O GLOBO
Jovens negras têm 2,19 mais risco de ser assassinadas no Brasil do que jovens brancas. É o que aponta o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ) 2017, divulgado nesta segunda-feira, que faz pela primeira vez o recorte de gênero na análise de homicídio de jovens brasileiros. O índice faz parte de uma pesquisa desenvolvida por Secretaria Nacional de Juventude, Unesco no Brasil e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Quando a análise inclui homens e mulheres, na mesma faixa etária de 15 a 29 anos levada em conta para o cálculo do IVJ, jovens negros têm 2,71 mais chances de serem assassinados do que jovens brancos no país. Este risco é maior em 24 unidades da federação. Em Alagoas, chega a ser 12,68 maior.
No Rio Grande do Norte, jovens negras morrem 8,19 vezes mais em comparação a jovens brancas, ao passo que, no Amazonas, o número é de 6,97. No Rio, é 1,55. Só no Paraná jovens brancas morreram mais do que as negras, e em Alagoas e Roraima nenhuma jovem branca foi contabilizada morta no ano retrasado, o que inviabilizou o cálculo nestes dois últimos. Os dados são referentes a 2015. O levantamento considera negros como a soma de pretos e pardos.
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