28/07/2018
08:52


Josias de Souza

O MDB divulgou nesta sexta-feira uma “carta aberta à nação” (pode ser lida aqui). Nela, o partido reafirma a candidatura presidencial de Henrique Meirelles e pede uma nova chance: “Queremos continuar o trabalho apenas iniciado. Não tivemos tempo para implantar e desenvolver plenamente nossas propostas.” A legenda acena com um governo “sem radicalismo, sem amadorismo, sem populismo”. Faltou dizer “sem corrupção”. Por quê? Simples: embora seus dirigentes não enxerguem culpados no espelho, o MDB é parte do lixão da política brasileira.

A carta do MDB ocupa uma página e meia. Em 12 parágrafos, o nome de Michel Temer não aparece uma mísera vez. Escondendo sua realidade, o MDB descreve uma fantasia: “Havia a necessidade de recolocar o Brasil nos trilhos. E foi o que fizemos.” A verdade é que o partido tem saudades do tempo em que Temer se autoproclamava um “vice decorativo”. O Brasil ia a pique, mas o MDB, entre omisso e aliviado, podia botar a culpa em alguém.

Hoje, a legenda abriga o presidente mais impopular da história. Em pesquisas com margem de erro de 2 pontos percentuais, Temer obtém a aprovação de 3%. Oito em cada dez brasileiros abominam seu governo. O Dadtafolha informa que um candidato abertamente apoiado pela alma penada do Planalto entra na corrida presidencial rejeitado por 92% do eleitorado.

Publicado por: Chico Gregorio

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