Uma nova modalidade de teste rápido para detecção de possíveis lesões renais é a nova tecnologia desenvolvida dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A descoberta é pensada para a realização de um diagnóstico precoce, bem como nos casos de acompanhamento da doença renal, e tem características de não invasividade, rapidez, melhor sensibilidade e especificidade do que a tradicional avaliação que é baseada na relação albumina e creatinina no exame urinário. Esta relação, aliás, pode apresentar-se alterada de maneira inespecífica em condições, como por exemplo, devido à alta ingestão de proteínas, esforço físico intenso, estresse, febre ou infecção aguda.
“Na urina, é possível detectar proteínas renais que indicam a lesão renal, onde a proteína alvo será capturada por anticorpos específicos que se encontram imobilizados em uma membrana, sendo conhecido como método de captura ou ‘sanduíche’. Atualmente, um dos principais desafios é o diagnóstico precoce da doença renal, uma vez que a presença de albumina na urina é detectada de forma tardia, em fase onde já se tem um dano avançado em podócitos e túbulos renais, bem como a doença renal já instalada. Desta forma, a presençana urina de proteínas provenientes dos próprios podócitos, tais como a nefrina, podocina e WT-1, e dos túbulos renais, como a megalina,tem sido apontada como potenciais biomarcadores precoces da doença renal, as quais antecedem a presença da albumina na urina. Essa identificação pode ser feita através deste novo método”, explicou a cientista Adriana Augusto de Rezende, uma das inventoras da nova tecnologia.
0 Comentários