16/05/2020
07:40

Após tentar organizar show da banda grafith em frente ao Walfredo Gurgel no dia do trabalho em plena pandemia, o que foi impedido pela polícia militar; e entrar na justiça contra hospital de campanha em Natal, Sinmed/RN emite nota defendendo protocolo sem comprovação científica e afirmando posição contra lockdown. O sindicato dos médicos do RN …

Publicado por: Chico Gregorio


16/05/2020
07:30

Imagem: reprodução

Um dos codinomes usados pelo presidente Jair Bolsonaro ao fazer exames para o novo coronavírus pertence ao filho da oficial médica das Forças Armadas que coletou as amostras do presidente, no dia 17 de março. A informação foi revelada pelo jornal Correio Braziliense.

De acordo com o Ministério da Defesa, a tenente-coronel da Aeronáutica Maria Amélia Alves da Costa Ferraz é servidora do Hospital da Força Aérea Brasileira, mas está cedida para o HFA (Hospital das Forças Armadas), onde o presidente Jair Bolsonaro realizou um dos exames. Segundo ministério, servidora do Hospital da Força Aérea Brasileira adotou nome que ‘lhe ocorreu naquele momento’.

A pasta acrescenta que a tenente-coronel coordenava naquele dia a coleta de amostras do presidente e de seus auxiliares, além do envio ao laboratório credenciado.

Ao colher a amostra do presidente, a militar registrou números de RG e CPF que pertencem realmente a Bolsonaro, mas usou um codinome para não identificá-lo. A militar então usou o nome de seu próprio filho, o adolescente Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, de 16 anos. Foi o nome que “lhe ocorreu naquele momento”, segundo o ministério.

A pasta afirmou que a decisão de atribuir um codinome foi tomada em consonância com a equipe médica da Presidência, para garantir a confidencialidade dos exames de Jair Bolsonaro.

“Cabe destacar, ainda, que, de acordo com a própria Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial, o uso de pseudônimos em exames de saúde de pessoas públicas, visando proteger a privacidade, é comum e não representa irregularidade”, informou a pasta, por meio de nota.

A Folha tentou contato por telefone com a tenente-coronel Maria Amélia e também com o pai do adolescente. Nenhum dos dois atendeu a reportagem.

Bolsonaro apresentou nesta semana três exames para o novo coronavírus ao Supremo Tribunal Federal, com resultados negativos para a Covid-19.

O presidente usou os codinomes Airton Guedes, Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz e Paciente 05. Em um dos exames, não aparecem os números de documentos de Bolsonaro.

FolhaPress

Publicado por: Chico Gregorio


16/05/2020
07:28

 

Solteiros sentindo falta de intimidade devem escolher um “amigo sexual” ou “amigo de abraço”, recomendou nesta sexta (15) em seu site o Instituto Nacional de Saúde Pública da Holanda (RIVM).

O governo, porém, ressalva que a proximidade física deve ser “sempre com a mesma pessoa”.

Na Holanda, que chama suas medidas de restrição de “lockdown inteligente”, desde 23 de março era permitido receber até três visitas que morassem em casas diferentes, mas sob a condição de manter distância de 1,5 metro.

O instituto, porém, incluiu orientações para os solteiros depois de críticas contra o título “A regra de 1,5 metro permite que você faça sexo apenas com seu parceiro regular”, em sua página de informações de saúde.

No novo texto, o RIVM diz que “faz sentido que, como solteiro, você também queira ter contato físico“, mas sugere que todos negociem regras com seu “amigo sexual” para evitar maiores riscos.

Não deve haver proximidade se um dos dois tiver sintomas de gripe, e o ideal é que eles se encontrem o menos possível com outras pessoas. “Faça bons acordos e limite o risco de coronavírus. Quanto mais pessoas você vê, maior a chance de contágio.”

No texto anterior, que já permitia o sexo para parceiros regulares, o instituto acrescentava: “Afinal, você já está muito perto e é praticamente impossível evitar um ao outro fisicamente”. Mas ressalvava que a prática só deveria acontecer se houvesse o desejo mútuo.

Se um dos parceiros tiver suspeita de infecção, o instituto de saúde recomenda a masturbação ou o sexo a distância: “Pense em contar histórias eróticas, se masturbar juntos”.

“É extremamente importante que você mantenha o risco de [infecção por] coronavírus o mais baixo possível durante a intimidade e o sexo. Discutam juntos a melhor forma de fazer isso”, completa a orientação do instituto.

Na Bélgica, o governo também sugeriu parcerias fixas para evitar a transmissão da doença, mas apenas para grupos de amigos e com distanciamento físico.

Cada morador pode escolher até quatro pessoas para sua “bolha social”, que deve permanecer sempre a mesma.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


16/05/2020
07:27

Pesquisa DataPoder360 indica que a aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro se manteve estável desde o último levantamento, há duas semanas. 30% dos brasileiros avaliam o governo como ótimo ou bom, enquanto 39% classificam a administração federal como ruim ou péssima. Outros 27% afirmaram que o trabalho do presidente é regular e 4% não souberam responder.

Tanto a avaliação positiva quanto a negativa oscilaram 1 ponto percentual desde o último levantamento, realizado de 27 a 29 de abril. Ou seja, foi uma variação dentro da margem de erro do estudo.

O infográfico abaixo mostra que o chefe do Executivo perdeu apoio com a escalada da pandemia no último mês e os impactos na economia, mas mantém cerca de ⅓ do eleitorado ao seu lado.

Desde o início do mandato, em janeiro de 2019, as pesquisas indicam que o Brasil está dividido em 3 grandes grupos: 1 a favor do governo, 1 contra o governo e 1 que se movimenta de 1 lado para o outro de acordo com o momento.

Esta rodada do DataPoder360 capta uma movimentação na percepção da classe média a respeito de Bolsonaro.

O estrato da população que recebe de 2 a 5 salários mínimos (de R$ 2.090 a R$ 5.225) começa a se desprender do governo. Agora, 59% nesse grupo demográfico consideram Bolsonaro ruim ou péssimo. O percentual representa 1 aumento de 15 pontos percentuais desde o último levantamento, há 15 dias.

Diferentemente dos mais ricos (que têm os meios para enfrentar a pandemia) e dos mais pobres (que recebem o auxílio emergencial mensal de R$ 600), a classe média é a que fica mais desamparada: sem nenhum tipo de ajuda e vendo os empregos desaparecerem. A taxa de desocupação entre jovens de 18 a 24 anos já chega a 27%.

A pesquisa foi realizada de 11 a 13 de maio pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Leia o relatório completo dos resultados no Brasil (2 MB).

Também como observado nos últimos levantamentos, os mais ricos (mais de 10 salários mínimos) e os mais escolarizados (com ensino superior) são os que mais rejeitam Bolsonaro: 48% e 50%, respectivamente, consideram o trabalho do presidente ruim ou péssimo.

Já os sulistas são os que mais aprovam o governo: 52% dos entrevistados da região acham a administração boa ou ótima. O número é 22 pontos percentuais a mais do que a média nacional.

PODER 360

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
08:32

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa potiguar, um advogado e outras três pessoas pelo crime de peculato. O esquema fraudulento que eles esquematizaram desviou pelo menos R$ 1.144.529,45 entre os meses fevereiro de 2006 e março de 2016 da Casa Legislativa. Duas outras pessoas…

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
08:24

Reprodução/Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (14) que o país chegou a 202.918 casos confirmados e 13.993 mortes pelo novo coronavírus. Na quarta (13), eram 13.149 óbitos e 188.974 casos confirmados.Em 24 horas, foram anunciadas mais 844 mortes, de acordo com a pasta. Foram 13.944 casos incluídos no balanço em um dia. A taxa de letalidade está em 6,9%.

Agora RN

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
08:08

Fabricante do antiviral remdesivir, que apresentou resultados moderadamente positivos no tratamento contra a Covid-19, o laboratório americano Gilead abriu mão da patente sobre o medicamento para facilitar seu acesso em 127 países. O Brasil, porém, foi excluído da lista.

Em comunicado divulgado na terça-feira (12), a empresa disse que assinou acordos de licenciamento voluntário com cinco companhias farmacêuticas especializadas na produção de genéricos, todas com sede na Índia ou no Paquistão.

“Pelo acordo de licenciamento, as empresas têm direito de receber transferência de tecnologia do processo de manufatura do remdesivir para que a produção possa escalar mais rapidamente”, afirmou a Gilead no comunicado.

O efeito esperado da decisão de abrir mão da patente é acesso mais fácil e barato ao medicamento nos locais contemplados.

As empresas que assinaram o acordo com o laboratório são Cipla, Ferozsons, Hetero, Jubilant e Mylan. Elas poderão fixar o preço do produto genérico para venda nos países em que atuarem, a maioria nações pobres de América Latina, Ásia e África.

A lista também inclui alguns países de renda média, potências regionais e Estados emergentes, como África do Sul, Egito, Nigéria, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia e Ucrânia.

Países ricos ficaram de fora. Na América do Sul, apenas Guiana e Suriname foram incluídos.

O laboratório afirmou à Folha que a decisão sobre os países contemplados pelo licenciamento voluntário foi baseada na lista do Banco Mundial que define países de baixa e média renda, “com a inclusão de algumas exceções”.

Não houve explicação específica da razão pela qual o Brasil ficou de fora.

O acordo vale enquanto a Organização Mundial da Saúde mantiver a classificação da crise do coronavírus como pandemia, ou até que surja uma vacina ou remédio mais eficaz para a doença.

Concebido inicialmente para casos de ebola, o remdesivir apresentou alguns resultados positivos no tratamento à Covid-19, reduzindo os prazos de internação de doentes em média em quatro dias.

Em 1º de maio, a FDA, agência norte-americana que regula medicamentos, autorizou o uso emergencial da droga para tentar amenizar os efeitos da pandemia no país, líder de casos e mortes pelo vírus.

No Brasil, o uso do remdesivir ainda não é permitido. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), houve uma primeira reunião com a Gilead no último dia 6 de maio para discutir a comercialização do antiviral no mercado brasileiro.

“A Gilead tem vários ensaios clínicos em andamento para o remdesivir, com dados iniciais esperados nas próximas semanas. Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos para garantir o acesso célere do medicamento à população”, afirmou a agência em nota.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
08:06

Um grupo de pesquisadores foi interceptado na tarde desta quinta-feira (14), na cidade de Patos, ao andar por diversas ruas a fim de realizar uma pesquisa sobre o novo coronavírus. Uma mulher ao ser abordada por uma dupla, desconfiou da conversa e chamou um policial civil.

A equipe estava à serviço do Ministério da Saúde, porém, o que ninguém esperava é que a iniciativa fosse causar uma grande confusão em Patos.

Os coletores de dados e testes rápidos foram parar na Delegacia da Polícia Civil. A população ficou desconfiada e acabou acionando a polícia por achar que se tratava de um golpe.

O policial civil, Rafael Gomes, contou a nossa reportagem que localizou um casal na rua Tiradentes, Centro. Ao ser abordado, eles disseram que estavam fazendo pesquisa para o IBOPE e de forma gratuita. “Pedi então a documentação pessoal e eles me apresentaram uma xérox da RG. Falei que só aceitava a original, e aí acionei a Polícia Militar para que se fizesse presente ao local da ocorrência”, disse ele.

Rafael disse que pediu que eles apresentassem a autorização para tal pesquisa. “Me mostraram uma portaria do Ministério da Saúde e uma autorização para pesquisa da Universidade de Pelotas no Rio Grande do Sul, além de mostrarem um crachá sem CNPJ com o nome IBOPE”, contou o policial.

O fato é que o grupo não tinha autorização de nenhum órgão do município para fazer a dita pesquisa, que dentre outras coisas, colheria o sangue das pessoas para supostamente fazer exame para teste da Covid-19.

“Eu acionei a Secretaria Municipal de Saúde e Guarda Municipal para comparecerem ao local. Nem técnico em saúde eles são, pois não apresentaram documentação nenhuma”, revelou o policial.

Minutos depois, os policiais receberam a informação que na verdade se tratava de um grupo que chegou a Patos em um micro-ônibus da região de Recife-PE com cerca de vinte pessoas usando máscaras, jalecos, tocas, entre outros equipamentos .

 

 

 

Folha Patoense.

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
08:03

“Não vou esperar foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu”, declarou Jair Bolsonaro na fatídica reunião ministerial de 22 de abril. “Vou interferir. Ponto final”, proclamou ele noutro trecho. Não são manifestações obtidas de terceira mão. Constam de transcrição oficial levada pela Advocacia-Geral da União ao Supremo Tribunal Federal. As palavras do presidente valem por um strip-tease.

Antecipando-se à decisão do ministro Celso de Mello, relator do caso Moro X Bolsonaro na Suprema Corte, a AGU extraiu da gravação feita durante a reunião os trechos que considera relevantes para o inquérito em que o presidente é acusado de tramar a interferência política na Polícia Federal.

A transcrição é parcial. Mas o pouco que ela expõe já é suficiente para desnudar a versão oficial difundida pelo próprio Bolsonaro. “Eu não falo Polícia Federal” na gravação, dissera o presidente aos repórteres. Mentira. A menção ao órgão escorre dos lábios do presidente no instante em que ele se queixa do desempenho dos serviços de espionagem do governo. “Pô, eu tenho a PF, que não me dá informações”, ralhou a certa altura.

Às voltas com a síndrome do que estava por vir, Bolsonaro também afirmara aos repórteres que o conteúdo da fita estilhaçaria a acusação de Moro segundo a qual ele ameaçara demitir o então ministro da Justiça se não pudesse trocar o chefe da PF no Rio de Janeiro.

Na versão de Bolsonaro, ele mencionara no encontro apenas preocupações com a sua segurança pessoal e a proteção de seus filhos e amigos. Queixa dirigida não a Moro, mas ao general Augusto Heleno, chefe do GSI, o Gabinete de Segurança Institucional. Lorota. O contexto e os fatos que se sucederam ao encontro não deixam dúvidas. Os alvos de Bolsonaro eram a PF e Moro.

No trecho mais importante da coletânea editada pela AGU, Bolsonaro soa assim: “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura.”

O presidente prossegue, em timbre ameaçador: “Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira.”

Nesse trecho, Bolsonaro não cita a PF nem Moro. Mas também não há vestítigio de referência ao GSI, responsável pela segurança do presidente e de seus familiares. Não se ouve tampouco o nome do general Heleno. Confrontada com os fatos, a versão de Bolsonaro, ecoada no Supremo pela AGU, não para em pé. Tomado pelas palavras, Bolsonaro não pare.

Tomado pelas palavras, Bolsonaro não parece preocupado com a própria segurança ou com a integridade dos filhos. Inquieta-se com hipótese de surgimento de “sacanagem” com potencial para “foder” a “família toda” ou algum “amigo”.

A inquietação com os amigos destoa do trabalho do GSI, pois a lei que prevê o fornecimento de segurança ao presidente e seus familiares não contempla a extensão do serviço de guarda-costas aos amigos do rei.

De resto, o que se verificou nos dias subsequentes à reunião foi uma incursão de Bolsonaro na estrutura da Polícia Federal, não no GSI. O presidente exonerou o direitor-geral da PF, Mauricio Valeixo. Fez isso com requintes de falsidade. Anotou no ato de exoneração que o delegado deixou o cargo “a pedido”. Mentira. O Planalto Incluiu no documento a assinatura digital de Sergio Moro. Falsidade.

Nas pegadas do expurgo de Valeixo, sobrevieram o desembarque de Moro; a tentativa de nomeação do delegado doméstico Alexandre Ramagem, cuja posse foi barrada pelo Supremo; a troca de Ramagem pelo subordinado dele na Abin, Rolando de Souza; e a mexida no comando da superintendente da PF no Rio.

Tudo exatamente como ameaçara Bolsonaro na reunião: “Vai trocar [o superintendente do Rio]; se não puder trocar, troca o chefe dele [Valeixo]; não pode trocar o chefe, troca o ministro [Moro]. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira.” No GSI, a cabeça de Augusto Heleno continuou sobre o pescoço do general. Não há registro de substituições no grupo que cuida da segurança de Bolsonaro e de sua família.

Afora a percepção de que Bolsonaro tentou mesmo colocar a PF a serviço do seu clã, a transcrição trazida à luz pela AGU revela que o presidente tem uma noção esquisita sobre a tarefa dos órgãos de inteligência do governo. Do modo como se expressou, o presidente parece associar esse setor mais à bisbilhotagem do que à coleta de dados estratégicos, úteis à tomada de decisões de um presidente.

Bolsonaro declarou: “Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações, a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente… temos problemas… aparelhamento, etc. A gente não pode viver sem informação.”

Nesse ponto, o presidente fez uma inusitada analogia familiar: “Quem é que nunca ficou atrás da… da… da… porta ouvindo o que o seu filho ou a sua filha tá comentando? Tem que ver pra depois… depois que ela engravida não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes. Depois que o moleque encheu os cornos de droga, não adianta mais falar com ele: já era. E informação é assim.”

Na sequência, Bolsonaro se diz preocupado com a “estratégia”. Absteve-se de definir o que entende por estratégia. Limitou-se a ralhar e ameaçar: “E, me desculpe, o serviço de informação nosso — todos — é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça. Não é extrapolação da minha parte. É uma verdade.”

O linguajar rastaquera, os modos rústicos e a ignição instantânea fazem parte do DNA de Bolsonaro. Mas os temas tratados na reunião do dia 22 de abril parecem ter aguçado os seus maus bofes. Em certos trechos, o presidente dirigiu-se aos subordinados como se estivesse fora de si. E sempre que isso ocorre, Bolsonaro não consegue esconder o que tem por dentro.

O excesso de irritação de Bolsonaro acabou produzindo material para um inquérito criminal. Resta agora ao presidente confiar na aposta que fez ao indicar Augusto Aras para o posto de procurador-geral da República.

Se Aras decidir que a investigação contra Bolsonaro deve ser arquivada, babau. Não importa a quantidade de evidências em contrário. Do ponto de vista jurídico, o assunto estará encerrado. É o que espera Bolsonaro. Para evitar que eventuais desdobramentos políticos lhe ameacem o mandato, o capitão se acerta com o rebotalho do centrão.

De concreto, por ora, apenas a evidência de que o rei se desnudou.

JOSIAS DE SOUZA

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
08:01

O governo do Brasil flerta com o perigo: avalia se juntar à Austrália na defesa de “investigação independente” das origens do covid-19 na China. O chanceler Ernesto Araújo conversou demoradamente, sexta (8), com a colega australiana Marise Payne. A ideia ofende tanto os chineses que a retaliação não tardou: na terça (12), o governo de Xi Jinping suspendeu a importação de carne bovina de quatro abatedouros, dois deles da JBS, e decidiu também taxar a cevada australiana em 76,8%.

O governo da Austrália pretende investigar, por exemplo, se o covid-19 foi produzido em laboratório, como acreditam alguns especialistas.

Itamaraty confirma a conversa dos chanceleres dos dois países quatro dias antes das primeiras retaliações chinesas contra a Austrália.

Araújo e Marise Payne, diz o Itamaraty, “decidiram trabalhar juntos e de modo coordenado para enfrentar os desafios da crise do covid-19”.

Hostilizado a cada frase sobre a China, Ernesto Araújo tem sido aberto a convites como o da Austrália para discutir o país de Xi Jinping.

CLÁUDIO HUMBERTO

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
07:59

O escritor Marcelo Ruben Paiva
O escritor Marcelo Ruben Paiva

247 – “Os três têm o mesmo CPF (453.178.287-91) e RG (3.032.827 SSP/DF). O verdadeiro Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz tem 16 anos e mora no Distrito Federal. O Sabin disse que recebeu os codinomes do hospital. Pela ficha do laboratório, o adolescente teria nascido em 21/03/1955. A mesma data que o presidente. Ele é filho de uma major que frequenta o hospital”

Para o escritor, trata-se de uma farsa sem fim. “Para provar que o presidente não teve o covid-19, deveriam ter sido feitos os exames (relacionados a anticorpos) de sangue de sorologia IgA e IgG. Ele apresentou apenas o PCR, que prova que ele supostamente não estava excretando o vírus na data da coleta”.

“Mais. As médicas Stella Taylor Portella, Luiza Gomes Neta, e o técnico José Gastão da Cunha Neto (CRM-DF 11.924), não checaram os documentos de quem colhiam o material genético? Não perceberam que era o presidente das República, ou foram coagidos?”

O escritor aponta, em conclusão: Bolsonaro cometeu “crime de falsidade ideológica”

Leia a íntegra.

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
07:55

Um grupo de hackers invadiu o sistema de informações do Exército e divulgou na internet quatro exames médicos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas entre junho de 2019 e janeiro de 2020. Em todos esses testes, o mandatário se identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para covid-19, quando alega ter usado pseudônimos. Os resultados entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 12, deram negativo para a doença.

A informação do ataque cibernético foi publicada pelo site da revista Época na tarde desta quinta-feira, 14, e confirmada pelo Estadão. O Exército ainda está avaliando a dimensão do problema.

Bolsonaro já afirmou publicamente que usa codinomes para fazer exames desde 2010. “O que eu faço nos últimos 10 anos, pra não ter dúvida? Eu já tive receita de farmácia de manipulação. Eu sempre falei com o médico, ‘bote o nome de fantasia porque pode ir pra lá, ‘Jair Bolsonaro’, já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito, né; Alguém pode fazer alguma coisa esquisita. E assim foi em todo exame que eu faço tem um código”, disse em 28 de abril.

Em nota, a Força informou que “foram adotadas providências imediatas para mitigar eventuais consequências”. Após a conclusão de uma investigação “serão desenvolvidas as ações técnicas e legais necessárias”, segundo o Exército.

Uma conta de Twitter com o nome DigitalSp4ce, que reivindica o ataque hacker e foi suspensa no meio da tarde, foi postada a seguinte mensagem: “Somente após meses o presidente resolveu mostras seus exames, isso intrigou nosso grupo, resolvemos ir atras e invadimos o Banco de Dados do hospital onde foi realizada a coleta, e adivinhem? Nada comprova que foi feita tal coleta, nem mesmo com pseudônimo.”

Ao encaminhar laudos dos seus exames de coronavírus ao STF na noite desta terça-feira, o presidente usou pseudôminos. Em dois laudos, os nomes são de outras pessoas, mas o CPF e a data de nascimento são de Bolsonaro. Num terceiro teste, ele é chamado apenas de “paciente 5”, sem citar nenhum número de documento.

“Para a realização dos exames foram utilizados no cadastro junto ao laboratório conveniado Sabin os nomes fictícios Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, sendo preservados todos dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais”, diz ofício assinado por Rui Yutaka Matsuda, comandante logístico do Hospital das Forças Armadas, onde os dois primeiros testes foram feitos.

Os exames de Bolsonaro só foram divulgados após o Estadão entrar na Justiça pedindo acesso a eles, alegando que a saúde do presidente em meio à pandemia do novo coronavírus se trata de informação de interesse público. O presidente já havia anunciado os resultados negativos em redes sociais, mas se recusava a mostrar os laudos. Bolsonaro entrou com recursos para evitar que a decisão judicial fosse cumprida.

ESTADÃO CONTEÚDO

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
07:53

Os medidores de distanciamento social para conter o coronavírus, registrados pela plataforma InLoco, indicam que o Rio Grande do Norte não tem adesão de aproximadamente 50% da população em dias de semana pelo menos desde o dia 25 de março. A partir dessa data, o índice de cumprimento das medidas alcançou metade da população somente em feriados e finais de semana, quando normalmente parte dos serviços fecham e o movimento nas cidades diminui. O percentual é classificado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) como o mínimo de cumprimento esperado a partir dos decretos estaduais em vigor. O ideal é considerado 60%, que nunca foi alcançado.

Os dados do InLoco, uma empresa que trabalha a partir da geolocalização dos celulares, são divulgados pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) diariamente. A última vez que o Rio Grande do Norte ficou acima dos 50% de isolamento social foi no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes. Desde então, mesmo nos finais de semana e no feriado do Dia do Trabalhador, em 1º de maio, o índice ficou abaixo. Na quarta-feira, 13, última data compilada, o percentual de cumprimento foi de 42,07%.

Para o físico Rafael Chaves, pesquisador do Instituto Internacional de Física (IIF) da UFRN, os índices de isolamento social entre 50% e 40% são insuficientes para evitar o colapso dos leitos de saúde no Brasil. O pesquisador aplicou cálculos matemáticos, em um trabalho feito em parceria com outros dois pesquisadores do IIF, hospitais e outros centros de pesquisa, para fazer uma análise do cenário nacional e chegou à conclusão de que o percentual necessário para evitar o colapso é de 70%.

“O distanciamento feito até agora, de 50%, em média, no Brasil, foi muito eficiente para diminuir o número de infectados e mortos. Hoje estamos na casa dos 12 mil mortos, mas se não tivesse sido feito nada já estaríamos nas centenas de milhares, seria algo muito catastrófico. Mas esses 50% não são suficientes. A gente realizou o cálculo em meados de abril e viu que se a gente continuasse em 50% já estaríamos vendo o sistema de colapso de saúde na primeira semana de maio. É justamente o que está acontecendo em vários Estados”, afirmou Chaves.

Para continuar lendo é só clicar aqui: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/isolamento-social-no-rn-esta-longe-do-patamar-ma-nimo-aponta-pesquisador/479899

TRIBUNA DO NORTE

Publicado por: Chico Gregorio


15/05/2020
07:52

PGR Em manifestação a Celso de Mello, Augusto Aras defendeu que seja retirado o sigilo apenas das falas de Jair Bolsonaro, na reunião ministerial de 22 de abril, que tratem da Polícia Federal, da segurança do presidente e familiares, relativas ao Ministério da Justiça e à Abin, e aquelas ligadas a “falta de informações de inteligência das agências públicas”.

Seria uma divulgação ainda mais restrita do que pede a Advocacia Geral da União, que admite divulgar todas as falas do presidente durante a reunião, exceto as dos ministros e outras de Bolsonaro com menções a outros países.

“A divulgação integral do conteúdo o converteria, de instrumento técnico e legal de busca da reconstrução histórica de fatos, em arsenal de uso político, pré-eleitoral (2022), de instabilidade pública e de proliferação de querelas e de pretexto para investigações genéricas sobre pessoas, falas, opiniões e modos de expressão totalmente diversas do objeto das investigações, de modo a configurar fishing expedition”, sustentou o procurador-geral da República.

Afirmou também que a divulgação integral significaria “politizar” a atuação do Judiciário, Ministério Público e PF no caso, contra a “impessoalidade, objetividade e técnica” da investigação.

“Em outras palavras, o Procurador-Geral da República não compactua com a utilização de investigações para servir, de forma oportunista, como palanque eleitoral precoce das eleições de 2022”, escreveu.

O ANTAGONISTA

Publicado por: Chico Gregorio


14/05/2020
08:47

A técnica de enfermagem caicoense Carla Tassiana de Medeiros Silva teve o seus cadastro do auxilio emergencial negado pelo motivo : MANDATO ELETIVO.

Mas tem um detalhe: ela não exerce nenhum mandato eletivo. Carla foi candidata a vereadora na Eleição de 2016 e não se elegeu, pois obteve 104 votos. Ela se encaixa em todos os requisitos da plataforma.

“O site não me dá a opção de refazer o cadastro, sou do CadÚnico, e MEI. Acredito que houve um erro pelo sistema”, contou a esta jornalista.

A Folha de São Paulo publicou na última quarta-feira, 12, uma matéria revelando que o auxílio emergencial liberado pelo governo federal por causa da crise do novo coronavírus tem sido negado a pessoas que concorreram nas eleições de 2018 e 2016.

Cidadãos que saíram derrotados dos pleitos recebem como justificativa para a recusa a informação de que ocupam cargo eletivo.

Os ex-candidatos atribuem a uma falha na base de dados do Ministério da Cidadania do governo Jair Bolsonaro, responsável pela administração do auxílio. Em redes sociais, pessoas de outros estados reclamam da mesma situação.

O perfil dos que se queixam é parecido: muitos são autônomos que disputaram uma eleição pela primeira vez e conseguiram quantidade pífia de votos. Seguiram com seu trabalho fora da política, mas, com a renda afetada pela pendemia.

Gláucia Lima.

Publicado por: Chico Gregorio