Um dos exemplos é Marcos Vinícius Pimentel dos Santos, apontado como sendo a terceira pessoa na linha de comando da quadrilha. Ele entrou na Polícia Rodoviária Federal, em 2006, um ano após o início do esquema fraudulento, mas está afastado do serviço há cerca de dois anos, por conta de licença médica, que os investigadores acreditam ter sido obtida com atestados médicos falsos. Marcos é pai de Mayara Rafaelle, aprovada em primeiro lugar para o curso de Medicina, em uma universidade privada de João Pessoa, após receber do pai o equipamento eletrônico de transmissão de gabarito e ser treinada por ele, conforme declarou em depoimento na Delegacia de Defraudações e Falsificações.
Outro caso com fortes indícios de fraude no cargo é o policial militar do estado Alagoas, Jamerson Izídio de Oliveira, preso na primeira fase da operação, que, aos 32 anos de idade, conseguiu se aposentar, com o diagnóstico de síndrome do pânico e depressão. No entanto, apesar da alegada doença, integrava a quadrilha de estelionatários que fraudava concursos. “Tem pessoas que não comparecem aos órgãos, não porque fugiram, mas porque apresentou atestados médicos. Eles não trabalham efetivamente. São aprovados em cargos públicos, compram atestados médicos falsos, ficam em licença médica, recebendo pelo seu cargo e nunca chegam a exercer os cargos públicos”, disse o delegado Lucas Sá, responsável pela investigação.
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