No começo do mês de novembro, a revista Isto É publicou uma matéria em que afirmava que Henrique Alves, ex-ministro do PMDB, “tentou esconder nos Emirados Árabes e no Uruguai cerca de R$ 3 milhões em recursos ilegais recebidos de empreiteira do Petrolão, mesmo depois de ter sido flagrado pela Lava Jato”, sendo chamado pela revista, inclusive, de “Sheik”. O Agora RN ouviu os vereadores Fernando Lucena (PT) e Sandro Pimentel (PSOL) para saber suas respectivas opiniões sobre a situação envolvendo Henrique.
Para Lucena, que torce para que Henrique prove sua inocência, embora admita a dificuldade, “Henrique é um grande experiente; havia gente que dizia que nunca ia cair nessa de ser encontrado com a boca na botija. Dessa vez a situação dele se complica… eu só concordo em dizer que ele está ilícito quando estiver tudo provado. Hoje, no Brasil, está muito brabo esse negócio de pré-julgar as pessoas sem provas, apesar de que Henrique tem muita coisa contra ele, mas eu espero que o mesmo tratamento aplicado ao PT seja aplicado ao PMDB. Se Henrique fosse do PT já estaria preso em Curitiba. Se ele se afiliar ao PT amanhã e não for preso, eu me visto de saia e desfilo pela Rio Branco”, ironizou.
Já Sandro Pimentel disse que não vê as investigações com surpresa. Para o vereador do PSOL, a surpresa seria se ficasse provado que Henrique Alves não está envolvido nos esquemas investigados. “A minha opinião é a seguinte: o que vier das oligarquias tradicionais que dominam o poder há décadas, nada será surpresa. A única surpresa que haverá é se algum dia for comprovado que Henrique ou alguém do mesmo tipo for inocente. Esse povo é acostumado no balcão de negócios sujos. Para eles é normal, troca-troca de favores, o apoderamento de riquezas indevidas. Não vejo nenhuma novidade em denúncias como a de Henrique. É provar de fato que ele não faz isso, aí sim teremos um evento anormal”, avaliou.
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