247 – O recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), responde a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele é acusado pelo doleiro Alberto Youssef, delator central na Operação Lava Jato, de ter apropriado recursos públicos para si.
Provas que surgiram na investigação ainda podem ser usadas contra Lira. Uma das mais reveladoras é a de que o presidente da Câmara frequentava o escritório do doleiro na zona sul de São Paulo – 4 vezes entre 2010 e 2011.
Segundo os inquéritos, na recepção do estabelecimento ele omitia o sobrenome Lira e se apresentava como Arthur Cesar Pereira.
Nas delações premiadas, Youssef revelou que as visitas foram para a entrega de dinheiro em espécie.
O esquema ficou conhecido como ‘Quadrilhão do PP’, e envolvia precisamente o pagamento de propina pelo operador por empreiteiras em obras superfaturadas da Petrobrás.
Além disso, o esquema também tratava do pagamento de dívidas eleitorais.
Em 2019, o ministro Edson Fachin, afirmou que os encontros confirmam o elo entre o PP e “o operador financeiro responsável pelo escoamento das vantagens indevidas”.
Existe também uma segunda denúncia contra Lira, que trata da apreensão em 2012 R$106 mil achados na posse de um assessor que tentava embarcar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Segundo o Ministério Público, o dinheiro tinha Lira como beneficiário.
As informações foram reportadas na Folha de S.Paulo.
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