247 – A Polícia Federal (PF) revelou um elo entre a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para obstruir o direito ao voto de eleitores do Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022 e o plano golpista supostamente articulado por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. As informações foram divulgadas por Aguirre Talento, do UOL, que teve acesso ao relatório final do inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O documento, que embasou o indiciamento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, descreve ações coordenadas para criar barreiras ilegais no dia da eleição. Segundo a PF, essas operações estavam dedicadas à “alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais” e faziam parte de uma organização criminosa articulada em torno do plano de golpe que buscava impedir a vitória do presidente Lula (PT).
Blitze e intimidação de eleitores no Nordeste – As blitze realizadas pela PRF, principalmente na Bahia — estado onde Lula obteve votação expressiva —, foram descritas pela PF como ações orquestradas sob ordens diretas de Anderson Torres. O relatório cita que Torres pressionou as forças de segurança a intensificar o policiamento em regiões estratégicas para o resultado eleitoral. “Houve uma atuação orquestrada deliberada pelo ministro da Justiça, empregando recursos materiais e humanos do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal como força armada para criar óbices e intimidação aos eleitores do Nordeste”, destaca o texto.
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