A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (10/11) um advogado que atua em Brasília, suspeito de solicitar valores para influenciar o curso de processos pendentes de julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi batizada de Mercador de Fumaça. Segundo as investigações, o advogado — cujo nome ainda não foi divulgado — teria cobrado a quantia de R$ 2 milhões de um prefeito que havia sido afastado do cargo. Parte dos valores seria supostamente utilizada para o pagamento de assessores de ministros de tribunais superiores com o objetivo de viabilizar uma decisão favorável que proporcionaria um rápido retorno do político ao cargo. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Todos referentes ao advogado. Não há qualquer indício de participação de servidores públicos nos fatos investigados.O investigado será indiciado pelo crime de exploração de prestígio, previsto no art. 357, parágrafo único, do Código Penal, que prevê pena de reclusão de um a cinco anos, com a causa de aumento de pena de 1/3. Por já ser réu em ação penal por prática de crimes semelhantes, acusado de “vender” ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal representou pela prisão preventiva. O nome da operação se dá em razão dos crimes de tráfico de influência e exploração de prestígio serem conhecidos na prática forense como “venda de fumaça”. Aguarde mais informações
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