20/06/2020
10:08

9bb72970 c727 44a1 aaef 9d554f83d424 - IMPACTO BRUTAL: Covid-19 deixa sequelas severas nos pulmões de pacientes que se 'curaram' da doença

Febre, tosse, cansaço, falta de ar. Estes são os principais sintomas apresentados pelas pessoas acometidas pela Covid-19, a doença causada pelo Sars-CoV-2, nome científico do novo coronavírus.

Sendo um novo tipo de vírus, a comunidade tem descoberto aos poucos sobre como a doença age. Sabe-se, no entanto, que ela é principalmente violenta em idosos e em pessoas que apresentam as chamadas comorbidades, ou seja, fatores que agravam a doença, como problemas cardíacos ou diabetes.

Porém isso não significa que os jovens sejam imunes. Pelo contrário, o número de jovens e até de crianças que contraíram a doença e até mesmo que foram a óbito é significativo. No Brasil, particularmente, 1/4 dos mortos está fora dos grupos de risco.

Mas como a doença age no corpo?

No caso da falta de ar e da tosse seca, estes são que os sintomas externos de um problema muito maior ocorrendo internamente. O organismo possui mecanismos naturais que barram a entrada do vírus nos pulmões, mas uma vez lá, a infecção destrói os tecidos do órgão, causando inflamação e gerando excesso de muco e resíduos que sobrecarregam os pulmões, causando insuficiência respiratória, que pode hospitalizar ou, no pior dos casos, levar a óbito.

“Dor de garganta, dor no tórax e falta de ar que é o momento de gravidade maior e que levam as pessoas ao serviço de saúde de forma mais urgente. Numa margem de 100 pessoas, 15 vão ter sintomas mais importantes e boa parte delas serão internadas em hospitais. Os outros 85 vão ter poucos sintomas, sem queixas e podem até negar que tiveram a doença”, explica o pneumologista Alexandre Araruna, da Unimed João Pessoa.

O pneumologista explica ainda que “a tomografia é o principal exame que vai identificar o pulmão inflamado, que pode ser até 25%, de 25% a 50% dos dois pulmões e acima de 50% dos dois pulmões. Quanto maior a gradação de inflamado dos pulmões, maior a agressividade e maior a chance de o paciente ficar mais cansado. Boa parcela destes pacientes acometidos precisará ser internada em hospitais, mas cada um de acordo com sua necessidade e gravidade. A tendência é mais ou menos duas semanas esses inflamados começarem a diminuir, e o cansaço, tosse e o fôlego diminuído também tendem a aliviar”.

Não se sabe ao certo ainda o porquê de a doença agir severamente em alguns casos e outros não. Porém, sem vacinas ou tratamentos, é, pode-se dizer, quase como uma roleta russa.

Publicado por: Chico Gregorio

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