02/06/2017
10:49

Desde que assumiu a Prefeitura de Ipueira em janeiro deste ano, o prefeito José Morgânio Paiva, o galego Paiva,  vai registrar a sua primeira mudança no secretariado. O secretário de Educação, Cassiano Quinino, vai permanecer no cargo até o final de junho. A saída de Cassiano já foi comunicada oficialmente ao gestor do município.
A atual diretora da Escola Municipal Francisco Quinino, Dione Lima, vai assumir o cargo. Já a nova direção da escola não foi definida.
Em conversa com o blog, o secretário Cassiano Quinino deixou claro que tomou a decisão para se dedicar a projetos pessoais, já que recentemente foi aprovado em seleção para professor de Sociologia e está aguardando a convocação. Ele ainda lembrou que está concluindo o curso de Direito na UFRN e terá que se dedicar à fase final e prova da OAB. “Tomei essa decisão por não ter condições de conciliar a função de secretário com os meus estudos, mas irei ajudar no que for possível na gestão de Dione Lima, profissional altamente capacitada”, ressaltou Cassiano.
Questionado se irá continuar apoiando a atual gestão, Cassiano disse que dará o apoio necessário. “Continuo acreditando no êxito da gestão e estou disposto a ajudar, porém sem nenhum vínculo com o município”, enfatizou. Ele ainda agradeceu o apoio de toda a equipe da Educação e informou que até junho segue a sua rotina à frente da Secretaria de Educação.
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e óculos de sol
Via Anchieta França

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
10:40

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu na noite dessa quinta-feira, 1, às acusações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, contra ele e a ex-presidente Dilma Rousseff.

Ao citar informações delatadas pelo empresário, de que a empresa teria criado uma conta bancária para abastecer as campanhas petistas à Presidência, Lula chamou Batista de “canalha” e ironizou a denúncia.

“Não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal”, disse Lula, sem se referir diretamente às acusações na Justiça.

“Eu provei minha inocência e vou exigir que eles provem minha culpa. Vai chegar o dia em que estaremos assistindo TV e vão pedir desculpas ao PT por tudo. Um canalha de um empresário disse que fez uma conta para mim e outra para Dilma, mas a conta está no nome dele e é ele quem mexia na conta”, disse o petista, que arrancou gargalhadas dos filiados durante o 6º Congresso Nacional do partido, realizado em Brasília.

O ex-presidente defendeu que a sigla necessita “radicalizar” politicamente e falar “para fora de casa”, para mulheres, negros quilombolas e indígenas.

“Eles estão destruindo tudo que conquistamos, eles querem a volta do trabalho escravo no nosso País. O PT tem que radicalizar em defesa da liberdade”, disse.

Ao falar sobre a necessidade do PT de tocar os “corações” de milhões de brasileiros, Lula citou como exemplo os protestos de junho de 2013.

O ex-presidente admitiu que ele e o partido não entenderam, até agora, as manifestações que tomaram conta do País há quatro anos. “Tentamos achar a resposta mais fácil”, disse, ao citar políticas de incentivo ao consumo para as classes mais baixas.

O petista aproveito para cutucar o rival Aécio Neves, senador do PSDB afastado das funções por denúncias de corrupção. “Aécio plantou vento e colheu tempestade.”

Exame, com Estadão

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
10:25

Michel Temer e Torquato Jardim na cerimônia de posse do último como mionistro da Justiça
Fátima Meira/Futura Press

(Reuters) – O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse em entrevista à TV Globo nesta quarta-feira que a origem dos recursos doados à campanhas eleitorais não são relevantes, desde que a doação tenha sido declarada à Justiça Eleitoral.

A declaração de Torquato, que tomou posse no cargo nesta quarta, vem em um momento em que procuradores que atuam na força-tarefa da Lava Jato afirmam que doações eleitorais legais foram feitas com dinheiro de propina paga por empresas.

“Eu não discuto essa questão da origem, se a origem é caixa 1 ou é caixa 10. Eu quero saber se entrou contabilizado no comitê do candidato, no comitê partidário de campanhas, se entrou conforme a lei”, disse o ministro à emissora.

Executivos ligados a empresas que firmaram acordos de delação premiada com a Lava Jato –entre elas Odebrecht e J&F, holding que controla o frigorífico JBS– disseram em depoimentos que propinas pagas em troca de benefícios obtidos pelas empresas foram pagas na forma de doações eleitorais legais.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
10:24

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As horas trabalhadas na indústria caíram 1,3% em abril na comparação com março, na série livre de influências sazonais. Além disso, o setor teve queda de 0,5 ponto percentual na utilização da capacidade instalada e operou, em média, com 76,7% da capacidade instalada em abril. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 1º de junho.

O faturamento industrial reduziu 3,1% em abril, descontados os efeitos sazonais. Segundo o levantamento, a queda (…) leva o índice para o menor valor do ano na série dessazonalizada. Já o emprego caiu 0,6% e a massa salarial reduziu 0,4% em abril, também na série livre de influências sazonais.

(…) Indicadores quadrimestrais – Todos os indicadores do primeiro quadrimestre registraram queda na comparação com o mesmo período de 2016. O faturamento ficou 7,8% menor e as horas trabalhadas 4% abaixo do registrado no primeiro quadrimestre de 2016. Já a utilização média da capacidade instalada foi 0,7 ponto percentual menor nos primeiros quatro meses deste ano do que em igual período de 2016.

O emprego teve queda de 4,3% na comparação. Já massa salarial real acumulada no primeiro quadrimestre de 2017 é 4,8% inferior e o rendimento médio está 0,5% abaixo à registrada nos primeiros quatro meses de 2016.

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
10:12

 

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Da Coluna Painel

O Planalto acredita que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, deve atender ao novo pedido de prisão do ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma mala de dinheiro da JBS.

A avaliação é feita com evidente irritação. O governo diz que Fachin tem sido “agressivo” e o acusa de “jogo casado” com a PGR.

Auxiliares do presidente tentam minimizar o potencial de estrago que uma possível decretação de prisão de Rocha Loures pode ter sobre a já conflagrada base no Congresso. Dizem que Janot e Fachin estão seguindo roteiro “já previsto”.

Temer diz que não tem medo da delação..

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
10:10

A absolvição de Cláudia Cruz pelo juiz Sérgio Moro ainda intriga muita gente em todo o país. A desconfiança na fragilidade da sentença levou até o Ministério Público Federal a recorrer da decisão. O que teria de fato levado Moro a inocentar a esposa de Eduardo Cunha mesmo diante de tantas evidências de crimes cometidos por ela?

No concorrido site GGN, comandado pelo experiente jornalista Luis Nassif, há uma versão bastante esclarecedora para o fato. Em matéria de 26 de maio próximo, o portal sugere que Moro deu a dica aos advogados de Cláudia Cruz que ajudaram em sua (dela) defesa. Como assim? Moro é juiz ou professor de cursinho para ficar dando dica a advogados de defesa?

Leia:

“A questão do dolo, ou seja, a eventual parcela de culpa de Cláudia Cruz decorrente de conhecimento dos crimes de Eduardo Cunha, havia sido antecipada por Sergio Moro como a mais ‘relevante’ para seu julgamento. Era o caminho das pedras para a absolvição.” (Grifo nosso).

“O GGN mostrou, em outubro de 2016, que o juiz deu a diretriz à defesa de Cláudia no mesmo despacho em que devolveu o passaporte da jornalista e aceitou a audiência de testemunhas no exterior.”(Grifo nosso).

“Essas testemunhas foram admitidas ‘a bem da ampla defesa’, disse Moro, à época, mas eram dispensáveis ao processo. ‘(…) A questão relevante é saber se, caso os ativos tenham origem criminosa, tinha a acusada ciência disto’, apontou o magistrado.”

A defesa seguiu a dica à risca, levando ao juiz testemunhas que disseram que Cláudia era apenas uma dona de casa e que quem cuidava das finanças da família era Cunha. Em seu depoimento, a jornalista reforçou esse enredo, sem perguntas do Ministério Público nem de de Moro.” (Grifos nossos).

Na mesma matéria, o GGN  afirma também sobre a questão da “insuficiência da provas” para condenar Cláudia Cruz:

“A contradição na sentença está no fato de que, embora tenha dado o benefício da dúvida quanto à origem dos recursos depositados na conta Kopek para absolver Cláudia, na sequência, Moro determinou o confisco de 176 mil francos suíços que restaram na conta, alegando que são ilícitos.”

Tire você mesmo suas próprias conclusões.
Via Mais visto

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
09:59

temerlouresavi

Uma nota da repórter da Globonews, Andrea Sadi, no G1, pode acelerar a decisão do ministro Luiz Edson Fachinsobre o pedido de prisão do ex-assessor de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, flagrado carregando uma mala com R$ 500 mil da JBS. Ela diz que “para driblar monitoramento da Polícia Federal, auxiliares de Temer têm usado o Skype para falar com Rocha Loures”.

Ora, se a notícia é verdadeira, a menos que os tais “auxiliares de Temer” sejam patetas ao ponto de contarem como é a “comunicação secreta” do o “homem da mala”, a informação só pode ter partido da Polícia Federal ou de Procuradoria Geral da República.

E, neste caso, será usada para mostrar que há combinações – ou tentativas de – para obstruir o curso das investigações.

Se é que Loures não aprendeu a lição de Joesley Batista e gravou a conversa como o “temerista” no Skype.

Via Fernando Brito

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
09:47

Resultado de imagem para fotos do prefeito carlos eduardo alves com henrique alves

 Mal avaliado. O presidente da Câmara Municipal, Raniere Barbosa (PDT), aproveitou a divulgação da pesquisa Seta/Blog do BG – que mostrou que a gestão do prefeito Carlos Eduardo é “ruim” ou “péssima” para quase 40% dos natalenses – para dar a sua opinião. Para o vereador, este é o “pior governo” dos quatro de Carlos Eduardo.

Via coluna do Agora

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
09:42

Resultado de imagem para fotos de nelter queiroz com henrique alves

>> Clima pesado. A relação do deputado estadual Nélter Queiroz com o seu partido, o PMDB, não vai nada bem. Sem falar com o presidente estadual, Henrique Alves, Nélter diz que não guarda gratidão pela legenda.

“Sou eleito pelas minhas lideranças e pelo meu trabalho. O PMDB não me dá nenhum voto”, disparou.

Via coluna do agora.

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
09:32

Tales Faria, no Poder 360, diz que Michel Temer assegurou, na segunda-feira, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao senador Tasso Jereissati que tem quatro votos a três no Tribunal Superior Eleitoral para não ser cassado.

A nota não diz se o plano é a separação da chapa ou a retirada do processo das acusações que não fizeram parte da petição inicial dos tucanos.

Pode ser que tenha, mas o terreno é movediço até o dia 6.

Hoje, o ministro Luiz Edson Fachin relaxou a prisão temporária de Roberta Funaro, irmã do doleiro Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha e pródigo repositório dos segredos dos “rachunchos” peemedebistas.

O comentário geral é o de que a decisão pode ser uma “antecipação de benefícios” para que Funaro faça sua delação premiada. Recorde-se que é ele quem teria levado pacotes com dinheiro a José Yunes, amigo, ex-assessor palaciano e dado a missões em que parece ter sido sucedido por Rodrigo Rocha Loures, desde hoje cedo sem mandato e, portanto, “prendível”.

Via Plantão Brasil

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
08:36

O prefeito de jucurutu, Valdir Medeiros, que era motorista da ambulância antes de ser prefeita da cidade, colocou a mão na massa de verdade, em uma operação serviço de recuperação asfáltica pelas ruas da cidade.

Valdir junto com seu vice-prefeito que é gari, tem se caracterizado por fazer uma administração popular, diferente das gestões anteriores que prefeitos faziam parte da elite dominante do município.

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
08:17

Aécio Neves participou das discussões para a montagem do Conselho de Ética do Senado, que vai julgar um pedido do PSOL e Rede pela cassação de seu mandato. É o que informa o Estadão desta quinta (1).
Segundo o jornal, “tucanos foram escolhidos a dedo para ajudar a barrar o requerimento. Assim como fizeram outros partidos com quem tem interlocução.” O Estadão ainda informou que senadores investigados na Lava Jato “já falam em arrependimento por respaldarem a prisão de Delcídio do Amaral. Avaliam que isso deixou o STF à vontade para tentar de novo, mas que a dose não vai se repetir com Aécio.”
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Aécio virou alvo de pedido de cassação após a delação da JBS revelar que ele solicitou R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. O dinheiro foi entregue em quatro malas de R$ 500 mil ao primo de Aécio, Frederico Pacheco, que está preso. Parte do dinheiro passou por empresas da família Perrella, suspeita de lavagem. A Polícia Federal também acredita que um assessor de Zezé Perrella acionou um doleiro condenado por tráfico internacional de diamantes para ajudar a dar aparência de licitude aos recursos.

O pedido de cassação de Aécio ainda não começou a ser apreciado porque o Conselho de Ética do Senado não havia sido indicado. Na noite de quarta (31), foram anunciados alguns membros, mas o presidente e vice-presidente do Conselho ainda serão eleitos. A expectativa é de que João Alberto Souza (PMDB-MA), um aliado de José Sarney e Renan Calheiros, seja reconduzido ao comando do colegiado.

Titulares

Airton Sandoval (PMDB-SP)

João Alberto (PMDB-MA)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Eduardo Amorim (PSDB-SE)

José Pimentel (PT-CE)

Acir Gurgacz (PDT-RO)

João Capiberibe (PSB-AP)

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

Wellington Fagundes (PR-MT)

Pedro Chaves (PSC-MS)

Suplentes

Jader Barbalho (PMDB-PA)

Eduardo Braga (PMDB-AM)

Hélio José (PMDB-DF)

Ataídes Oliveir (PSDB-TO)

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Regina Sousa (PT-PI)

Fátima Bezerra (PT-RN)

Telmário Mota (PTB-RR)

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
07:54

Julgamento será retomado na próxima terça-feira (6)

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff quer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desconsidere os depoimentos do empresário Marcelo Odebrecht e do casal de publicitários Mônica Moura e João Santana no julgamento da chapa Dilma-Temer, que será retomado na próxima terça-feira (6). Em entrevista coletiva realizada em São Paulo na manhã desta quinta (1º), o advogado Flávio Caetano, que representa Dilma, afirmou que os três delatores devem ser investigados por crime de falso testemunho e que seus benefícios do acordo de delação premiada devem ser revistos.

“Nós vamos renovar o pedido que já fizemos por escrito. Marcelo Odebrecht, João Santana e Mônica Moura fizeram afirmações falsas na Justiça Eleitoral e, por isso, devem ser investigados pelo crime de falso testemunho. Também deve ser investigado se devem ou não ser mantidos os benefícios de acordo de delação premiada dos três”, afirmou Flávio Caetano.

Segundo a defesa, as delações de Odebrecht, de Mônica Moura e de João Santana representam “extrapolação do objeto”, pois são fatos que extrapolam os trazidos na petição inicial, considerados, então, “nulos e inválidos” para o processo. “Tudo aquilo que é da fase Odebrecht adiante [pós-março de 2017] deve ser anulado.”

“Marcelo Odebrecht disse na Justiça Eleitoral que Guido Mantega teria pedido uma propina de R$ 50 milhões em 2009, que não foi usado em 2010, mas que foi usado na campanha de 2014. Isso é o que ele diz para a Justiça Eleitoral, e o que ele disse antes, na PGR, é que não, que esse dinheiro foi inteiramente gasto antes de 2014. (…) Isso é falso testemunho”, afirmou Caetano.

Ele disse que o mesmo acontece em relação aos depoimentos de João Santana e Mônica Moura. “Pra sustentar que houve caixa 2, João Santana disse que havia atrasos, e como os atrasos não eram os atrasos do pagamento oficial, que só poderia ser de caixa 2. Ele disse que não usa a expressão ‘caixa 2’, mas que é caixa 2, todo mundo sabe. Nós demonstramos pelo site do TSE que todos os pagamentos foram feitos com atraso, e que o segundo turno foi feito com muito atraso. Portanto, houve, sim, atraso do pagamento oficial. Por essa razão que ele [Santana] reclamava, que a sua esposa, Mônica Moura, reclamava, porque a campanha não cumpriu rigorosamente com sua obrigação de cumprir o prazo em dia.”

Segundo Caetano, Santana e Moura foram os marqueteiros mais bem pagos, com um total de R$ 170 milhões, o que representava 20% do gasto na campanha presidencial de 2014. “Não havia razão nenhuma para receber mais dinheiro”, afirmou, sobre as alegações do casal de recebimento de dinheiro ilícito.

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
07:45

O Globo

O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, que já foi do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diz que a ação contra o presidente Michel Temer pode cair ainda na fase inicial. E afirma que a investigação criminal no Supremo Tribunal Federal é um problema político, mas não jurídico.

O senhor disse na posse que o presidente não fez um convite, mas deu uma missão. Há uma missão específica?

Não. Primeira tarefa é conhecer a extensão do ministério, que é um monstro. Você tem desde questão indígena até lista de tribunais superiores, secretarias antidrogas, do consumidor. Ele (o presidente) me recomendou que permanecesse o general (Carlos Alberto) Santos Cruz (atual secretário nacional de Segurança Pública). Foi a única recomendação de permanência que ele fez. Tenho sido muito perguntado sobre a Polícia Federal. E repito, já virou mantra: haverá uma avaliação dos meios operacionais, as demandas de orçamento. Tenho que ouvir o próprio delegado (Leandro) Daiello, que é muito experiente, que percepção ele tem da capacidade operacional do que está sendo investigado.

O sr. diria que a permanência do diretor-geral da PF é indispensável para não prejudicar a Lava-Jato?

Indispensável ninguém é em lugar nenhum do mundo. Então eu volto: tenho que conhecer os meios operacionais da Polícia Federal. O que conheço é da minha de vida de advogado que em uma única vez teve que tratar de processo criminal que implicava a Polícia Federal. Além do mais, o Brasil não é só Lava-Jato, há várias outras operações, eu tenho que conhecer qual a prioridade dessas várias outras operações dentro da capacidade operacional da Polícia Federal, do orçamento pertinente. É isso que vou estudar. Ouvindo o Daiello, que é o líder do grupo, é o diretor-geral.

 

Publicado por: Chico Gregorio


02/06/2017
07:43

JOSIAS DE SOUZA

Às vésperas do julgamento sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, ministros do Tribunal Superior Eleitoral passaram a cogitar a hipótese de excluir do processo todas as informações relacionadas às doações ilegais da Odebrecht. A manobra jogaria no lixo investigação realizada pela corregedoria do tribunal, enfraquecendo a acusação. Em consequência, os magistrados que resistem à ideia de interromper o mandato de Temer ganhariam um pretexto adicional para poupar o presidente do castigo mais draconiano.

A desidratação do processo interessa tanto a Temer, sujeito à cassação, quanto a Dilma, que corre o risco de se tornar inelegível. As defesas de ambos sustentam que, ao incluir nos autos depoimentos de Marcelo Odebrecht e do casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura, o TSE teria cometido um pecado chamado tecnicamente de “extrapolação do objeto”. Quer dizer: o tribunal teria injetado no processo acusações que não constavam das ações originais, movidas pelo PSDB de Aécio Neves, candidato derrotado na disputa presidencial de 2014.

O que surpreende no caso não é o interesse dos advogados, mas a existência de ministros que se revelam nos subterrêneos propensos a engolir a tese. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (6). E a novidade do expurgo da Odebrecht será apresentada como uma questão “preliminar”, que os sete ministros do TSE terão de decidir antes da leitura do voto do relator, ministro Herman Benjamin.

Significa dizer que, se a maioria dos ministros votar a favor da lipoaspiração, Benjamin será obrigado a excluir do seu voto a parte mais comprometedora —justamente os trechos que incluem as revelações do herdeiro da Odebrecht e dos marqueteiros das campanhas petistas sobre o dinheiro roubado da Petrobras que irrigou a contabilidade da campanha de Dilma e Temer. Tudo isso seria anulado, livrando os magistrados pró-Temer do inconveniente de se posicionar sobre o mérito das acusações.

Para levar a manobra às últimas consequências, o TSE terá de fazer algo muito parecido com um cavalo de pau jurídico. Em fevereiro de 2015, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, então corregedora do TSE e relatora do processo votou a favor do arquivamento de uma das ações do PSDB. Alegou que as acusações contra a chapa Dilma-Temer eram frágeis e que a coligação liderada pelo tucano Aécio Neves havia adicionado novos elementos fora do prazo legal.

O PSDB recorreu. A ministra manteve sua posição. Mas Gilmar Mendes, hoje presidente do TSE, pediu vista do processo. E apresentou um voto divergente, favorável ao aprofundamento das investigações. Nessa época, Dilma era presidente e Temer ainda não se apresentara como pretendente ao trono. Houve um segundo pedido de vista, feito pelo ministro Luiz Fux. Ele ecoou Gilmar. E a continuidade do processo prevaleceu no plenário do TSE por um placar de 5 a 2.

O tempo passou. O TSE decidiu reunir num único processo as quatro ações movidas pelo PSDB contra a chapa vencedora. São duas AIMEs (Ações de Impugnação de Mandato Eleitoral), uma representação e uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral). A ministra Maria Thereza deixou o TSE. Seu substituto, Herman Benjamin, herdou a relatoria dos precessos. Levou a sério o vocábulo “investigação”, contidido na letra ‘I’ da sigla AIJE. Servindo-se de dados enviados de Curitiba por Sergio Moro, juiz da Lava Jato, Benjamin farejou na oitiva dos delatores da Odebrecht uma oportunidade para adensar as acusações.

O relator deveria ter apresentado seu voto em abril. Porém, na sessão que marcou o início do julgamento, o TSE decidiu por 6 votos a 1 reabrir a fase de instrução do processo para colher os depoimentos de João Santana e Monica Moura, beneficiários de repasses ilegais da Odebrecht. A dupla acabara de fechar um acordo de colaboração judicial com a força-tarefa da Lava Jato. Pela segunda vez, a maioria do tribunal posicionou-se a favor da inclusão de depoimentos de delatores do petrolão no processo. De repente, o mesmo TSE flerta com a ideia de jogar no lixo o que antes era considerado prova.

Publicado por: Chico Gregorio