Eu procuro palavras para descrever o que sinto, quando vejo pessoas que se dizem esclarecidas e cristãs comemorando o massacre dos
presos em Manaus e em Natal, mas não as encontro. Tristeza, talvez. Ou decepção. Só sei que meu Mestre jamais se alegraria com corpos
separados das cabeças, nem aprovaria a violência como forma de transformação da sociedade. Ele me ensinou a amar, perdoar, acreditar na
capacidade do ser humano de se regenerar. Foi ele quem disse: “estive preso e me visitaste”. Não se deixe iludir pelos discursos de ódio, nem
pelas frases de impacto que estão na moda. Se você é cristão(ã), seu referencial deve ser Jesus, aquele que foi condenado injustamente e
barbaramente assassinado. Aquele que, do alto de sua cruz, disse ao bandido que jazia ao seu lado: “ainda hoje estarás comigo no paraíso”.
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