01/11/2016
10:39

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As expectativas de recuperação da economia brasileira têm melhorado, mas ainda não será em 2017 que o país vai sair da crise. A previsão é que em 2016 haverá contração de 3,4% e que o próximo ano começará com queda de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram apresentados pela economista Sílvia Matos no seminário Perspectivas 2017: Economia e Política em Momento de Mudança, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Sílvia Matos é coordenadora técnica do Boletim Macro Ibre, estudo mensal que contempla estatísticas, projeções e análises dos aspectos mais relevantes da economia brasileira. “Acho difícil imaginar uma saída tão rápida dessa recessão. Uma recessão longa, profunda, similar à dos anos 80 e, sem dúvida, baixo crescimento neste ano”, disse.

A economista disse que o movimento de “desinflação”, tem ocorrido em ritmo lento e, por isso, o Banco Central, está sendo mais cauteloso, para não errar na calibragem da economia. “Nesse momento de transição econômica a gente não sabe quanto de desinflação virá, então o Banco Central está sendo extremamente cauteloso e, provavelmente, não terá a queda na taxa de juros esperada pelo mercado, logo, a economia não vai poder se recuperar com a mesma velocidade”, disse.

Sílvia disse que o calcanhar de Aquiles da economia brasileira é a política fiscal e que a trajetória da dívida bruta é insustentável. Ela diz que existe uma agenda de reformas para retomada dos investimentos e estabilidade das regras. Além disso, é importante sinalizar para investidores estrangeiros que um novo governo que vai assumir em 2019 vai manter o modelo econômico.

“Há sempre um risco das reformas e, por isso, é importante a gente passar isso. Mudanças constitucionais que são difíceis de ser aprovadas para depois ser difícil também de reverter. Previdência é uma batalha dificílima, mas se o governo conseguir pode até gerar um cenário mais favorável do que o que a gente está avaliando”, diz.

Publicado por: Chico Gregorio

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