É um erro muito grave atribuir à Rede de Ensino Superior do Estado às razões das dificuldades pela qual atravessa o RN. Os problemas nacionais, regionais e estadual, são outros. Podemos até abrir uma frente de discussão sobre isso em outra ocasião.
A Universidade do Estado do RN (UERN) é um patrimônio educacional e de desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte e gera retornos econômicos e sociais superavitários em relação à aplicação de recursos em sua manutenção e funcionamento. De maneira que deveria ser elevada e valorizada para expandir muito mais os seus benefícios socioeconômicos por todas as regiões do RN.
A Uern pertence ao Sistema Educacional do Estado, isso significa dizer que há 30 anos o Estado reconheceu à necessidade de ampliar sua política educacional, dando continuidade à formação da população mais carente de todas as regiões do RN, inserindo-a diretamente no ensino superior, justamente por entender o fato que a transformação socioeconômica dos municípios ocorre por meio da elevada qualificação do seu capital humano.
Retornos superavitários
Os salários médios para quem tem ensino superior completo no RN são 3 (três) vezes maior do que os salários médios de quem tem apenas o ensino médio completo (RAIS, RN, mapa do ensino superior no Brasil, 2016). Isto representa uma elevadíssima taxa de retorno do investimento em educação superior no Estado do RN, a qual multiplicada por dezenas de milhares de profissionais atuantes nos setores público e privado em todo o Estado oriundos da Uern, gera um movimento circular de renda de bilhões de reais por ano contabilizados pelo PIB do RN.
Atualmente o custo corrente médio por aluno da Uern é de R$ 911,15 por mês, para formar profissionais de todas as áreas do conhecimento que depois de formados alcançam salários mensais médios de R$ 4.560,29 (RAIS, RN, mapa do ensino superior no Brasil, 2016), portanto, uma relação estimada de benefício nominal de cerca de 400%, pelo investimento realizado, com a grande relevância social de quem estar sendo atendido são justamente as pessoas que mais necessitam (alunos da rede pública estadual e de baixa renda) e dos municípios/microrregiões/territórios mais carentes de desenvolvimento.
0 Comentários