O secretário de Estado de Planejamento e Finanças Aldemir Freire rebateu nesta sexta-feira (19) críticas feitas pelo ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade) sobre repasses realizados pela União para o Fundo Estadual de Saúde. Dantas gravou um vídeo acusando o Governo de não abrir leitos ao mesmo tempo em que mantém em caixa um saldo de R$ 161 milhões.

– O Estado não tem usado o dinheiro para abrir leitos, não tem usado o dinheiro para o combate a covid de forma eficaz, falha desde o início da gestão e quer culpar a população e os municípios editando decreto em cima de decreto. Governo tem que ser eficiente”, disse.

As críticas chamam a atenção porque o Governo do Estado já abriu mais de 710 leitos, sendo 350 somente de UTI.

Segundo Aldemir Freire, há recursos em caixa para o pagamento de despesas contratadas, incluindo os débitos originados de contratos anuais que são honrados mês a mês, a partir da entrega e execução dos serviços:

– Estamos mantendo o saldo financeiro da conta da saúde de acordo com o processo de execução das despesas: empenho, liquidação e pagamento. Alguns contratos são anuais, assim o recurso vai saindo de acordo com a execução e entrega dos insumos e serviços”, explicou no twitter.

O titular da Seplan fez uma analogia com as contas de um trabalhador comum para explicar porque há dinheiro em caixa:

– Já imaginaram se o trabalhador gastasse todo o dinheiro no dia que recebesse o salário e não deixasse reserva p pagar as contas de água, luz, aluguel, cartão de crédito… nas datas de pagamento dessas contas?”, questionou.

Fábio Dantas foi vice-governador do Rio Grande do Norte durante a administração Robinson Faria (PSD). A gestão da saúde na época dele foi lembrada e ironizada por Aldemir Freire

– Nos tempos que Fábio Dantas era Vice Governador o saldo financeiro do Fundo Estadual de Saúde chegou a acumular R$ 360 milhões. Mesmo sem pandemia o Governo do Estado recebeu da União dois repasses de R$ 200 milhões e um de R$ 120 milhões (R$ 520 milhões no total). Além disso, em 2018, no tempo que Fábio Dantas era vice-governador, o Estado deixou de cumprir os 12% na saúde. Faltou mais de R$ 150 milhões para cumprimento do mínimo constitucional daquele ano”, afirmou.