Por Lisandra Paraguassu, da Reuters:
Terminou em fracasso a tentativa do presidente Michel Temer de articular uma reunião entre os presidentes dos três poderes para debelar a crise que se instalou a partir da deflagração da operação Métis, na qual policiais legislativos foram presos, depois que a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, declinou do convite.
Temer decidiu chamar a reunião a pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que afirmava ser necessário “pôr ordem na divisão entre os Poderes”.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), –que nesta terça-feira defendeu a posição de Renan– concordou. Cármen Lúcia, no entanto, estaria com a agenda cheia, segundo sua assessoria, e não poderia participar.
A resposta da ministra enterrou a iniciativa e ajudou a alimentar a crise, que o Palácio do Planalto pretendia enterrar o mais brevemente possível para não atrapalhar as votações no Congresso –especialmente da Proposta de Emenda à Constituição que cria o teto para os gastos da União e que deve chegar nos próximos dias ao Senado.
A reação de Renan já havia sido dura na sexta-feira, dia em que a operação prendeu quatro policiais legislativos –inclusive Pedro Carvalho, diretor da polícia do Senado– acusados de tentar atrapalhar as investigações da operação Lava Jato.
Na segunda-feira, o presidente do Senado subiu o tom, chamando de “juizeco” o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, responsável por autorizar a operação.
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