O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Paulo Emídio (PR), determinou o corte de 20% nas despesas de todas as secretarias do município, levando em conta a execução orçamentária do ano passado. A redução de gastos atingiu os salários do próprio prefeito, do vice e dos secretários da gestão municipal. Paulo Emídio encaminhou ofício à Câmara Municipal de SGA solicitando a redução de 22% nos salários do primeiro escalão da Prefeitura. No final do ano passado, a Câmara havia aprovado um aumento de R$ 28 mil para o prefeito, cerca de R$ 20 mil para o vice e aproximadamente R$ 14 mil para os secretários. O prefeito informou que receberá R$ 22 mil, o vice R$ 16 mil e os auxiliares R$ 10,9 mil pelos próximos 6 meses, de acordo com a medida já aprovada pelos vereadores. Ele pretende prorrogar o prazo por mais seis meses. “Se dentro de um ano a situação ainda estiver complicada, vou manter o corte nos salários do alto escalão da prefeitura”, prometeu em entrevista ao Jornal 96. Já o corte nas despesas das secretarias foi decidido para vigorar por 120 dias. Paulo Emídio só nomeou 6 dos 23 secretários municipais que compõem a administração em São Gonçalo do Amarante. “Devo manter o tamanho da estrutura, mas farei as nomeações aos poucos. O momento é de cortar gastos”, disse. O prefeito Paulo Emídio fez questão de ressaltar que recebeu o município em ordem. “Jaime Calado foi um grande gestor, mas teremos de avançar em algumas áreas como a tributação. Precisamos melhorar a arrecadação do município sem provocar exageros”, pontuou. Paulo Emídio afirmou que a discussão de um novo pacto federativo é urgente. “Não dá para aceitar a União com a maior parte dos recursos, e estados e municípios em situação de penúria”, disse. Ele citou a saúde como exemplo de desequilíbrio nas contas municipais. “No Programa Saúde da Família (PSF), o governo federal entra com R$ 9 mil e o município com R$ 14 mil dos quase R$ 23 mil reais de gasto com cada unidade”, informou. Confira a entrevista:
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