O Estado de S. Paulo
A presença de 13 senadores e 22 deputados na lista de investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na Operação Lava Jato e as buscas da Polícia Federal nas casas de quatro desses congressistas, entre eles o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), não foram suficientes para tirar da letargia os conselhos de ética da Câmara e do Senado.
Os colegiados, responsáveis por fiscalizar o decoro parlamentar e recomendar penas disciplinares, não fizeram nenhuma reunião nesta legislatura e não têm nenhum processo em seus escaninhos.
Protagonista do escândalo do mensalão em 2005, quando foram feitas 22 representações e quatro deputados foram cassados, o conselho da Câmara está paralisado. O mesmo ocorre no Senado, onde o órgão é dominado por aliados do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos investigados no esquema de corrupção da Petrobrás.
A posição dos colegiados é estratégica em tempos de crise política aguda, pois são os conselhos que decidem pela abertura de processos de investigação e, posteriormente, dão parecer pela perda ou a manutenção dos mandatos de deputados e senadores, julgada em plenário.
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