Diretor do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) do estado, Jorge Fraxe explicou que parada já estava prevista no cronograma das obras do acesso sul
Fernanda Zauli / G1
As obras do acesso sul do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, estão momentaneamente paralisadas. A informação foi confirmada ao Agora Jornal durante entrevista com o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Jorge Ernesto Fraxe. De acordo com Fraxe, o principal motivo da parada é o período chuvoso, que teria grande potência de comprometer a sequência das obras caso elas continuassem. O diretor do DER, todavia, tranquilizou os que estão na expectativa pela conclusão dos trabalhos, explicando que o intervalo já estava previsto no cronograma.
“Não temos como fazer pista no momento, porque estamos em época de inverno; época de chuvas. Mês de junho e julho é muito complicado para fazer obras em pistas. Com o solo encharcado, não temos como fazer, porque ele fica borrachudo e a estrada cria vários buracos. É impossível fazer, a não ser que seja de qualquer jeito e acabe se tornando uma lambança. Quanto à parte da ponte, estamos trabalhando com a concretagem da laje da ponte do rio Potengi. Conseguiremos prosseguir nessa fase entre uma estiagem e outra. Tudo isso foi previsto quando o projeto foi feito. O plano, inclusive, calcula horas trabalhadas, ou seja, não se consideram os domingos; os dias santos e os dias de chuvas – isso já havia sido adiantado no cronograma das obras”, disse Jorge Fraxe.
Originalmente orçados em R$ 76 milhões – valor levantado durante a gestão de Rosalba Ciarlini (PP) como governadora do Rio Grande do Norte –, os custos das obras dos acessos Norte e Sul subiram para R$ 90 milhões em virtude dos atrasos na execução. O asfalto do acesso Sul do aeroporto terá, em sua conclusão, 18,79km de extensão, ficando, assim a 2km de distância da BR-304. Ao todo, foram R$ 20 milhões contingenciados pelo governo federal.
Apesar da demora em sua conclusão, a obra do acesso Sul permitirá uma grande evolução no tráfego potiguar daquela região – é o que prevê o diretor Fraxe: “Essa obra retira parte do tráfego que aglomera e engarrafa muito os eixos da ponte da Redinha e da ponte de Igapó. Ela vai jogar para fora dessa área conurbada nosso anel viário que estamos planejando, do qual o acesso sul faz parte, de modo que, quem vem do Norte e do Noroeste em direção ao estado, não vai precisar entrar em Natal. Por exemplo, o combustível de Clara Camarão, que é um querosene de aviação exportado para São Gonçalo, já vai direto. Quem vier do Ceará, Pernambuco e Paraíba, vai passar por fora, parando na Reta Tabajara; dali, desce para Parnamirim ou vai para Mossoró, mas não entra em Natal. As cargas pesadas de exportação não passarão mais pela capital e isso vai aliviar muito o tráfego”, apontou Fraxe.