Pelas alegações governamentais, entramos na era do pós-fato. Michel Temer, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e tv ontem (18), tentou inventar realidade paralela.
Apesar de ter sido gravado em conversa com réu confesso em sua residência oficial, falando sobre compra de silêncio de preso e obstrução da justiça, ele enfatizou que não estava falando sobre compra de silêncio de preso nem muito menos obstrução da justiça.
E mais: se apresentou como vítima de uma conspiração, provavelmente fazendo referência indireta ao Ministério Público e poder Judiciário. Será? Na verdade, a pergunta é supérflua do ponto de vista político. Ele jamais poderia se expor, como presidente, a tal situação, nem muito menos empreender o sintomático bate-papo.
Esperando para ver se cola, o PSDB ainda não entregou os seus ministérios. Ora, os tucanos são o último sustentáculo do governo pinguela.
O presidente não tem a menor condição de encaminhar reformas ou qualquer outra medida. É um cadáver político. Aposta no imponderável para permanecer. Aliás, ele também não tem outra alternativa, já que pode sair da presidência para a prisão.
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