O deputado federal general Girão (PSL) encaminhou ofício ao Ministério da Justiça pedindo o envio de tropas federais ao Rio Grande do Norte para “prover a segurança das instalações do IFRN em Natal”.
O pedido foi feito um dia depois de policiais militares agredirem estudantes da instituição durante um protesto dos alunos contra a intervenção do MEC no processo eleitoral do IF, além de cobrar um calendário para a retomada de aulas remotas.
A PM foi acionada pelo interventor Josué Moreira, nomeado em 20 de abril pelo ex-ministro Abraham Weintraub atropeando o resultado das eleições realizadas em dezembro de 2019 que escolheu o professor de Educação Física José Arnóbio de Araújo como reitor.
Com o pedido, Girão estica a corda e agrava a tensão entre a gestão provisória e a comunidade acadêmica. O deputado classifica o protesto como “vandalismo” e insinua, sem apresentar provas, que “atos de vandalismo têm sido praticados por alunos e, provavelmente, por elementos infiltrados nas instalações do IFRN”.
Segundo a justificativa apresentada pelo deputado, “atos de vandalismo têm colocado em risco não somente o patrimônio público como também as pessoas que ali trabalham com destaque para o Reitor Pro Tempore” .
Josué Moreira foi indicado por Girão para o cargo. Filiado ao PSL, o interventor disputou a prefeitura de Mossoró pela sigla.
Esse não é o primeiro episódio antidemocrático que envolve o deputado federal Girão Monteiro. Ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal por financiar manifestações antidemocráticas e anticonstitucionais. Em junho, Girão e mais 11 deputados federais, todos ligados ao presidente Jair Bolsonaro, tiveram o sigilo bancário quebrado por determinação do relator Alexandre de Moraes nesse inquérito.
Agência Saiba Mais.
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