03/07/2017
10:58

Em delação premiada, executivo Ricardo Saud afirmou que negociou com dois supermercados para fazer pagamentos à vista por produtos da JBS

 

Ao lado de valores milionários e nomes de políticos dos mais variados partidos, supermercados. Planilhas de pagamentos do frigorífico JBS listam diversos redes varejistas pelo país como fontes de pagamentos em dinheiro vivo para campanhas eleitorais.

Segundo os delatores, o frigorífico combinava com os supermercados pagamentos pelos seus produtos em espécie e, a seguir, destinava as quantias diretamente a emissários dos políticos beneficiados.

O ex-executivo Ricardo Saud disse que os supermercados não sabiam do que tratavam esses pagamentos nem tiveram qualquer tipo de vantagem.

O ex-funcionário Florisvaldo Caetano de Oliveira, também delator, diz que o esquema envolvia até o transporte de quantias por meio de carros-fortes.

Entre os políticos apontados como beneficiados com pagamentos via supermercados, estavam o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o governador catarinense Raimundo Colombo (PSD).

Ricardo Saud mencionou ainda uma entrega de R$ 1 milhão em um supermercado de Curitiba, em 2014, para um irmão do governador paranaense Beto Richa (PSDB), mas não explicou as circunstâncias desse pagamento.

Ao falar dos pagamentos para o senado tucano, o delator disse que quem recolhia o dinheiro nos varejistas era Frederico Pacheco, primo de Aécio que foi preso na Operação Patmos e permaneceu um mês na cadeia. O total em espécie para o tucano, por essa forma, disse, foi de R$ 4,3 milhões.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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