu mandei mensagem pra ele. Ele não respondeu. Deu 10h05 e eu liguei para ele eu disse: cadê? Ele: puta, eu tô num compromisso. Vai lá. Eu passei a placa do carro. Fui chegando, eles abriram, nem dei meu nome.

Temer: Não te viram?

Joesley: Não, fui chegando, eles viram a placa do carro, abriram, eu entrei .

Temer: Melhor, então.

Joesley: Funcionou super bem.

No diálogo, Joesley disse ao peemedebista que estava pagando uma mesada a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas do ex-presidente da Câmara, também preso na Lava Jato, para que ambos ficassem em silêncio. “Tem que manter isso, viu?”, disse Temer.

Joesley falou ao presidente também sobre a compra do procurador da República Ângelo Goulart Villela, para quem ele confessa ter pago R$ 50 mil por mês para vazar investigações. Villela era integrante da equipe do vice-procurador geral Eleitoral, Nicolau Dino, e recentemente estava cedido à força-tarefa das Operações Greenfield, Cui Bono e Sépsis, que apuram crimes relacionados à JBS.

O procurador teria tido encontros com representantes do grupo frigorífico sem comunicar os colegas. Ele foi preso nesta quinta-feira, 18, pela Operação Patmos.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:58

 

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Michel Temer afirmou a ministros próximos a ele que, em sua interpretação, a situação de Aécio Neves é irreversível. Temer, acredite, acha que ele próprio conseguirá sobreviver.

Via Lauro jardim.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:49

Pelas alegações governamentais, entramos na era do pós-fato. Michel Temer, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e tv ontem (18), tentou inventar realidade paralela.

Apesar de ter sido gravado em conversa com réu confesso em sua residência oficial, falando sobre compra de silêncio de preso e obstrução da justiça, ele enfatizou que não estava falando sobre compra de silêncio de preso nem muito menos obstrução da justiça.

E mais: se apresentou como vítima de uma conspiração, provavelmente fazendo referência indireta ao Ministério Público e poder Judiciário. Será? Na verdade, a pergunta é supérflua do ponto de vista político. Ele jamais poderia se expor, como presidente, a tal situação, nem muito menos empreender o sintomático bate-papo.

Esperando para ver se cola, o PSDB ainda não entregou os seus ministérios. Ora, os tucanos são o último sustentáculo do governo pinguela.

O presidente não tem a menor condição de encaminhar reformas ou qualquer outra medida. É um cadáver político. Aposta no imponderável para permanecer. Aliás, ele também não tem outra alternativa, já que pode sair da presidência para a prisão.

Via  Daniel Menezes

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:42

d1da038a88As denúncias mais devastadoras do empresário Joesley Batista contra Michel Temer e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) não estão nas gravações de áudio já divulgadas, mas no conteúdo do chamado “Anexo 9” da delação do presidente do Grupo JBS, cujo principal alvo é o presidente.

Em seu depoimento a procuradores, gravado em vídeo, Joesley conta, por exemplo, que acertou com Lourdes o pagamento de propina de R$50 milhões para o presidente Temer, caso obtivesse uma liminar no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça, que retirasse da Petrobras a exclusividade no fornecimento de gás para uma termelétrica do grupo. Ele deixa claro que não tratou do assunto com Temer, mas com Loures, considerado da “estrita confiança” do presidente.

Os depoimentos de Joesley, obtidos pelo site Antagonista, estão resumidos em três páginas que compõem o Anexo 9, nos quais ele conta que conheceu Temer por meio de Wagner Rossi, na ocasião ministro da Agricultura do governo Dilma Rousseff. Rossi apresentou-se ao empresário como afilhado e que operava com Temer no porto de Santos.

Joesley contou que em 2010 atendeu a um primeiro pedido do então vice-presidente Michel Temer fazendo pagamentos no valor total R$3 milhões, sendo R$1 milhão por meio de doação oficial e R$2 milhões para pagamento dos serviços da agência de marketing político Pública, contra a apresentação das notas fiscais de números 149 e 155.

O presidente da JBS relatou aos procuradores da Lava Jato que em agosto e setembro de 2010, a pedido de Temer, concordou em pagar R$240 mil a outra empresa, Ilha Produções, por meio das notas fiscais de numeros 63, 64 e 65.

MENSALINHO DE R$ 100 mil

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Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:35

Por Reinaldo Azevedo

Os absurdos cometidos contra o presidente Michel Temer podem colaborar para que a Lava Jato volte aos eixos à medida que será preciso reconhecer erros grotescos de procedimento, que não podem se repetir. Do contrário, a operação estará, ela mesma, correndo riscos. Está claro, a esta altura, que a turma não tem limites.

Nota: o braço da Lava Jato que atinge o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu o sugestivo nome de “Operação Patmos”. É a ilha grega onde São João recebeu as revelações do Apocalipse. Se alguém ainda duvidava do caráter messiânico da turma…

É um absurdo que tantos advogados silenciem a respeito da barbaridade que se urdiu contra Temer. Aquilo nada tem de “ação controlada”, prevista no Artigo 9º da Lei 12.850. Retardar um flagrante em benefício da prova é diferente de preparar, de forma deliberada, as circunstâncias para o cometimento de um crime.

Precisamos, isto sim, é saber se não estamos diante daquilo que, nos EUA, é chamado de “entrapment”, que é uma cilada legal. Usa-se o aparato de estado para induzir um flagrante. Por lá, é um procedimento ilegal. Por aqui, também. Assim é em todo o mundo democrático. Só as ditaduras consagram tal meio.

Caso se investigasse a investigação, chegar-se-ia ao óbvio.

Segundo a versão da carochinha, espalhada por Joesley Batista com a ajuda do MP e da PF — e na qual a maior parte da imprensa cai por uma série de motivos, que merecerão post exclusivo —, o empresário decidiu ele próprio fazer a gravação. Não teria acertado isso nem com Ministério Público nem com Polícia Federal, que só teriam entrado em cena depois.

É mesmo?

Bem, então, de saída, registre-se que tal gravação não pode ser usada nem em juízo nem pelo juiz. Com base nela, no entanto, Edson Fachin, relator do petrolão no Supremo, decidiu abrir investigação contra o presidente. Gravações clandestinas são aceitas como prova em tribunal apenas quando resguardam um direito ou quando evidenciam que uma pessoa está sendo vítima de uma pressão ilegal. Exemplifico: uma gravação pode ser a prova de que um acusado é inocente ou de que alguém está sofrendo uma extorsão. Mas para produzir provas contra terceiros??? Sem autorização judicial prévia, nem pensar.

Segundo a versão que me parece valer uma nota de R$ 3, de posse da gravação, Joesley resolveu procurar o Ministério Público Federal… Ah, não me digam! Qual teria sido o diálogo inicial? “Eu gravei clandestinamente o presidente da República, e fica claro que ele incentiva a compra de silêncio de um preso. Quero fazer delação premiada; quero colaborar”.

Tenham a santa paciência!

“Entrapment”
Atenção! Para gravar legalmente o presidente da República, se isso fosse possível, a ordem judicial teria de partir do Supremo. Que se saiba, não aconteceu. Logo, a ação foi clandestina e ilegal.

E é preciso ser de uma ingenuidade estúpida para acreditar na versão de Joesley. Ora, como já escrevi aqui, repetiu-se o procedimento adotado com Sérgio Machado. Também este criou a versão de que teria feito gravações clandestinas por conta própria e só depois procurado a força-tarefa…

Nos dois casos, o que se tem é uma armadilha. Trata-se de flagrantes armados.

Se surgir uma evidência de que os contatos de Joesley com o MPF e com PF antecederam a gravação, estaremos diante da nulidade da operação. É simples assim. Mais: autoridades teriam participado de uma conspiração — esse é o nome — para gravar o presidente de forma ilegal.

Edson Fachin, no entanto, não quis nem saber. Já homologou a delação de Joesley, que está curtindo a vida em Nova York, e autorizou a abertura de inquérito contra Michel Temer. Não é fabuloso?

Diga-se de novo:

a. Se Joesley, o MP e a PF estiverem falando a verdade, a gravação é ilegal; b. se os três estiverem mentindo, como acho que estão, a operação é ilegal. E obviamente criminosa.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:24

De Ricardo Noblat:



Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:19

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Agripino, Temer e Aécio

O presidente Michel Temer conseguiu conter, ao menos no primeiro momento após virem à tona as delações da JBS, uma debandada da base aliada. Para ganhar tempo, os principais partidos condicionaram a saída do governo à uma avaliação do conteúdo do áudio gravado pelo empresário Joesley Batista.

O discurso adotado durante o dia de ontem foi de que era preciso conhecer a conversa na íntegra do áudio, divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à noite, para então tomar uma decisão.
Antes da divulgação da gravação, porém, diversos partidos emitiram notas reafirmando o apoio ao governo do peemedebista. Por enquanto, apenas o PPS e o Podemos (antigo PTN) anunciaram oficialmente o rompimento com o Palácio do Planalto.

Principal aliado do governo, o PSDB rachou e deu diversos sinais durante o dia de que iria desembarcar da base aliada de Temer. Deputados tucanos chegaram a protocolar um pedido de impeachment contra o peemedebista na Câmara. Dois dos quatro ministros do partido – Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades) – teriam até elaborado suas cartas de demissão.

A cúpula do partido, no entanto, atuou para que os ministros permanecessem nos cargos. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que assumiu a presidência do partido após o afastamento do senador Aécio Neves (MG), foi o articulador.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que a ideia é que os principais partidos da base decidam juntos se vão ou não deixar o governo. “Nós temos de agir com parcimônia e com responsabilidade, observando o interesse do país, sem descuidar das acusações e dos fatos, que são graves”, disse.

De acordo com ele, Temer demonstrou confiança no pronunciamento que fez na tarde de ontem. “O pronunciamento foi forte, ele estava muito convencido de que não vão pegá-lo.” Parte dos democratas afirmou ainda que a situação do partido é mais “delicada” pelo fato de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ser o primeiro na linha sucessória e terá de assumir a Presidência caso Temer seja afastado. Segundo eles, qualquer movimento, neste momento, poderia ser interpretado como oportunismo.

Continue lendo 

Via Renato Dantas.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:11

Após a delação de Joesley Batista, da JBS, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou o afastamento de Loures do mandato de deputado federal. (Foto: Reprodução/Globo News)

O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), indicado pelo presidente Michel Temer para resolver uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS, chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (19), segundo reportagem de ‘O Globo’.

Loures estava em Nova York, nos Estados Unidos, acompanhando o evento Person of The Year, no qual o prefeito de São Paulo João Doria foi premiado, e desembarcou no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, às 7h35, uma hora depois de o avião pousar, às 6h25.

No saguão do aeroporto, ele foi chamado de “ladrão”, “bandido” e algumas pessoas pediram “cadeia”. Ele não quis gravar entrevista, entrou em um táxi branco e não respondeu para qual cidade vai.

Via G 1 DF,

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
11:04

“Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do senhor Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos”, afirmou Barbosa. (Foto: Reprodução)

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa disse no Twitter na madrugada desta sexta-feira (19) que “não há outra saída” para a crise política gerada pela divulgação da delação da JBS, que atingiu o presidente Michel Temer (PMDB), o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Lula (PT).

Segundo Joaquim Barbosa, a presença do presidente na lista de Fachin já deveria ter causado o afastamento de Michel Temer do Planalto. Na ocasião, foi divulgado que um delator da Odebrecht afirmou que Temer participou de uma reunião que abençoou propina de 40 milhões de dólares.

“Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o senhor Michel Temer usou o palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário, seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia”, comentou.

“Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do senhor Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos”, afirmou Barbosa.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
10:58

Operação Gabarito investiga fraudes em concursos

Seis pessoas já se apresentaram à Polícia Civil para confessar que contrataram a quadrilha presa na Operação Gabarito e conseguiram ser aprovadas de forma ilícita em concursos públicos. De acordo com o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), as investigações já identificaram 70 clientes da organização criminosa.

À TV Correio, o delegado contou que as pessoas que procuraram a polícia espontaneamente não devem ser presas ao longo das investigações.

“Essas apresentações vão ser levadas em consideração pela Justiça, no sentido de que eles estão colaborando e talvez, dessa maneira, eles não precisem ficar presos temporariamente ou cautelarmente. Todos os envolvidos vão responder sim a processos criminais, mas se eles se apresentarem e colaborarem, isso vai atenuar a situação e fazer com que eles não sejam presos no decorrer do processo”, informou Lucas Sá.

Ainda de acordo com o delegado, todas as pessoas que compraram gabaritos de concursos vão perder seus cargos ou nem chegarão a ser nomeados, caso essa etapa ainda não tenha chegado.

“Eles vão ser alvos de processos nas esferas criminais, administrativas cíveis perante a Procuradoria do Estado para que devolvam os valores que obtiveram de maneira criminosa”, completou.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
10:45

Créditos: Reprodução / WEB

Saiba como será a programação da posse de Dom Manoel Delson como Arcebispo da Paraíba, que acontece neste sábado (20), na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa.

Na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa, vai ser realizada a Posse Canônica de Dom Delson como o 7º Arcebispo Metropolitano da Paraíba. A posse vai ser dada pelo Núncio Apostólico no Brasil (representante do Papa), Dom Giovanni d’Aniello. É nesta Celebração que Dom Delson deixa de ser o Arcebispo nomeado/eleito para ser, oficialmente, agora empossado, o Arcebispo Metropolitano da Paraíba.

Já às 16h30, um grande evento está sendo preparado pela Arquidiocese da Paraíba para que todo o Povo de Deus possa acolher ao novo Arcebispo. Será uma Missa de Acolhida no Ginásio de Esportes o Ronaldão, no bairro do Cristo, em João Pessoa. Católicos de todas as quase 100 (cem) Paróquias da Arquidiocese da Paraíba vão estar presentes, além de participantes de Associações, Movimentos, Pastorais e Serviços da Arquidiocese da Paraíba. Forme o seu grupo, chame os amigos e parentes, e vá dar as boas-vindas ao novo Arcebispo da Paraíba.

Nesta sexta-feira (19), dia que antecede a posse, Dom Delson participa do evento de acolhida na Praça Dom Adauto, no Centro de João Pessoa.

Publicado por: Chico Gregorio


19/05/2017
10:40

O presidente quer dar explicações sobre os últimos acontecimentos que abalaram seu governo, apresentar sua versão para o fatos e se defender

Créditos: Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente Michel Temer recebe, às 9h30 desta sexta-feira, 19, no Palácio da Alvorada, solidariedade dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, ao lado do ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Temer convidou os comandantes para um café da manhã, quando pretende lhes dar explicações sobre os últimos acontecimentos que abalaram seu governo, apresentar sua versão para o fatos e se defender.

O peemedebista está sendo pressionado a renunciar por causa das denúncias apresentadas em delação premiada do empresário Joesley Batista, da JBS, de que teria sugerido que o presidente avalizou a sua inicia de comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.

O gesto dos comandantes militares tem um importante componente político já que significará uma espécie de endosso das Forças Armadas a Temer, que é alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), está sob julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e na mira de oito pedidos de impeachment no Congresso.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, que estava a caminho do Timor Leste e retornou ao Brasil diante do agravamento da crise, desembarcará agora na manhã desta sexta na capital federal e também irá ao café da manhã.

Na quinta-feira, 18, os comandantes militares assistiram ao pronunciamento de Temer, negando que tenha tentado comprar o silêncio de Cunha e pedindo pressa nas investigações pelo STF, ao lado de Raul Jungmann, no gabinete do titular do Ministério da Defesa.

Na ocasião, a avaliação feita foi de que a fala de Temer foi “firme”, “contundente”, “convincente” e “curta, como deveria ser”.

As avaliações davam conta, ainda, de que, a partir de então, o momento era de esperar como o meio político reagiria, embora o entendimento inicial fosse de que não haveria debandada e os ministros se manteriam ao lado de Temer, pelo menos por enquanto.

O próprio Jungmann, cujo partido PPS pregava o afastamento do governo, na reunião, comunicou aos comandantes que permaneceria no cargo.

Em seguida, o ministro seguiu para o Planalto para confirmar sua decisão a Temer. Os militares acreditam ainda que as novas apurações e divulgações, assim como a reação do Congresso e das ruas a tudo isso é que definirão o que acontecerá no País.

Caserna

Pouco mais tarde, coube ao comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas se pronunciar pelas redes sociais, defendendo o cumprimento de todas as regras constitucionais.

O comandante do Exército disse que “a Constituição Federal Brasileira há de ser sempre solução a todos os desafios institucionais do país. Não há atalhos fora dela!”.

A afirmação do general reflete o sentimento dos outros dois comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, que acabou fazendo o papel de uma espécie de porta-voz das Forças Armadas.

Os comandantes estão alinhados com o ministro da Defesa e entendem que a sua permanência no cargo contribui para a estabilidade no País.

Ressaltam, no entanto, que qualquer solução no País tem de vir seguindo todas as regras constitucionais escritas, como têm acontecido até agora.

Os militares estão tranquilos e acompanhando todo o desenrolar dos acontecimentos à distância. Esta solidariedade, no entanto, poderá ser alvo de críticas de diversos segmentos da sociedade e até mesmo da reserva das Forças Armadas.

Temer têm um excelente relacionamento com os comandantes militares. A aproximação entre eles se deu quando a ex-presidente Dilma Rousseff delegou a missão ao então vice-presidente de coordenar o Plano Estratégico de Fronteiras, que integra Forças Armadas e polícias no combate ao tráfico e contrabando vindo de países vizinhos.

Na ocasião, Dilma, que enfrentava uma de suas crises com o seu principal aliado, o PMDB, quis dar mais poder ao vice, que havia se sentido desprestigiado após atritos com o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, que havia acabado de deixar o cargo.

O desentendimento teria ocorrido antes da votação do Código Florestal, quando Palocci teria ameaçado tirar ministérios do PMDB caso seus parlamentares não obedecessem seguissem o entendimento do governo na votação da proposta. (Tânia Monteiro)

Portal Exame

Publicado por: Chico Gregorio