Grande parte da dificuldade que o governo do RN hoje enfrenta em termos de pagamento de fornecedores se deve aos aumentos salariais recém concedidos diretamente ou através da aprovação de planos de cargos e salários. As pautas sindicais foram atendidas. Porém, na hora que o Estado precisa de vencer a discussão a respeito da aprovação do ICMS em 20% para 2024, os sindicatos desaparecem.
Os sindicatos são braço do governo? Óbvio que não. Mas basta observar o debate público no RN para perceber que o gasto com pessoal é hoje enquadrado pelos jornalistas e formadores de opinião como um estorvo. E o esforço governamental para elevar os vencimentos do funcionalismo e tentar abrir concurso público é narrado como algo a ser evitado.
Por mais que os sindicatos queiram o bônus e se livrem do ônus em termos de discussão pública, a queda de braço sobre a manutenção do ICMS em 20% passa pelos seus interesses.
O Sinte, por exemplo, que teve pauta fortemente atendida pelo governo do RN, ao contrário do que fizeram as prefeituras de Natal, Parnamirim e Mossoró, que judicializaram contra as suas greves, sumiu. Nem uma notinha sequer.
FONTE: opotiguar.com.br
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