12/03/2017
08:56

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal de Natal (Sinsenat), Soraya Godeiro, disse que apesar do prefeito Carlos Eduardo ter “respeitado” o acordo de devolver os recursos dos salários dos servidores que ficaram retidos sob a alegação de que fizeram greve, agora ele se arrisca a “saquear a previdência”.

A prefeitura, que já havia assinado termos de compromisso quanto ao pagamento, descontou quase 100% da folha de pagamento dos grevistas. Isso fez com que os servidores voltassem a ocupar a prefeitura, se encaminhando até à Câmara Municipal para intermediar o conflito, e fazer com que o termo de compromisso fosse respeitado. Com um comissão formada, Carlos Eduardo recuou quanto à punição dos grevistas.

Apesar disso, conforme revelou o Agora Jornal nesta quinta, o prefeito encaminhará na próxima segunda-feira à Câmara Municipal projeto de lei solicitando autorização para retirar R$ 190 milhões do Fundo Previdenciário dos servidores.

“Primeiro que a Previdência dos servidores tem que ser uma proteção para as aposentadorias. E a gente não pode colocar em risco o pagamento das aposentadorias e pensões para pagar a ineficiência da gestão do prefeito Carlos Eduardo”, diz Soraya Godeiro, presidente do Sinsenat.

A sindicalista, que esteve à frente das greves e ocupações contra as diversas medidas do prefeito, afirma que há sim outras formas para encontrar um equilíbrio financeiro do município. “Que o prefeito reúna sua equipe técnica, e resolva com cortes de terceirização e com a cobrança dos grandes devedores da dívida, para equilibrara as finanças do município”, afirma.

Nessa última quinta-feira 9 os servidores já realizaram novos protestos dentro da Câmara de vereadores, se colocando contra a possível aprovação das futuras medidas contra a previdência.

Soraya aponta que atitudes semelhantes à do Município já foram realizadas pelo atual governador Robinson Faria (PSD), o qual sacou recursos da previdência para tentar um alívio nas contas públicas, porém ainda continua com atraso nos salários e desequilíbrio financeiro.

“O governo do Estado fez isso, mas não resolveu nada. Estão aí os servidores do Estado amargando, além do saque da previdência, o aumento da alíquota do incidente dos descontos previdenciários”, conclui.

Publicado por: Chico Gregorio

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