Iniciativa da ONG Seapac recebe recursos não reembolsáveis do Fundo de Desenvolvimento
Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci), administrado pelo BNB.

 O projeto Semeando Esperança no Seridó Potiguar será lançado às 9h desta sexta-feira, no Centro Pastoral Dom Wagner, em Caicó. A iniciativa do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), consiste no desenvolvimento de pequenas plantas de cultivo integrado com o reuso de águas cinzas por agricultores da região. O sistema permite a produção de forragem de alta qualidade para alimentação de animais e já foi testado com êxito na região do Alto Oeste Potiguar.

Contemplado em edital Fundeci de 2019, o Seapac beneficiou 220 famílias de 16 municípios da região conhecida como Tromba do Elefante. Elas receberam suporte para o cultivo da palma forrageira, consorciada com moringa e leucena, 32 delas – duas para cada cidade – receberam também unidades demonstrativas do sistema de reuso de águas cinzas, provenientes do banho, pias e lavagem de roupas, composto de caixa de gordura, tanque digestor anaeróbico, sistema de filtragem e reservatório.

O sistema permite a produção de até 40 t/ha/ano de forragem, aumentando as perspectivas para a bovinocultura de leite potiguar, com sustentabilidade ambiental, social e governança. A atividade ainda é trabalhada, tanto no Alto Oeste como no Seridó, em projetos de bovinocultura de leite desenvolvidos pelo Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste – Prodeter.

“Nós acompanhamos de perto os trabalhos desenvolvidos pelos técnicos do Seapac no projeto similar, desenvolvido nos municípios oestanos. Dessa forma, temos um bom indicativo da repetição do sucesso da iniciativa também entre os agricultores seridoenses. O Semeando Esperança vem, mormente, num cenário de desafios com a perspectiva de forte atuação do fenômeno El Niño. O Banco do Nordeste tem o crédito e melhor ainda se ele for aplicado em tecnologias de convivência com o semiárido”, pontua o superintendente estadual Jeová Lins de Sá.

No anúncio do lançamento do projeto em suas redes sociais, o próprio Seapac destaca “a iminência de desafios climáticos” e “as advertências da ONU sobre um próximo ciclo de seca no Nordeste brasileiro”, trazendo luz à iniciativa inovadora.